Caixa testará pagamento do Bolsa Família por meio do Drex
O objetivo é que pessoas sem acesso a internet recebam o benefício de forma offline
🏦 A Caixa Econômica Federal começará a testar o pagamento do Bolsa Família por meio do Drex, segundo o superintendente nacional do banco, Rafel Dias. Os testes estão previstos para começar entre maio e abril.
O Drex é a CBDC (Moeda digital do banco central, da sigla em inglês) brasileira que está em desenvolvimento pelo BC. O objetivo é que pessoas sem acesso a internet recebam o benefício de forma offline e, assim, não precisem deslocar até agências bancárias para fazer o saque.
Em evento com reguladores do setor bancário, organizado pela Microsoft e Hamsa, Dias afirmou que a Caixa atinge 99% da população brasileira, dos municípios, e entre elas as comunidades ribeirinhas. “Só que muitas vezes o ribeirinho tem que se deslocar para uma cidade maior, sacar esse dinheiro e às vezes ele faz as compras em uma cidade grande e traz essas compras para a cidade dele".
Ele também afirmou que a ação também poderá auxiliar a economia local de lugares mais remotos. Dias também prevê que aproximadamente 5% dos usuários do Bolsa Família podem aderir à nova tecnologia.
Um dos pontos principais do Drex é a democratização do acesso aos serviços financeiros, com baixo custo de produtos, além de aumentar a bancarização no Brasil por meio de facilitações em ambientes de investimentos.
O superintendente da Caixa justifica que o Drex não é uma criptomoeda. "Quando a gente pensa Drex e uma forma que a gente consiga 'tokenizar', por exemplo, garantias, a gente pode trazer oportunidades para pequenos empresários, pequenas empresas terem mais liquidez, mais empréstimos e financiamentos".
A Caixa ainda avalia internamente sua estratégia em conjunto com o Ministério da Fazenda e o governo federal. Como uma entidade pública, o banco terá que realizar uma licitação para implementar a tecnologia.
A proposta de realizar pagamentos do Bolsa Família através do Drex originou-se no ambiente do LIFT Challenge (Laboratório de Inovações Financeiras e Tecnológicas) do Banco Central brasileiro.
"Uma empresa apresentou a utilização e nos interessamos. Pensamos se isso poderia ser aplicado em alguns casos específicos para nós. Iniciamos uma investigação", disse o gerente nacional de serviços financeiros da Caixa, Evandro Avellar.
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