Eduardo Bolsonaro vai pedir asilo político nos EUA, entenda

O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) decidiu se licenciar temporariamente do cargo na Câmara dos Deputados, para morar e pedir asilo político nos Estados Unidos.

✈️ A decisão foi anunciada nesta terça-feira (18), depois que deputados do PT (Partido dos Trabalhadores) pediram à PGR (Procuradoria-Geral da República) a apreensão do passaporte de Eduardo Bolsonaro.

No pedido, os deputados acusam Eduardo Bolsonaro de ter agido contra a soberania brasileira, ao defender a aprovação de um projeto de lei que impediria a entrada do ministro do STF (Supremo Tribunal Federal), Alexandre de Moraes, nos Estados Unidos.

O pedido ainda aguarda um posicionamento da PGR. Contudo, foi apontado como Eduardo Bolsonaro como o motivo da sua decisão de deixar temporariamente o cargo de deputado federal e migrar para os Estados Unidos.

🗣️ "Se Alexandre de Moraes quer apreender meu passaporte ou mesmo me prender, para que eu não possa mais denunciar seus crimes nos Estados Unidos, então é justamente aqui que eu vou ficar e trabalhar mais do que nunca", disse, em vídeo publicado nas redes sociais nesta terça-feira (18).

Ele afirmou ainda que só voltará ao Brasil quando Moraes estiver "devidamente púnico por seus crimes e abuso de autoridade".

Eduardo Bolsonaro acusa o ministro do STF de ter violado direitos humanos ao prender "senhorinhas" e defendeu a anistia dos envolvidos no 8 de janeiro de 2023, dia em que apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro invadiram e depredaram as sedes dos três Poderes, em Brasília.

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Em entrevista à "CNN", Eduardo Bolsonaro disse que também pretende pedir asilo político nos Estados Unidos. Ele mostrou-se preocupado em ser preso ou ter contas bloqueadas por Moraes.

⚖️ O filho "zero três" de Jair Bolsonaro viajou para os Estados Unidos na véspera do Carnaval. Isto é, cerca de uma semana depois de a PGR denunciar o ex-presidente e alguns de seus aliados por tentativa de golpe de Estado em 2022. Eduardo Bolsonaro não é alvo da denúncia.

O STF vai decidir se aceita a denúncia da PGR e torna o ex-presidente réu nos próximos dias 25 e 26 de março.