Bancos que operam com criptomoedas entram na mira do BC, entenda

BC prepara regras adicionais de capital para esses bancos e o mercado pode enviar sugestões.

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Publicado em 30/10/2025 às 13:41h - Atualizado Agora Publicado em 30/10/2025 às 13:41h Atualizado Agora por Marina Barbosa
BC quer garantir que bancos tenham dinheiro em caixa para cobrir eventuais perdas com criptos (Imagem: Shutterstock)
BC quer garantir que bancos tenham dinheiro em caixa para cobrir eventuais perdas com criptos (Imagem: Shutterstock)

Os bancos que operam com criptomoedas terão que seguir regras adicionais de segurança e capital em breve.

🏦 A decisão é do BC (Banco Central), que abriu uma consulta pública na quinta-feira (29) para colher sugestões do mercado para a regulação.

"Com a proposta, as instituições financeiras e demais entidades autorizadas a funcionar pelo BC terão requerimento de capital para exposições a ativos virtuais e tokens", disse a autoridade monetária.

🪙 Com isso, o BC busca garantir que os bancos e as instituições financeiras tenham dinheiro suficiente em caixa para cobrir possíveis perdas ligadas a criptoativos.

Para isso, essas instituições devem ter que apresentar dados sobre a sua exposição a ativos digitais e calcular o risco inerente a esses ativos, determinando assim a exigência de capital que precisarão atender.

Além disso, o BC propõe que os criptoativos de maior risco representem no máximo 1% do capital principal dos grandes bancos e que pequenas instituições financeiras sejam proibidas de investir nesses ativos.

📅 A regulação deve ser finalizada em 2026, de acordo as sugestões do mercado, para entrar em vigor em 2027. O BC recebe contribuições sobre o assunto até 30 de janeiro de 2026.

De acordo com o BC, o objetivo da regulação é contribuir para a estabilidade financeira e o aprimoramento do ambiente regulatório brasileiro, por meio da definição dos critérios de classificação e tratamento prudencial das exposições bancárias a ativos virtuais.

Em nota, o Banco Central ressaltou ainda que a regulamentação atende a recomendações do Comitê de Basileia, órgão internacional de supervisão bancária que busca promover a estabilidade do sistema financeiro global.