Dólar digital (USDT) cresce e se consolida como terceiro maior ativo digital do mundo

Desenvolvedora calcula que há mais de 330 milhões de usuários

Publicado em 21/10/2024 às 14:20h - Atualizado 30 dias atrás Publicado em 21/10/2024 às 14:20h Atualizado 30 dias atrás por Wesley Santana

💵 Seja para se proteger da inflação ou pela força da moeda norte-americana, muita gente sempre sonhou em manter seu patrimônio em dólar. Com a chegada das criptomoedas, isso ficou mais fácil.

Foi aí que os criadores de stablecoin começaram a fazer de seus ativos um sucesso, mesmo que ficassem muito restritos ao mercado de criptos. Ao que tudo indica, isso tem mudado, com pessoas também do mercado tradicional entrando neste mundo.

Um relatório do monitor CoinMarketCap mostra que a Tether (USDT) é hoje a terceira maior criptomoeda em valor de mercado. Nesta segunda-feira (21), o ativo registrava R$ 685 bilhões em patrimônio, atrás apenas do Bitcoin (BTC) e Ethereum (ETH).

A prova do sucesso está também no número de usuários que já usaram esse serviço: 330 milhões, segundo o último boletim divulgado. “A USDT se tornou o dólar digital para mercados emergentes e países em desenvolvimento. Os números não mentem”, pontuou o CEO da Tether, Paolo Ardoino.

O grande diferencial do dólar digital é que ele segue o mesmo desempenho da moeda norte-americana no mercado tradicional, mas é mais econômico para comprar. No Brasil, por exemplo, em que se compra dólar pelo valor de turismo, surge como uma saída já que usa a cotação oficial na hora da compra.

E ele tem servido não só para quem quer manter as econômicas em dólar, mas também para quem quer fazer câmbio. Atualmente, é possível fazer conversão entre diversas moedas usando opções como o USDT e USDC de base.

“O Tether tem sido fundamental para reforçar o domínio do dólar americano no exterior. Oferece transações confiáveis e lastreadas em dólares em mercados onde o acesso aos sistemas bancários tradicionais é limitado ou inexistente”, pontuou Ardoino.

O projeto desta stablecoin foi criado em 2014, com o objetivo de usar redes de blockchain para dar acesso a outros tipos de moeda a usuários de países emergentes. Ela é pareada 1:1 com o dólar dos EUA porque cada unidade está lastreada em uma nota de 1 dólar.