Indicados de Lula para o Banco Central são aprovados no Senado; veja os nomes
A votação marca um passo importante na consolidação da equipe de Lula na autoridade monetária.

🚨 A Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado Federal deu sinal verde para os três novos indicados pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) para integrarem a diretoria do Banco Central (BC).
A votação marca um passo importante na consolidação da equipe de Lula na autoridade monetária, reforçando seu impacto nas decisões econômicas do país.
Quem são os novos diretores aprovados
Os nomes aprovados incluem Nilton David, atual chefe de operações de tesouraria do Bradesco, para a diretoria de Política Monetária; Gilneu Vivan, servidor de carreira do BC, para a diretoria de Regulação; e Izabela Correa, também servidora do BC, para a diretoria de Relacionamento, Cidadania e Supervisão de Conduta.
Os votos da CAE foram expressivos: David recebeu 22 votos a favor e 5 contra; Vivan foi aprovado por 23 votos a 4, e Correa por 24 votos a 3.
Agora, as indicações seguem para a votação no plenário do Senado, que dará o aval final para que os indicados assumam os cargos a partir de janeiro de 2024.
Compromisso com o centro da meta de inflação
Durante a audiência, os indicados reafirmaram o compromisso com o objetivo central do Banco Central: manter a inflação dentro da meta estabelecida, atualmente em 3% ao ano.
Izabela Correa destacou a importância de um alinhamento claro e firme com esse objetivo, enquanto Nilton David alertou sobre os desafios impostos pela desancoragem das expectativas inflacionárias, exigindo ações firmes, porém ponderadas.
David também enfatizou que intervenções no câmbio precisam ser cuidadosamente avaliadas para evitar efeitos colaterais indesejados.
Já Vivan destacou que, embora as contas públicas sejam uma variável relevante, o foco do BC permanece na meta de inflação, garantindo a eficácia das políticas monetárias.
➡️ Leia mais: ‘Operação de guerra’: Lula é transferido para SP e passa por cirurgia de emergência
Impacto político e econômico
Se confirmados pelo Senado, os novos diretores vão reforçar a influência do governo Lula no Comitê de Política Monetária (Copom), que define a taxa Selic, atualmente em 11,25% ao ano.
Com a aprovação, Lula passará a ter indicado sete dos nove membros do Copom, fortalecendo sua presença em um órgão historicamente crítico à política econômica do governo.
A nomeação de Nilton David, que ocupará a vaga de Gabriel Galípolo, é particularmente estratégica.
Galípolo foi aprovado para assumir a presidência do BC em janeiro, sucedendo Roberto Campos Neto.
Com a autonomia do BC sancionada em 2021, os diretores possuem mandatos fixos e não coincidem com o do presidente da República, o que dá maior estabilidade às políticas econômicas, mas não elimina as pressões políticas.
Perfil dos indicados
Os indicados possuem currículos robustos e trajetórias sólidas em suas áreas de atuação:
- Nilton David: Graduado em Engenharia de Produção pela USP, atuou em instituições como Morgan Stanley e Citi antes de ingressar no Bradesco em 2019.
- Gilneu Vivan: Mestre em Economia pela UnB, é servidor do BC desde 1994, com ampla experiência no Departamento de Regulação do Sistema Financeiro.
- Izabela Correa: Doutora em Governo pela London School of Economics, é servidora do BC desde 2006 e atualmente exerce o cargo de secretária de Integridade Pública na CGU.
➡️ Leia mais: IPCA sobe 0,39% em novembro, com alta nos preços de carne e passagens aéreas
O que esperar daqui para frente
A aprovação dos novos diretores ocorre em um momento de alta relevância para a política monetária brasileira.
O próximo passo será a votação no plenário do Senado, que definirá se os indicados poderão assumir suas funções no BC. Caso aprovados, eles terão a missão de equilibrar expectativas do mercado, responsabilidade fiscal e os objetivos de política econômica do governo federal.
📈 Com essas mudanças, o Banco Central entra em uma nova fase, com maior influência do atual governo, mas mantendo a autonomia garantida por lei.

21 ações que pagarão mais dividendos em 2025, segundo BTG Pactual
Veja a lista de companhias brasileiras que podem garantir uma boa renda passiva

FIIs ressuscitam ganhos, enquanto Bitcoin (BTC) é abatido em fevereiro; veja ranking
Saiba quais classes de investimentos são destaques positivos no mês e quais deram dor de cabeça aos investidores

Luiz Barsi da Faria Lima: Como gestor do Fundo Verde dribla Trump em 2025 com renda fixa?
Fundo Verde, liderado por Luis Stuhlberger, já acumula valorização superior a 26.000% desde 1997 e revela estratégia de investimentos em meio à guerra comercial

Não foi o Bitcoin (BTC)? Saiba qual classe de investimento mais subiu em janeiro
Maior criptomoeda do mundo se valorizou quase +2% no mês que se encerra, mas soma ganhos de +184% nos últimos 12 meses

Barsi da Faria Lima faz o alerta: Selic em 2025 subirá a 'patamares esquecidos'
Fundo Verde, liderado por Luis Stuhlberger, já acumula valorização superior a 26.000% desde 1997 e revela estratégia de investimentos para este ano

WEG (WEGE3) pode bater ROIC de 38% em 2025; saiba se analistas investem
Indicadores fundamentalistas favoráveis e cenário de dólar acima dos R$ 6 dão indícios para a ação que já disparou +45% em 20224

Renda fixa isenta de IR: FS Bio recompra CRAs pagando IPCA+ 11% ao ano
Crise no crédito de empresas do agronegócio faz taxas dispararem e preços dos títulos caírem na marcação a mercado

Renda fixa isenta de IR está entre as captações favoritas das empresas em 2024
Emissão de debêntures e mercado secundário de renda fixa batem recordes entre janeiro e setembro, diz Anbima