Lula critica protecionismo e dólar, nas vésperas de reunião com Trump
O brasileiro disse que é preciso "agir comercialmente" para "não ficar dependente de ninguém".

A reunião entre os presidentes Luiz Inácio Lula da Silva e Donald Trump parece estar quase certa para o próximo domingo (26), na Malásia.
Ainda assim, o presidente brasileiro elevou o tom sobre o protecionismo e o uso do dólar -pautas sensíveis ao americano- nesta quinta-feira (23).
🗣️ Em visita de estado à Indonésia, Lula disse que a Indonésia e o Brasil querem "comércio livre" e têm interesse em discutir a possibilidade de realizar transações comerciais com suas próprias moedas, e não com o dólar.
O uso de moedas alternativas ao dólar vem sendo discutida no Brics, mas já foi criticada por Trump, que até ameaçou impor tarifas adicionais contra os países do bloco.
Sem citar o americano, Lula afirmou que o cenário atual exige que os países "ajam comercialmente" para "não ficarem dependentes de ninguém".
"Nós queremos multilateralismo e não unilateralismo. Nós queremos democracia comercial e não protecionismo", afirmou Lula, defendendo um "comércio baseado em regras, centrado na OMC (Organização Mundial de Comércio)".
E seguiu: "Uma relação comercial justa é aquela em que os dois países ganham. É aquela em que os dois países têm superávit, ou se não tiver superávit, que empate o jogo".
Leia também: Lula diz que vai disputar a reeleição em 2026
Reunião com Trump
Apesar dessas visões divergentes, Lula e Trump disseram ter tido uma boa "química" durante o rápido encontro na ONU (Organização das Nações Unidas) e o telefonema realizado na sequência.
Depois disso, as negociações diplomáticas entre os dois países se intensificaram e cresceu a expectativa de uma que reunião presencial entre os presidentes ocorra nesse final de semana, durante a Cúpula da Asean (Associação das Nações do Sudeste Asiático), na Malásia.
📅 De acordo com sinalizações do Planalto e da Casa Branca, o encontro deve ocorrer no domingo (26). Na pauta, estará a sobretaxa de 40% imposta pelos americanos ao Brasil, que deixa os produtos brasileiros sujeitos a uma tarifa final de 50% quando exportados para os Estados Unidos.
Os presidentes ainda podem tratar de terras raras e minerais críticos, já que os Estados Unidos têm interesse nesses insumos e o Brasil tem a segunda maior reserva do mundo, atrás apenas da China. Na Indonésia, contudo, Lula também citou a intenção do Brasil de explorar os minerais críticos de forma soberana.
Reeleição em 2026
Na Indonésia, Lula ainda confirmou a intenção de concorrer à reeleição em 2026.
"Eu vou completar 80 anos, mas pode ter certeza que eu estou com a mesma energia de quando eu tinha 30 anos de idade. E vou disputar um quarto mandato no Brasil", afirmou.

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