Bradesco apresenta incertezas sobre Reforma Tributária e projeções de margem

O banco disse que ainda não consegue prever os potenciais efeitos da implementação da reforma tributária sobre seus resultados.

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Publicado em 29/04/2024 às 23:44h - Atualizado 3 meses atrás Publicado em 29/04/2024 às 23:44h Atualizado 3 meses atrás por Jennifer Neves
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💰O Bradesco (BBDC4) informou em seu formulário 20F, apresentado à SEC (Comissão de Valores Mobiliários dos EUA) nesta segunda-feira (29), que ainda não consegue prever os potenciais efeitos da implementação da reforma tributária sobre seus resultados. Segundo o banco, os dados atuais não permitem estimar o impacto na margem bruta, que representa a receita proveniente de crédito e operações de tesouraria.

Apesar das mudanças significativas nos impostos sobre a venda de produtos e serviços, que podem resultar em possíveis aumentos nas alíquotas, o banco declarou no documento que é prematuro prever os impactos sobre sua margem bruta.

O governo tem afirmado que a reforma buscará manter as alíquotas atuais cobradas dos bancos, sem aumento. No entanto, as instituições financeiras argumentam que, geralmente, países que implementam o imposto sobre valor agregado (IVA) – como proposto na reforma – evitam tributar as margens de crédito para não elevar os custos para os consumidores finais.

"Ainda que os impostos sobre a venda [de produtos e serviços] tenham passado por mudanças significativas, que podem levar a um possível aumento de alíquotas, não é possível neste momento prever os impactos sobre nossa margem bruta", disse o banco.

O Bradesco também mencionou no formulário 20F que outras reformas relacionadas a diferentes impostos podem aumentar a alíquota de imposto paga pelo banco. Ele destacou que a tributação sobre a distribuição de dividendos e o fim da dedutibilidade dos juros sobre capital estão diretamente ligados à reforma da tributação da renda, ainda por ser apresentada pelo governo.

Além disso, o banco abordou a questão da inadimplência, observando que o aumento registrado no ano passado, de 4,3% para 5,1% nos atrasos acima de 90 dias, foi impulsionado principalmente pelo segmento de varejo, devido à inflação e às altas taxas de juros em anos anteriores. O Bradesco alertou também, como é comum nesses documentos, que um cenário econômico desfavorável ou um crescimento mais robusto da carteira de crédito podem resultar em aumentos na inadimplência.

No que diz respeito à força de trabalho, o banco destacou a necessidade de atrair e reter profissionais altamente qualificados. Ele mencionou o desafio atual de proporcionar uma nova experiência aos funcionários, visando atrair e reter talentos que valorizem ambientes de trabalho dinâmicos, cooperativos, que promovam a diversidade e a meritocracia, alinhados com os novos modelos de trabalho.

O Bradesco está passando por um processo de reestruturação e tem buscado recrutar executivos externos para áreas-chave, como tecnologia, e especialistas para acelerar sua transformação digital.

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