Governo Milei aprofunda crise depois de indicar criptomoeda falsa; denúncias chegam aos EUA

O governo de Javier Milei está envolto em uma crise desde o último final de semana. Depois que o presidente indiciou uma criptomoeda que pode ser considerada um golpe digital, a oposição classificou a atitude como um “escândalo”.
🪙 Nesta segunda-feira (17), o FBI (Polícia Federal dos Estados Unidos) confirmou o recebimento de uma queixa contra os protagonistas do golpe. Investigações apontam um ganho entre 80 e 100 milhões de dólares para entrada de investidores depois da indicação de Milei.
No chamado “Relatório de Operações Criminosas”, Milei é apontado como peça principal no processo de alta dos preços do token digital. Além dele, outras figuras importantes como Hayden Mark Davis (EUA) também são citados no processo inicial de ganhos da $LIBRA.
Tudo começou na noite de sexta, quando Milei indiciou a criptomoeda dizendo que era um projeto privado e que iria incentivar o crescimento da economia argentina. “O mundo quer investir na Argentina”, comentou ele, por meio das redes sociais.
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Depois da publicação, o preço do token disparou até atingir uma cotação equivalente a R$ 28,5 mil. No entanto, horas depois, resultado de sucessivas retiradas, o preço caiu para próximo de zero.
No mercado cripto, essa manobra é bastante frequente e conhecida como “puxada de tapete”. Os criadores de uma cripto conseguem garantir um fluxo de dinheiro que promova a valorização do ativo, depois retiram seus fundos com lucro e deixam os investidores sem nada.
”Eu nao estava ciente dos detalhes do projetos”, publicou Milei depois de denúncias. “Depois de tomar conhecimento dele, decidi não continuar a divulgá-lo (por isso, apaguei o Tweet)”, disse.
Bolsa argentina reage
📉 A bolsa de valores de Buenos Aires recua mais de 4% nesta segunda como reação ao caso. O índice Merval, que reúne os principais ticker, caía 3,5%, aos 2.304 pontos.
Nas ruas do país, onde o dólar é negociado de forma paralela, a cotação passa dos 1,2 mil pesos, um valor que não era visto desde o mês passado. Os títulos soberanos do país também vão no sentido negativo e caem na abaixo de 4%.
“A profundidade da adaga é um pouco questionável, considerando que hoje é feriado nos Estados Unidos e isso limita as operações. Não significa que amanhã será melhor, também pode ser pior. A razão, para nós, é que não é menor o pedido de impeachment do presidente”, disse Martin Polo, chefe de estratégia da Cohen Aliados Financeiros, em entrevista ao jornal argentino La Nación.

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