Com velho “vilão”, inadimplência do consumidor volta a crescer em janeiro

O cartão de crédito continua sendo o principal "vilão" entre os inadimplentes, desde o ano de 2018 até 2023.

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Publicado em 05/03/2024 às 11:43h - Atualizado 1 mês atrás Publicado em 05/03/2024 às 11:43h Atualizado 1 mês atrás por Matheus Rodrigues

💸 Em janeiro deste ano, houve aumento no número de consumidores inadimplentes no país, após dois meses consecutivos de queda, de acordo com levantamento realizado pela Serasa.

Em relação ao primeiro mês do ano passado, o número de inadimplentes também subiu, passando de 70,09 milhões para 72,07 milhões de pessoas em janeiro deste ano.

O estudo revelou também que os dois principais motivos para a inadimplência, nos anos de 2022 e 2023, foram o desemprego e a redução na renda.

O desemprego foi apontado por 29% dos endividados, em 2022, e por 22%, em 2023. Já a redução de renda foi citada por 12% e 20% dos inadimplentes, em 2022 e 2023, respectivamente.

💲O cartão de crédito continua sendo o principal "vilão" entre os inadimplentes, desde o ano de 2018 até 2023.

No ano passado, o cartão de crédito correspondia à principal dívida para 55% dos endividados.

Sete em cada dez brasileiros costumam parcelar suas compras, sendo a maior fatia (27%) por não ter o valor cheio para pagamento à vista.

O presidente do Instituto Locomotiva, Renato Meirelles, avalia que são necessárias medidas como combate ao desemprego, educação financeira e microcrédito para que a inadimplência volte a cair.

O especialista ressalta que não se pode esquecer que a grande questão é que o brasileiro ganha pouco e é, por essa razão, somada aos juros altos, que se endivida.

Além disso, ele apontou que medidas como ampliar o acesso ao microcrédito e fomentar o crédito responsável, com taxas de juros justas e acompanhamento dos devedores, podem auxiliar na inclusão financeira e na recuperação de crédito.

“Fortalecer os mecanismos de proteção do consumidor contra práticas abusivas de crédito e cobrança é fundamental para evitar o endividamento excessivo e garantir os direitos dos consumidores”, acrescentou.