Argentina diz que vai ampliar controle na fronteira com o Brasil

País também vai construir muro na fronteira com a Bolívia

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Publicado em 29/01/2025 às 13:15h - Atualizado 15 horas atrás Publicado em 29/01/2025 às 13:15h Atualizado 15 horas atrás por Wesley Santana
Brasil e Argentina tem uma grande zona de fronteira (Imagem: Shutterstock)
Brasil e Argentina tem uma grande zona de fronteira (Imagem: Shutterstock)

Na terça-feira (28), a ministra da Segurança da Argentina, Patrícia Bullrich, afirmou que o governo vai ampliar o controle na fronteira com o Brasil. Segundo ela, vai ocorrer um reforço na província de Missiones, como uma forma de fiscalizar a entrada de imigrantes da Bolívia.

🚔 Em entrevista a uma rádio local, Bullrich disse que essa é “uma fronteira onde se entra no país a pé em muitos lugares e onde tivemos assassinos e problemas”. Anteriormente, a ministra já havia comentado que as fronteiras do norte da Argentina são usadas para o tráfico de drogas.

A ampliação do controle faz parte do Plano Guemes, que inclui a construção de um cerca de 200 metros na fronteira com a Bolívia. O muro de arame farpado será concluído em 60 dias, com cerca de 3,5 metros de altura e 3 portões de acesso que só poderão ser usados pelos agentes policiais.

“Estamos promovendo esta cerca em Aguas Blancas para proteger os argentinos do narcotráfico […] para reforçar o controle na fronteira, que estava totalmente descontrolada”, destacou a ministra por meio do X (antigo Twitter).

O Ministério das Relações Exterior da Bolívia se comunicou por meio de nota dizendo que a instalação do cercado por afetar a convivência dos dois países. Os diplomatas disseram que as questões fronteiriças devem ser tratadas por meio de diálogos bilaterais.

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Argentina fora do Mercosul

O presidente argentino Javier Milei também defendeu, na semana passada, a saída do país latino do Mercosul. O bloco comercial reúne cinco países da América do Sul como forma de integrar econômica e comercialmente a região.

🗣️ Segundo Milei, a saída poderia ser uma solução para viabilizar o acordo de livre comércio com os Estados Unidos. “Se a condição extrema fosse essa, sim”, destacou. “Estamos trabalhando muito intensamente na possibilidade de negociar um tratado de livre comércio [com os EUA]”, pontuou.

No entanto, o presidente destacou que há mecanismos que permitem a assinatura de um acordo sem a necessidade de deixar o bloco. “Acreditamos que é possível alcançar esse objetivo sem ter que abandono que já se tem no âmbito do Mercosul”.

O Mercosul hoje é formado por Brasil, Uruguai, Paraguai, Bolívia e Argentina, sendo esta última a segunda maior economia do bloco. No último mês de dezembro, a Comissão Europeia anunciou a conclusão das negociações do acordo de livre comércio entre União Europeia e Mercosul, tratado que era muito aguardado pelo lado sul-americano.