Luís Montenegro é empossado como premiê de Portugal

Político europeu se elegeu em uma das eleições mais acirradas das últimas décadas

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Publicado em 02/04/2024 às 19:18h - Atualizado 3 meses atrás Publicado em 02/04/2024 às 19:18h Atualizado 3 meses atrás por Wesley Santana
Luís Montenegro é o novo primeiro-ministro de Portugal. Foto: Shutterstok
Luís Montenegro é o novo primeiro-ministro de Portugal. Foto: Shutterstok

🇵🇹 Tomou posse nesta terça-feira (2), em Lisboa, o novo primeiro-ministro de Portugal, Luís Montenegro.

Aos 51 anos, o advogado foi eleito pela centro-direita para um mandato de quatro anos. Montenegro foi deputado por cinco mandatos consecutivos e venceu o último pleito pela coligação Aliança Democrática.

Embora tenha saído vitorioso das eleições, o político tem o desafio de aprovar medidas em um parlamento dividido. A AD conquistou o pleito com uma pequena margem em relação ao rival Partido Socialista (PS).

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A AD pegou 80 dos 230 assentos da Câmara dos Deputados, por isso vai precisar do partido Chega, de extrema-direita, para governar. Essa foi a sigla que mais conseguiu ampliar sua bancada nas eleições, subindo seu total de representantes para 78.

Junto de Montenegro chegam ao Executivo português 17 novos ministros de Estados. Em seu discurso de posse, Montenegro lembrou que, neste ano, completa-se 50 anos de democracia no país europeu.

"As eleições do passado dia 10 de março demonstraram a vontade do povo português na participação e na mudança política. O nosso propósito é, pois, respeitar e cumprir essa mudança.

A nossa democracia, que celebra neste mês de abril 50 anos, está viva. Honremos a 'madrugada' que Sofia esperava e saibamos construir o 'dia inteiro e limpo' que ela vislumbrou, para 'livres habitarmos a substância do tempo'.

Cabe hoje a todos os agentes políticos mostrar a sua maturidade e o seu grau de compromisso com a vontade dos portugueses", declarou.

Votação antecipada

🗳️ As eleições de Portugal aconteceram sob uma atmosfera nebulosa, já que elas foram antecipadas. Em novembro do ano passado, o presidente Marcelo Rebelo de Sousa anunciou a dissolução do Parlamento e convocou um novo pleito para março deste ano.

Tudo aconteceu depois que o então primeiro-ministro, Antônio Costa, pediu demissão do cargo por ter sido apontado pelo Ministério Público em um suposto esquema de corrupção. A reviravolta se deu, porém, nos dias seguintes, quando órgão afirmou que teria confundido com seu homônimo, que era ministro da Economia.