BRB (BSLI4): Auditoria externa vai apurar indícios de fraudes citados pela PF
O BRB foi alvo da operação da PF que levou à prisão do presidente do Banco Master.
O Banco de Brasília, também conhecido como BRB (BSLI4), será alvo de uma auditoria externa especializada após ser alvo da Operação Compliance Zero, da PF (Polícia Federal).
🏦 A auditoria será contratada pelo próprio BRB e terá o objetivo de "apurar os fatos mencionados na referida operação".
A medida foi acertada em uma reunião realizada na noite de terça-feira (18) pelo Conselho de Administração do BRB, para avaliar os fatos relacionados às investigações da PF.
A operação da PF
🚨 A Operação Compliance Zero foi deflagrada na terça-feira (18) para combater a emissão de títulos de crédito falsos por instituições financeiras.
Com isso, policiais federais cumpriram mandados de busca e apreensão no BRB e a Justiça Federal de Brasília determinou o afastamento do presidente e do diretor-financeiro do BRB.
A operação também levou à prisão de sócios e diretores do Banco Master, que teve a sua liquidação decretada pelo BC (Banco Central) no mesmo dia.
💲 De acordo com as investigações da PF, o Master teria criado carteiras de crédito falsas e vendido para outras instituições financeiras. Só o BRB teria injetado R$ 12,2 bilhões na instituição, por meio de operações com indícios de fraude.
O BRB também tentou comprar ativos do Master em março deste ano, mas a operação acabou sendo barrada pelo BC (Banco Central), diante de dúvidas sobre a saúde financeira do banco.
Novo comando
A decisão da Justiça Federal que afastou o presidente e o CFO do BRB é temporária, por 60 dias.
Contudo, o governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha (MDB), decidiu trocar o comando do banco de forma definitiva após a operação da PF.
Com isso, Paulo Henrique Costa deve ser substituído por Celso Elois de Souza Cavalhero na presidência do Banco de Brasília.
O escolhido para o cargo é o atual superintendente da Caixa Econômica Federal em Brasília.
Pelo rito de governança do BRB, o nome precisa ser aprovado pela Câmara Legislativa do Distrito Federal.
Por isso, até lá, o banco será comandado interinamente pela diretora Executiva de Gestão de Pessoas, Cristiane Maria Lima Bukowitz.
O que diz o BRB?
Em nota, o BRB disse que "sempre atuou em conformidade com as normas de compliance e transparência, prestando regularmente informações ao Ministério Público Federal e ao Banco Central do Brasil sobre todas as operações relacionadas ao Banco Master".
O banco também ressaltou que "segue operando normalmente, garantindo a continuidade integral dos serviços e preservando a segurança das operações, dos clientes, dos parceiros e de toda a sua estrutura operacional".
Além disso, garantiu que "seguirá acompanhando de forma contínua os desdobramentos dos fatos, mantendo seus acionistas e o mercado devidamente informados".
E as ações?
As ações do BRB operaram de forma volátil na bolsa na terça-feira (18), diante dos desdobramentos da operação da PF. Ao final do pregão, as ações ordinárias (BSLI3) recuavam 0,98% e as preferenciais (BSLI4) subiam 1,22%.
Contudo, os papeis operam em queda nesta quarta-feira (19). Às 13h18, as ações ordinárias tombavam 5,82% e as preferenciais recuavam 0,48%.
No acumulado desde 28 de março, quando o BRB anunciou a intenção de compra o Master, as ações ordinárias caem cerca de 1,8%, já as preferenciais sobem mais de 20%.
BSLI4
BRBR$ 8,26
-0,30%
6,56 %
5.67%
6,23
1,01
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