Lula não descarta medida "mais drástica" para conter preços dos alimentos
Presidente disse que quer descobrir o responsável pela alta dos preços.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) disse nesta sexta-feira (7) que o governo pode adotar "atitudes mais drásticas" para conter a alta dos preços dos alimentos, caso as medidas já anunciadas não tenham o efeito desejado.
🗣️ "A gente quer encontrar uma solução pacífica. Mas se a gente não encontrar, a gente vai ter que tomar uma atitude mais drástica, porque o que interessa é levar a comida barata para mesa do povo brasileiro", afirmou Lula, ao discursar em um evento com integrantes do MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra).
Na quinta-feira (6), o governo federal decidiu zerar o imposto de importação de nove produtos. Entre eles, carnes, café e milho. Além disso, falou em reforçar os estoques públicos de alimentos e priorizar a produção de itens da cesta básica nos financiamentos do Plano Safra.
🥚 "Fizemos uma reunião ontem no Palácio, tomamos algumas medidas. Mas eu quero encontrar uma explicação para o preço do ovo. O ovo está saindo do controle. Alguns dizem que é o calor, outros dizem que é a exportação. Eu estou atrás", comentou Lula, apontando para o risco de "atravessadores" estarem mexendo com os preços dos alimentos.
Segundo o presidente, a comida "pode ser barata pagando o preço justo para o produtor". Por isso, ele disse que vai descobrir "o responsável" pela alta dos alimentos e garantiu que as medidas do governo não devem afetar os ganhos dos produtores rurais. "O produtor também tem o direito de ganhar dinheiro. Não queremos que o produtos tenha prejuízo", ressaltou.
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Apesar de mostrar preocupação com o preço dos alimentos, especialmente do ovo e das carnes, e dizer que trabalha para reduzir a inflação; Lula disse nesta sexta-feira (7) que a inflação está controlada no país. Ele também destacou o crescimento de 3,4% do PIB (Produto Interno Bruto) do Brasil em 2024.
⚠️ A inflação dos alimentos é apontada como um dos fatores que vem pressionando a popularidade do presidente Lula. Por isso, endereçar o problema é uma das prioridades do governo no momento.
Pesquisa AtlasIntel/Bloomberg divulgada nesta sexta-feira (7) mostrou que 50,8% da população consideram o governo Lula ruim ou péssimo. Em janeiro, esse percentual era de 46,5%. A desaprovação de Lula também subiu nesse período, chegando a 53%.

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