Moro rebate fala de ministro sobre ranking de corrupção: ‘Fale menos e vá trabalhar’

O ministro discordou do resultado do IPC de 2024, que posiciona o Brasil em 107ª posição.

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Publicado em 12/02/2025 às 08:28h - Atualizado 5 dias atrás Publicado em 12/02/2025 às 08:28h Atualizado 5 dias atrás por Elanny Vlaxio
Em 2023, o país obteve 36 pontos e estava na 104ª posição (Imagem: Shutterstock)
Em 2023, o país obteve 36 pontos e estava na 104ª posição (Imagem: Shutterstock)

💬 O ministro da CGU (Controladoria-Geral da União), Vinicius Marques de Carvalho, chamou o ranking sobre corrupção de ‘conversa de boteco’. Em resposta, o senador Sergio Moro (União-PR) criticou o integrante do Executivo, dizendo que ele “fale menos e vá trabalhar”.

O ministro discordou do resultado do IPC (Índice de Percepção da Corrupção) de 2024, que posiciona o Brasil em 107ª no levantamento com 180 países. Em seu perfil no X, o senador qualificou a declaração de Carvalho como “desqualificada” e disse que ela é condizente com um governo que, segundo ele, “esvaziou o combate e a prevenção à corrupção” no País.

🗣️ “O ranking é considerado internacionalmente o principal indicador do nível de corrupção de um país […] Lula conseguiu colocar o Brasil na 107 posição entre 189 países, atrás da Argentina, Colômbia, Etiópia, Senegal, Cuba e Kazaquistão, entre outros. Minha sugestão ao Ministro: tenha mais humildade, fale menos e vá trabalhar”, escreveu.

Brasil piora em ranking de corrupção da Transparência Internacional

O Brasil caiu no IPC de 2024, calculado pela Transparência Internacional, alcançando a pior nota e posição da série histórica, que pode ser comparada desde 2012.

🔎 O relatório classifica os países com pontuações que variam de 0 a 100, sendo que quanto menor a pontuação, maior a percepção de corrupção. O Brasil obteve 34 pontos, com uma média de 42 para as Américas e 43 para o mundo.

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Ele ficou em 107ª posição no Índice de 2024, entre 180 países. Em 2023, o país obteve 36 pontos e estava na 104ª posição. A melhor pontuação do Brasil foi em 2012 e se repetiu em 2014, com 43 pontos. Em nota, a Controladoria-Geral da União reforçou seu "compromisso com a transparência e o combate à corrupção" e questionou a metodologia do índice.

"Os países que combatem corrupção podem ser penalizados no IPC, uma vez que a exposição de casos e investigações impacta negativamente a percepção sobre o problema. O combate à corrupção não pode ser tratado como um fator negativo para a avaliação de um país", diz a CGU.