Gol (GOLL4) será excluída do Ibovespa e de mais 9 índices da B3

Segundo a Bolsa, medida se deve à recuperação judicial da companhia

Publicado em 30/01/2024 às 22:31h - Atualizado 10 meses atrás Publicado em 30/01/2024 às 22:31h Atualizado 10 meses atrás por Marina Barbosa

A Gol (GOLL4) será excluída do Ibovespa e de outros nove índices da B3. A medida foi comunicada na noite desta segunda-feira (29) pela operadora da Bolsa brasileira e se deve ao processo de recuperação judicial da companhia.

✈️ A Gol pediu recuperação judicial na quinta-feira (25) nos Estados Unidos. Desde então, a aérea vem afundando na B3. Só nesta segunda-feira (29), as ações da Gol caíram 33,61%, a R$ 3,93. Com isso, a companhia perdeu R$ 832 milhões em valor de mercado em apenas um dia.

De acordo com a B3, as ações da Gol serão excluídas dos seguintes índices:

IBOV: Ibovespa;
IBRA: Índice Brasil Amplo;
IBXX: Índice Brasil 100;
ICO2: Índice Carbono Eficiente;
IDVR: Índice de Diversidade;
IGCT: Índice de Governança Corporativa Trade;
IGCX: Índice de Ações com Governança Corporativa Diferenciada;
ITAG: Índice de Ações com Tag Along Diferenciado;
IVBX: Índice Valor;
SMLL: Índice Small Cap.

Em nota, a B3 disse que a Gol será excluída desses índices ao preço de fechamento do pregão de terça-feira (30). Sua participação nos índices será "redistribuída proporcionalmente aos demais integrantes da carteira com o pertinente ajuste nos redutores".

Mesmo com a exclusão dos índices, as ações da Gol continuarão sendo negociadas na Bolsa brasileira. A negociação, no entanto, ocorrerá sob o título de "Outras Condições" a partir desta terça-feira (30).

ADRs suspensos em NY

A Nyse (Bolsa de Valores de Nova York), por sua vez, suspendeu a negociação e solicitará o cancelamento da listagem dos ADRs (American Depositary Receipts) da Gol. Em fato relevante publicado na sexta-feira (26), a Gol disse que a suspensão e a deslistagem dos ADRs é um "procedimento usual" após o pedido de reestruturação financeira de empresas dos Estados Unidos.

💰 A Gol pediu recuperação judicial nos Estados Unidos na quinta-feira (25), pois tem dívidas superiores a R$ 20 bilhões junto a pelo menos cinco mil credores, além de um patrimônio negativo de R$ 23,35 bilhões. Para reorganizar as finanças e manter suas operações, a companhia pediu um financiamento de US$ 950 milhões. A parcela inicial do crédito foi liberada pela Justiça nesta segunda-feira (29).