Itaú (ITUB4) faz demissões por baixa produtividade no home office

Segundo o banco, corte é fruto de "revisão criteriosa de condutas relacionadas ao trabalho remoto".

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Publicado em 09/09/2025 às 09:14h - Atualizado Agora Publicado em 09/09/2025 às 09:14h Atualizado Agora por Marina Barbosa
Itaú demitiu cerca de mil pessoas, segundo o Sindicato dos Bancários (Imagem: Shutterstock)
Itaú demitiu cerca de mil pessoas, segundo o Sindicato dos Bancários (Imagem: Shutterstock)

O Itaú (ITUB4) fez uma série de demissões nessa segunda-feira (8), alegando que os funcionários vinham apresentando baixa produtividade no trabalho remoto.

🏦Segundo o banco, os desligamentos são "decorrentes de uma revisão criteriosa de condutas relacionadas ao trabalho remoto e registro de jornada".

"Essas decisões fazem parte de um processo de gestão responsável e têm como objetivo preservar nossa cultura e a relação de confiança que construímos com clientes, colaboradores e a sociedade", afirmou o Itaú, em nota.

O que aconteceu?

O Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região contou que o banco estava monitorando os funcionários há cerca de mais de seis meses e havia detectado "baixa aderência ao home office".

A alegação, de acordo com o sindicato, foi de que alguns funcionários registravam a entrada no trabalho, mas depois passavam horas de inatividade ou "suposta ociosidade". Logo, trabalhavam menos do que era previsto.

Em nota, o Itaú disse apenas que, "em alguns casos, foram identificados padrões incompatíveis com nossos princípios de confiança, que são inegociáveis para o banco".

O Itaú não confirmou o número de demissões, mas o Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região calcula que cerca de mil bancários e bancárias foram desligados do banco.

Sindicato pede reposição

O sindicato criticou a forma com que as demissões foram realizadas, "sem qualquer advertência prévia e sem qualquer diálogo" com os dirigentes sindicais.

🗣️ "Mesmo com seis meses de monitoramento, não houve qualquer tentativa de diálogo pelo banco, não houve advertência, feedback ou qualquer outra sinalização para a correção de condutas, e nem mesmo oportunidade para que os empregados pudessem se defender", afirmou o diretor do sindicato, MaikonAzzu, que é bancário do Itaú.

A presidenta do Sindicato, Neiva Ribeiro, lembrou que as demissões ocorrem em um momento de lucros e rentabilidade recordes para o Itaú. Por isso, pediu que esses postos de trabalho sejam repostos, para evitar a sobrecarga dos demais funcionários do banco.

O Itaú tinha 95.714 funcionários ao final do segundo trimestre de 2025, sendo 85.775 no Brasil e 9.939 no exterior.

O banco já havia cortado 505 postos de trabalho ao longo do primeiro semestre, sobretudo no Brasil. Isso porque, ao final de 2024, o Itaú contava com 96.219 colaboradores, sendo 86.228 no Brasil e 9.991 no exterior.

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