Banco Central da Argentina reduz taxa de juros pela quinta vez consecutiva

País também vai disponibilizar novas notas de 10 mil e 20 mil pesos

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Publicado em 02/05/2024 às 17:50h - Atualizado 3 meses atrás Publicado em 02/05/2024 às 17:50h Atualizado 3 meses atrás por Wesley Santana
Maior nota em circulação na Argentina equivale a R$ 10. Foto: Shutterstock
Maior nota em circulação na Argentina equivale a R$ 10. Foto: Shutterstock

📈O Banco Central da Argentina anunciou, nesta quinta-feira (2), a redução da taxa de juros pela quinta vez consecutiva desde o início do governo de Javier Milei.

Considerando uma queda na inflação, o órgão monetário definiu o novo índice em 50% ao ano ante os 60% fixados anteriormente. Esse é o nível mais baixo desde junho de 2022.

"A decisão do BCRA é levada em consideração no contexto financeiro e de liquidez e se baseia no rápido ajuste das expectativas de inflação, no fortalecimento da âncora fiscal e no impacto monetário contracionista derivado da sazonalidade nos pagamentos externos do Tesouro no trimestre corrente”, enfatizou.

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Segundo o Ministério da Economia argentino, a redução na taxa de juros provoca efeito parecido no superendividamento monetário, dado que a emissão de juros também cai. A equipe econômica do governo espera que os investidores passem a comprar mais Letras Capitalizáveis, que agora tem taxa nominal entre 4,1% e 4,4% ao mês, a depender do prazo de vencimento.

O último ajuste foi feito na semana passado, quando o órgão também reduziu em 10% a taxa anual. Só nos últimos 60 dias, já foram realizados quatro cortes consecutivos de taxas de juros.

Novas notas de 10 mil e 20 mil pesos

💵 Atualmente, a maior nota em circulação na Argentina é a de 2 mil pesos, que equivale a menos de R$ 10 na cotação blue. Em um país em que a maioria das compras é feita com dinheiro vivo, para fazer ir ao supermercado, por exemplo, é preciso carregar dezenas de notas.

Por isso, o governo anunciou a emissão de bilhetes de 10 mil e 20 mil pesos, que começam a circular já nas próximas semanas. No caso das notas de 10 mil, 770 milhões de unidades foram encomendadas ao governo chinês, que deve fazer a impressão e o transporte até a capital Buenos Aires ainda neste mês de maio.

O governo estima que, uma vez na Argentina, as novas notas demorem até seis meses para chegar a todo o país. O prazo também serve para que os consumidores possam começar a depositar ou sacar os exemplares nos bancos.

"[Os novos papéis] facilitará as transações entre utilizadores, tornará a logística do sistema financeiro mais eficiente e reduzirá significativamente os custos de aquisição de notas acabadas", disse Santiago Bausili, presidente do Banco Central da Argentina.