Após aplicar tarifas de 125%, Trump chama Xi Jinping de "amigo"

A China, no entanto, já disse reafirmou que não vai recuar das ameaças do presidente norte-americano.

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Publicado em 10/04/2025 às 10:10h - Atualizado 6 dias atrás Publicado em 10/04/2025 às 10:10h Atualizado 6 dias atrás por Elanny Vlaxio
A declaração foi feita na noite da última quarta-feira (9) (Imagem: Shutterstock)
A declaração foi feita na noite da última quarta-feira (9) (Imagem: Shutterstock)

🗣️ O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump (Partido Republicano), mudou o tom com a China e expressou confiança em chegar a um acordo com Pequim e elogiou o presidente chinês, Xi Jinping. 

"Ele é meu amigo, o presidente Xi (Jinping). Eu gosto dele, eu o respeito, (...) é um cara inteligente que ama seu país, isso é um fato, eu o conheço muito bem", disse Trump durante uma sessão de perguntas e respostas com jornalistas no Salão Oval da Casa Branca. "Eu acho que ele vai querer chegar a um acordo, acho que isso acontecerá", acrescentou. 

O tom do republicano é mais ameno já que na última quarta-feira (9) ele disse que iria "passar a perna" na China. "Eles sempre nos passaram a perna a torto e a direito. Vamos agora passar a perna neles". 

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💬 A nova fala de Trump chega após o republicano aplicar tarifas de 125% à China. O aumento das tensões começou com a taxação de 34% imposta por Trump à China. Esse valor, somado aos 20% já existentes, resultou em tarifas de 54%. A China não ficou quieta e respondeu com tributos de 34%.

Os Estados Unidos ameaçaram retaliar com um aumento de 50% nas taxas se a China não cedesse, o que aumentaria a tarifa para 104%. A China retaliou o governo dos EUA com 50% e logo depois os EUA elevou esse valor para 125%. 

Além disso, a China já reafirmou nesta quarta-feira (10) que não "recuará diante da intimidação". "Embora a China permaneça aberta a conversas, qualquer negociação deve ser baseada no respeito mútuo e conduzida em pé de igualdade. Se os EUA estiverem determinados a travar uma guerra comercial, a China lutará até o fim", disse, em comunicado. 

💭 E ainda acrescentou: "Pressão, ameaças e chantagem não são a maneira certa de lidar com a China. Não permitiremos, de forma alguma, que alguém tire os direitos e interesses legítimos do povo chinês, ou que alguém sabote as regras do comércio internacional e o sistema multilateral de comércio"