Cosan (CSAN3) adia IPO da Moove diante do risco-Brasil
Precificação estava marcada para esta quarta-feira (19), mas foi suspensa devido ao apetite reduzido de investidores institucionais.

A Moove, empresa de lubrificantes do grupo Cosan (CSAN3), não vai mais estrear na Nyse (Bolsa de Valores de Nova York) nesta semana, como era esperado. O IPO (oferta pública inicial) foi adiado diante do desconforto de investidores estrangeiros com o risco-Brasil.
❌ A Cosan entrou com o pedido de IPO da Moove nos Estados Unidos em julho e esperava levantar até US$ 437,5 milhões com a oferta. A ideia era ofertar 25 milhões de ações da Moove, por um preço entre US$ 14,50 e US$ 17,50 a ação. A precificação ocorreria nesta quarta-feira (9), mas acabou sendo suspensa.
Informações iniciais apontavam para uma demanda forte pelos papeis. Porém, no final da sessão desta quarta-feira (9), o site "Pipeline" revelou que a maior parte dessa procura vinha de pequenas ordens e que os investidores institucionais, responsáveis pelas grandes ordens, acabaram não entrando com todo o valor que era esperado.
Leia também: Além de presidente, Banco Central terá três novos diretores em 2025
💲 Entre os principais motivos apontados para a cautela, está o risco-Brasil. O receio é de que a alta dos juros brasileiros impacte os resultados da Moove, já que boa parte das receitas da companhia ainda são originadas no país.
A Cosan decidiu, então, suspender o IPO da Moove, para evitar um recuo dos preços dos papeis. Em comunicado, a empresa disse que, "em função das condições adversas de mercado", optou por não prosseguir com a oferta "nesse momento".
Ainda não está claro quando a oferta pode ser recolocada no mercado. O movimento, contudo, prolonga o jejum de IPOs de companhias brasileiras, que já dura quase três anos. A última empresa empresa brasileira a abrir o capital foi o Nubank (ROXO34), que fez uma dupla listagem, na B3 e na Nyse, em dezembro de 2021.

CSAN3
COSANR$ 5,48
-59,97 %
-26,95 %
0%
0.87
1,42

Juros de R$ 94,2 milhões serão pagos a investidores de renda fixa travados em CDI+ 1,8% ao ano
Cosan (CSAN3) se prepara para desembolsar grana aos seus debenturistas, referente a sua 8ª emissão de títulos de dívida.

Bolada de R$ 220,7 milhões em renda fixa será paga a investidores; saiba quem tem direito
Quem emprestou dinheiro diretamente à Cosan (CSAN3) ao adquirir debêntures na 11ª emissão estão no jogo.

Cosan (CSAN3) pagará R$ 103 milhões a investidores de renda fixa; saiba quando
Empresa acumula a sexta maior dívida entre as companhias com ações listadas na bolsa brasileira.

Cosan (CSAN3) afunda 10,3% na semana e atinge menor cotação em quase 2 meses
Ações da Cosan voltaram a ser negociadas abaixo dos R$ 7 nesta sexta-feira (20).

Banco vê potencial de R$ 17 bi com vendas de ativos da Cosan (CSAN3) e Raízen (RAIZ4)
De acordo com o BofA, as companhias concentram seus esforços em reduzir o endividamento e alongar prazos de vencimento das dívidas.

Cosan (CSAN3) vai investir até R$ 12 bi em 2025, mas juros pesam sobre planos futuros
Segundo Rubens Ometto, companhia pode segurar investimentos se juros não baixarem.

Cosan (CSAN3) pagará R$ 101,2 milhões a investidores de renda fixa em maio
Saiba quais debêntures estão aptas a receber distribuição de juros pelo dinheiro emprestado à holding com negócios em combustíveis, infraestrutura e agronegócio

Cosan (CSAN3) tem prejuízo líquido de R$ 9,2 bilhões no 4º tri de 2024
Desconsiderando os impactos extraordinários mencionados, o prejuízo anual totalizou R$ 909,0 milhões.