Campos Neto: Desinflação está em curso, mas requer política monetária contracionista

Presidente do BC destacou que é necessário diminuir a inflação com o menor custo possível

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Publicado em 27/09/2023 às 13:19h - Atualizado 3 meses atrás Publicado em 27/09/2023 às 13:19h Atualizado 3 meses atrás por Juliano Passaro
Roberto Campos Neto, presidente do Banco Central (Lula Marques/Ag. Brasil)
Roberto Campos Neto, presidente do Banco Central (Lula Marques/Ag. Brasil)

O presidente do Banco Central (BC), Roberto Campos Neto, disse, nesta quarta-feira (27), que a "desinflação no Brasil está em curso". Contudo, segundo ele, ainda é necessário ter uma política monetária contracionista.

A fala de Campos Neto foi dita durante uma audiência pública na Câmara dos Deputados. Segundo o presidente do BC, a desinflação no País está "acentuada".

"A principal mensagem aqui é falar sobre o que a gente chama de pouso suave, que é baixar a inflação com o mínimo de custo possível", disse Campos Neto.

Os preços do setor de alimentação estão caindo fortemente, conforme Campos Neto. Ele ainda destacou que a alta do IPCA-15 em setembro está ligada aos reajustes nos custos da gasolina.

Campos Neto salientou que a decisão do governo em manter a meta de inflação em 3% para 2026 foi acertada. Isso, segundo ele, ajudou o BC a iniciar o processo de corte de juros. O presidente do BC disse ainda que a inflação opera em patamares menores quando a autarquia é mais independente.

Inflação teve custo menor para a sociedade, segundo Campos Neto

O presidente do BC também afirmou que o Brasil teve uma "queda maior de inflação" com um "custo de atividade menor" frente a outros países.

"Temos dificuldade em ver outros países que fizeram esse processo com um custo tão baixo para a sociedade", afirmou Campos Neto.