Investir em ETFs cai no gosto dos brasileiros em 2025; entenda motivo

Fundos de índices já superam a captação da previdência e são os investidores de alta renda que mais aplicam.

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Publicado em 23/08/2025 às 09:58h - Atualizado Agora Publicado em 23/08/2025 às 09:58h Atualizado Agora por Lucas Simões
ETFs de renda fixa atraem mais dinheiro neste ano, aponta Anbima (Imagem: Shutterstock)
ETFs de renda fixa atraem mais dinheiro neste ano, aponta Anbima (Imagem: Shutterstock)

Os ETFs, fundos de índices negociados na bolsa de valores, estão cada vez mais presentes nas carteiras dos investidores brasileiros em 2025, sobretudo, sobretudo, o grupo de alta renda (quem tem entre R$ 300 mil a R$ 5 milhões), conforme estudo publicado pela Anbima (Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais) nesta semana.

Segundo os dados mais recentes, referentes a junho de 2025, o total de investidores com ETFs em carteira chegou a 1,1 milhão — um aumento de 29% nos últimos 12 meses. Das 236 mil contas de investidores pessoas físicas que aplicam no produto, 131,2 mil pertencem ao segmento de varejo de alta renda, 105 mil ao varejo tradicional e 468 ao private.

Na prática, investir em ETFs permite ter acesso de uma só vez a inúmeros investimentos compostos por ativos de renda fixa, multimercados, ações, câmbio, previdência e até criptomoedas.

Entre agosto de 2024 e julho de 2025, foram lançados 23 novos fundos de índice, elevando o total para 127, um crescimento de 22%. Como reflexo, os fundos de índice registraram entradas de R$ 5,8 bilhões, ficando atrás apenas dos fundos de renda fixa, que lideraram com R$ 96,3 bilhões. É o que mostram dados da associação.

Só para se ter uma ideia da crescente, na última quarta-feira (20), ocorreu o ançamento do NBIT11, primeiro ETF (fundo de índice) do Brasil a oferecer exposição ao Bitcoin (BTC) por meio de contratos futuros negociados na B3, pelas mãos do Nubank (ROXO34).

Esses contratos futuros da criptomoeda, presentes no ETF, permitem que investidores tenham exposição ao ativo sem a necessidade de comprá-lo ou armazená-lo diretamente, atendendo à demanda de quem busca operar em criptomoedas dentro do ecossistema regulado do mercado financeiro.

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Tipos de ETFs mais buscados

A captação dos ETFs superou a dos fundos de previdência nos últimos 12 meses, que alcançou R$ 4,4 bilhões, e dos cambiais, com R$ 634,2 milhões. Eles também ficaram à frente dos fundos de ações e multimercados, que registraram resgates líquidos de R$ 75 bilhões e R$ 320 bilhões, respectivamente.

“Os ETFs são uma classe de produtos consolidada em mercados desenvolvidos e ainda têm amplo espaço para expansão no Brasil. Diversificação e taxas competitivas são seus principais atrativos”, afirma Pedro Rudge, diretor da Anbima.

Os fundos de índice de renda fixa concentraram a maior parte da captação, com R$ 4,1 bilhões. Enquanto isso, os de renda variável atraíram R$ 1,7 bilhão.

O avanço acompanha o processo de sofisticação da indústria de ETFs no Brasil. Hoje, o mercado já conta com ETFs que investem em ativos no exterior, que combinam estratégias de renda fixa e variável e que pagam dividendos — modalidade autorizada pela B3 desde o início de 2023.

Também há BDRs (Brazilian Depositary Receipts) de ETFs, que replicam índices internacionais e ampliam as opções de diversificação para os investidores locais.

ROXO34

Nu Holdings (NuBank)
Cotação

R$ 12,66

Variação (12M)

-3,80 % Logo Nu Holdings (NuBank)

Margem Líquida

25,18 %

DY

-%

P/L

29,34

P/VP

7,33