Depois de pressão dos EUA, Panamá deixa acordo econômico com China
Rota da Seda prevê investimentos trilionários em mais de 100 países
Nesta quinta-feira (6), o presidente do Panamá José Raúl Mulino anunciou o cancelamento do acordo econômico que o país mantém com a China. O programa chinês “Nova Rota da Seda” financia investimentos em países em desenvolvimento, sobretudo na América Latina.
📃 O líder panamenho disse que não houve exigência dos Estados Unidos para a saída do acordo, mas a decisão acontece em meio às pressões da maior economia do mundo. “Essa é uma decisão que tomei”, destacou Mulino.
Com um orçamento de trilhões de dólares, o programa chinês tem um foco no estreitamento das relações do país asiático com outras nações. Ele teve início em 2013, já alcança mais de 100 países e tem sido fortalecido nos últimos anos em razão do avanço do comércio chinês com outras economias da América Latina.
O Panamá é um dos muitos países que estão na mira do presidente Donald Trump em meio à visível guerra comercial que tem com a China. Neste caso, o líder norte-americano aponta para o Canal do Panamá, por onde passam grande parte das mercadorias globais.
🗣️ Leia mais: EUA vão assumir controle de Gaza, diz Trump ao lado de Netanyahu
Nesta quinta, um porta-voz da Casa Branca chegou a dizer que os navios dos EUA que passassem pelo canal teriam passe livre. No entanto, o país da América Central negou a afirmação poucos minutos depois.
Na semana passada, o secretário de Estado americano Marco Rubio viajou ao Panamá para tratar sobre o Canal. Depois disso, Mulino destacou que não renovaria o acordo com a China, renovado a cada três anos.
"Eu não sei quem incentivou na ocasião quem assinou isto com a China", acrescentou Mulino. "O que isso trouxe para o Panamá em todos estes anos? Quais são as grandes coisas? O que essa 'Belt and Road Initiative' trouxe para o país?", pontuou o líder latino-americano.
Territórios
🌎 Neste novo governo, os EUA já afirmou querer assumir ou controlar ao menos quatro territórios ao redor do mundo: Canal do Panamá, Faixa de Gaza (Palestina), Canadá e Groenlândia (Dinamarca). Além disso, ele também renomeou de Golfo do México para Golfo da América uma porção de águas no sul dos EUA.
Parte dos especialistas diz que as afirmações de Trump sobre a geopolítica tratam-se mais de retórica. Para eles, o presidente recém-empossado usa uma estratégia de retórica ampliada para conseguir coisas mais específicas.
“Trump tem como característica dizer coisas que ele não vai fazer para poder conseguir algo que, talvez, esteja dentro de um horizonte mais realista. Quando ele fala em incorporar a Groenlândia, incorporar o Canadá, pode ser uma retórica para conseguir algo, para demonstrar poder”, comentou Jaime Benvenuto, professor de Direito Internacional Público, ao G1.
Barsi da Faria Lima faz o alerta: Selic em 2025 subirá a 'patamares esquecidos'
Fundo Verde, liderado por Luis Stuhlberger, já acumula valorização superior a 26.000% desde 1997 e revela estratégia de investimentos para este ano
Renda fixa isenta de IR está entre as captações favoritas das empresas em 2024
Emissão de debêntures e mercado secundário de renda fixa batem recordes entre janeiro e setembro, diz Anbima
3 REITs de data center que podem subir com o plano de Trump, segundo Wall Street
Presidente eleito dos Estados Unidos anuncia US$ 20 bilhões em investimentos para construir novos data centers no país
Quais tipos de renda fixa ganham e perdem com a eleição de Trump?
Renda fixa em dólar pode ganhar mais fôlego com juros futuros em alta. Aqui no Brasil, a preferência é por títulos pós-fixados
Tesouro Direto sobe mais de 1% em apenas 1 dia com agito das eleições nos EUA
Juros compostos caem e preços dos títulos saltam na marcação a mercado aqui no Brasil, com ligeira vantagem de Kamala Harris contra Donald Trump
Poupança renderá mais com Selic a 10,75%? Cuidado com o mico
Rentabilidade da caderneta de poupança pode ficar travada pelos próximos cinco anos
Ibovespa quebra sequência de altas em meio às tarifas de Trump; veja ações que caíram
Petrobras e bancos puxam índice brasileiro para baixo, mas são os papéis da Azul (AZUL4) que lideram as perdas neste início de fevereiro
Petrobras (PETR4) supera metas de produção para 2024; veja resultados
A estatal teve novos recordes anuais de produção total própria e operada no pré-sal, com 2,2 milhões de barris de óleo equivalente por dia