BTG elege nova queridinha da Bolsa: ação pode pagar “caminhão” de dividendos

De acordo com o banco, a companhia pretende distribuir R$ 400 milhões em dividendos ainda no segundo semestre de 2025.

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Publicado em 20/09/2025 às 10:16h - Atualizado Agora Publicado em 20/09/2025 às 10:16h Atualizado Agora por Matheus Silva
A notícia caiu como música para os ouvidos do mercado (Imagem: Shutterstock)
A notícia caiu como música para os ouvidos do mercado (Imagem: Shutterstock)

💰 Quando o assunto é dividendos, a atenção dos investidores costuma recair sobre gigantes como Petrobras (PETR4), Vale (VALE3), bancos ou elétricas. Mas, no radar dos analistas, um nome menos óbvio vem ganhando força: a PagBank (PAGS34).

A ação, que já acumula alta de 45% em 2025, chamou a atenção após a administração reforçar sua estratégia em teleconferência com investidores e anunciar um pacote bilionário em dividendos e recompra de ações.

De acordo com o BTG Pactual, a companhia pretende distribuir R$ 400 milhões em dividendos ainda no segundo semestre de 2025 e outros R$ 1,4 bilhão em 2026.

Somados ao programa de recompra de até R$ 1,1 bilhão, o retorno total ao acionista pode alcançar R$ 2,9 bilhões — o equivalente a um dividend yield de quase 18%.

A notícia caiu como música para os ouvidos do mercado: as ações da PAGS34 chegaram a saltar mais de 10% em apenas uma sessão após os anúncios.

Além das maquininhas

O grande trunfo do PagBank está em ir além dos pagamentos. A empresa projeta alcançar R$ 25 bilhões em carteira de crédito até 2029, diversificando receitas e tornando a divisão bancária uma fatia cada vez mais relevante no resultado.

Segundo o BTG, a companhia pretende acelerar produtos como cheque especial e empréstimos para capital de giro, além de lançar novas linhas, como crédito consignado privado e financiamentos via Pix.

A expectativa é de spreads mais altos e maior foco em crédito ao consumidor, com perspectivas de margens mais robustas.

O guidance também prevê que o TPV (volume de transações) continue avançando a um ritmo de quase 10% ao ano nos próximos cinco anos, beneficiado por um mercado de pagamentos mais consolidado e competitivo de forma mais racional — cenário bem diferente da chamada “guerra das maquininhas” do passado.

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Oportunidade ou risco?

Apesar da empolgação, o BTG lembra que a transição de empresas de pagamento para o modelo bancário é desafiadora no mundo inteiro, com riscos de execução elevados. Ainda assim, os analistas enxergam o PagBank bem-posicionado.

Na visão do banco, mesmo com a alta de 75% em dólares em 2025, a ação ainda negocia em níveis atrativos: 6,4 vezes o lucro projetado para 2026, patamar considerado “pouco exigente”.

A recomendação é de compra, com preço-alvo de US$ 14 — espaço relevante frente ao atual patamar.

“Combinando dividendos robustos, expansão de crédito agressiva e perspectiva de lucros mais fortes, a PAGS tem chance de atrair investidores de longo prazo e se consolidar como uma ação de múltiplos mais altos”, avaliam Luiz Carvalho e Gustavo Cunha, do BTG.

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Vantagem frente as concorrentes

Embora ainda atrás da rival Stone (STNE), que dispara 146% em dólares no ano, a PagBank se destaca por seu plano de crescimento consistente e maior disciplina financeira.

O mercado já precifica uma guinada estrutural: de simples empresa de pagamentos para player bancário diversificado, com potencial de entregar retorno expressivo ao acionista.

💲 Para quem busca renda passiva elevada com potencial de valorização, a ação antes considerada “esquecida” pode, finalmente, estar no centro das atenções.

PAGS34

PagBank
Cotação

R$ 11,01

Variação (12M)

9,69 % Logo PagBank

Margem Líquida

11,26 %

DY

2,51 %

P/L

7,42

P/VP

1,08