Maior crash da história das criptomoedas já passou? Analistas revelam o que vem ainda

Na última sexta-feira, dia 10 de outubro, o mercado de criptoativos teve queda de US$ 847,8 bilhões; entenda os impactos.

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Publicado em 16/10/2025 às 16:15h - Atualizado 1 dia atrás Publicado em 16/10/2025 às 16:15h Atualizado 1 dia atrás por Lucas Simões
Sangria no dia 10/10 superou o crash da Covid em 2020, além da quebra da FTX em 2022 (Imagem: Shutterstock)
Sangria no dia 10/10 superou o crash da Covid em 2020, além da quebra da FTX em 2022 (Imagem: Shutterstock)
Quer você seja um verdadeiro entusiasta das criptomoedas ou tenha apenas um pouquinho de dinheiro aplicado em Bitcoin (BTC) como forma de diversificação, é inevitável ter passado ileso do maior crash da história do mercado de moedas virtuais no dia 10 de outubro de 2025.
Naquela fatídica sexta-feira, presenciamos a maior derrocada de liquidações em contratos futuros já registrada no mercado de criptoativos, que culminou na evaporação de US$ 847,8 bilhões e fez a cotação do Bitcoin derreter aos US$ 103,8 mil, logo após os Estados Unidos retaliarem a China com tarifa comercial de 100%.
Analistas do BTG Pactual explicam que, na ocasião, em menos de 24 horas, mais de US$ 19 bilhões em posições alavancadas em moedas virtuais foram encerradas de forma forçada, afetando cerca de 1,6 milhão de posições.
"Em termos nominais, o crash no dia 10 de outubro superou com folga outros eventos extremos, como na crise do Covid em março de 2020 e da quebra da corretora FTX em novembro de 2022", comentam os especialistas Lucas Josa, João Galhardo e Matheus Parizotto, em relatório, nesta semana.
A volta da guerra comercial EUA-China foi apenas o gatilho inicial para o mais recente e maior crash da história das criptomoedas, que ainda foi amplificado por alavancagem, baixa liquidez fora do horário de negociação do mercado tradicional e estresse operacional em diversas corretoras internacionais.
Para o trio de analistas, a limpeza que se viu nas carteiras dos investidores foi assimétrica. Mesmo representando a maior parte do mercado de criptoativos, o Bitcoin perdeu US$ 18,7 bilhões (20,8%) do open interest (contratos futuros em aberto), enquanto as altcoins (criptomoedas mais arriscadas) viram a mesma métrica encolher em US$ 46,7 bilhões (35,9%).

O que esperar das criptomoedas ainda em 2025?

O Bitcoin ainda vive dias de intensa volatilidade em seus preços, chegando a bater em US$ 115 mil, quando o presidente americano Donald Trump moderou o discurso contra a China, a qual vem restringindo o acesso às terras raras.
Todavia, nesta quinta-feira (16), o BTC acumula queda de -2,6% nas últimas 24 horas, negociado por US$ 108,5 mil, com desconto de -14,4% ante a seu topo histórico em US$ 126.198,07 registrado no dia 6 de outubro de 2025.
Na visão do BTG Pactual, o recente evento serviu como um teste de estresse do qual o mercado cripto passou com sucesso, uma vez que não houve relatos de interrupções sistêmicas em redes blockchains, que seguiram processando transações normalmente.
"Em perspectiva, a queda recente das criptomoedas entrou no ranking das 20 maiores da história do mercado financeiro e, historicamente, esses episódios costumam abrir espaço para recuperações expressivas, com média de +9,3% em 30 dias, +30,0% em 90 dias e +56,5% em 180 dias", destaca o banco, em relatório.
Já o trio de especialistas avalia que, com a alavancagem já reduzida e sinais de capitulação no curto prazo, há espaço para que o último trimestre de 2025 siga com janela tática para montagem gradual de posições em Bitcoin (BTC), Ethereum (ETH) e Solana (SOL), além de alocação seletiva em nomes de alta qualidade no setor de DeFi (finanças descentralizadas).

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