BB (BBAS3), Itaú (ITUB4) e Bradesco (BBDC4) desabam na B3 com “nova lei” do STF
Para investidores, a decisão gera incertezas sobre a relação diplomática entre Brasil e EUA e pode impactar diretamente setores estratégicos.
🚨 O Ibovespa, principal índice da bolsa brasileira, registrou queda expressiva nesta terça-feira (19), recuando 2,08%, aos 134.463 pontos, por volta das 12h50.
O movimento foi puxado, sobretudo, pelas perdas acentuadas no setor bancário, em meio à reação dos investidores à decisão do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Flávio Dino, sobre os efeitos da Lei Magnitsky no Brasil.
Paralelamente, o dólar avançou 0,77%, cotado a R$ 5,4765, refletindo a busca de proteção em meio ao aumento da percepção de risco.
STF impede aplicação de sanções estrangeiras
Na segunda-feira (18), o ministro Flávio Dino determinou que leis e atos unilaterais de governos estrangeiros não podem produzir efeitos sobre cidadãos ou empresas brasileiras em território nacional.
Segundo a decisão, medidas como bloqueio de ativos, cancelamento de contratos ou restrições comerciais só poderão ser aplicadas mediante autorização expressa do STF.
Embora Dino não tenha citado diretamente o caso, a decisão é interpretada pelo mercado como uma resposta às sanções impostas pelos Estados Unidos ao ministro Alexandre de Moraes, no âmbito da Lei Magnitsky — legislação norte-americana que permite punir estrangeiros acusados de corrupção ou violações de direitos humanos.
Para investidores, a medida gera incertezas sobre a relação diplomática entre Brasil e EUA e pode impactar diretamente setores estratégicos, como o bancário e o de exportação.
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Bancos puxam queda do Ibovespa
O setor financeiro, que tem grande peso no índice, foi o principal responsável pela queda do Ibovespa nesta terça-feira. Por volta das 15h, as ações de grandes bancos recuavam de forma generalizada:
- Banco do Brasil (BBAS3): -4,70%;
- Santander (SANB11): -3,04%;
- Bradesco (BBDC4): -3,00%;
- BTG Pactual (BPAC11): -3,55%;
- Itaú Unibanco (ITUB4): -3,10%.
Trump, Zelensky e Putin em foco
Além do noticiário doméstico, o mercado também repercute os desdobramentos da reunião realizada na Casa Branca entre o presidente dos EUA, Donald Trump, o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, e líderes europeus.
Trump disse acreditar que um acordo de paz entre Rússia e Ucrânia pode ser alcançado em breve, e anunciou a intenção de organizar uma reunião trilateral com Zelensky e Vladimir Putin.
A Rússia sinalizou pela primeira vez abertura para o diálogo, com o chanceler Sergei Lavrov afirmando que o país “não rejeita nenhum formato para discutir o processo de paz”.
A percepção de uma possível trégua trouxe certo alívio às bolsas europeias, que operaram em alta nesta terça-feira.
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Bolsas globais reagem de forma mista
Nos Estados Unidos, os índices de Nova York apresentaram comportamento divergente:
- Dow Jones: leve alta de 0,24%;
- S&P 500: queda de 0,02%;
- Nasdaq 100: baixa de 0,11%.
O movimento refletiu tanto os balanços corporativos quanto a expectativa pelo simpósio do Federal Reserve em Jackson Hole, que pode indicar os próximos passos da política monetária americana.
Na Europa, as principais bolsas subiram, impulsionadas pelo otimismo em torno de um possível acordo de paz na Ucrânia.
📈 Já na Ásia, os mercados fecharam majoritariamente em baixa, com exceção de Cingapura, que avançou 0,69%. O índice Kospi, de Seul, liderou as perdas, com queda de 0,81%.
ITUB4
Banco ItaúR$ 40,30
37,57 %
11,26 %
6.97%
9,93
2,02
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