Argentina diz que vai ampliar controle na fronteira com o Brasil
País também vai construir muro na fronteira com a Bolívia
Na terça-feira (28), a ministra da Segurança da Argentina, Patrícia Bullrich, afirmou que o governo vai ampliar o controle na fronteira com o Brasil. Segundo ela, vai ocorrer um reforço na província de Missiones, como uma forma de fiscalizar a entrada de imigrantes da Bolívia.
🚔 Em entrevista a uma rádio local, Bullrich disse que essa é “uma fronteira onde se entra no país a pé em muitos lugares e onde tivemos assassinos e problemas”. Anteriormente, a ministra já havia comentado que as fronteiras do norte da Argentina são usadas para o tráfico de drogas.
A ampliação do controle faz parte do Plano Guemes, que inclui a construção de um cerca de 200 metros na fronteira com a Bolívia. O muro de arame farpado será concluído em 60 dias, com cerca de 3,5 metros de altura e 3 portões de acesso que só poderão ser usados pelos agentes policiais.
“Estamos promovendo esta cerca em Aguas Blancas para proteger os argentinos do narcotráfico […] para reforçar o controle na fronteira, que estava totalmente descontrolada”, destacou a ministra por meio do X (antigo Twitter).
O Ministério das Relações Exterior da Bolívia se comunicou por meio de nota dizendo que a instalação do cercado por afetar a convivência dos dois países. Os diplomatas disseram que as questões fronteiriças devem ser tratadas por meio de diálogos bilaterais.
📈 Leia mais: Argentina de Javier Milei volta a crescer a economia; veja destaques
Argentina fora do Mercosul
O presidente argentino Javier Milei também defendeu, na semana passada, a saída do país latino do Mercosul. O bloco comercial reúne cinco países da América do Sul como forma de integrar econômica e comercialmente a região.
🗣️ Segundo Milei, a saída poderia ser uma solução para viabilizar o acordo de livre comércio com os Estados Unidos. “Se a condição extrema fosse essa, sim”, destacou. “Estamos trabalhando muito intensamente na possibilidade de negociar um tratado de livre comércio [com os EUA]”, pontuou.
No entanto, o presidente destacou que há mecanismos que permitem a assinatura de um acordo sem a necessidade de deixar o bloco. “Acreditamos que é possível alcançar esse objetivo sem ter que abandono que já se tem no âmbito do Mercosul”.
O Mercosul hoje é formado por Brasil, Uruguai, Paraguai, Bolívia e Argentina, sendo esta última a segunda maior economia do bloco. No último mês de dezembro, a Comissão Europeia anunciou a conclusão das negociações do acordo de livre comércio entre União Europeia e Mercosul, tratado que era muito aguardado pelo lado sul-americano.
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