Agenda da semana: Copom, inflação global e juros na Europa entram no radar
No cenário doméstico, todas as atenções estão voltadas para o Copom, que divulgará sua decisão sobre a taxa Selic na quarta-feira (11).
📊 Os próximos dias prometem ser agitados para o mercado financeiro global, com uma combinação de decisões de política monetária e indicadores econômicos de peso que podem influenciar os rumos da economia mundial.
Entre os destaques estão a reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) no Brasil, os dados de inflação nos Estados Unidos e na China, e a decisão de juros do Banco Central Europeu (BCE).
Veja o que acompanhar nesta semana que promete movimentar os mercados.
Brasil: Copom e dados econômicos no radar
No cenário doméstico, todas as atenções estão voltadas para o Copom, que divulgará sua decisão sobre a taxa Selic na quarta-feira (11).
Com o aumento das pressões inflacionárias e a recente desvalorização cambial, cresce a expectativa de uma elevação significativa na taxa básica de juros.
Alguns analistas já projetam um aumento de até 1 ponto percentual como forma de conter os impactos econômicos adversos.
Antes disso, o IBGE revelará o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de novembro.
A expectativa é de aceleração nos preços de serviços e alimentação, apesar de uma possível contribuição da energia elétrica para a deflação.
Além do IPCA, o instituto também divulgará dados de comércio e serviços, que podem oferecer pistas sobre o ritmo da atividade econômica brasileira.
Na sexta-feira, o Banco Central apresentará o Índice de Atividade Econômica (IBC-Br), considerado uma prévia do Produto Interno Bruto (PIB).
O indicador será crucial para avaliar o desempenho da economia no último trimestre.
No cenário político, a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado deverá votar a regulamentação da reforma tributária na quarta-feira.
O avanço dessa pauta é considerado essencial para garantir maior previsibilidade ao ambiente de negócios no Brasil.
Estados Unidos
Nos Estados Unidos, a inflação será o principal indicador a ser monitorado. Na quarta-feira (11) será divulgado o índice de preços ao consumidor (CPI), seguido do índice de preços ao produtor (PPI) na quinta-feira.
Esses dados são cruciais para balizar as expectativas em torno da próxima reunião do Federal Reserve (Fed), marcada para 18 de dezembro.
As recentes surpresas positivas no mercado de trabalho, como o aumento inesperado na criação de vagas de emprego em novembro, têm gerado especulações de que o Fed possa cortar os juros em 25 pontos-base na próxima reunião.
Os números desta semana serão fundamentais para confirmar ou derrubar essa tese.
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China
Na China, os dados de inflação ao consumidor (CPI) e ao produtor (PPI) serão revelados na segunda-feira (9).
Esses números devem oferecer um retrato mais detalhado da situação econômica do país, especialmente em um momento em que Pequim intensifica estímulos para reverter a desaceleração econômica.
Além disso, os números do comércio exterior, previstos para terça-feira (10), ajudarão a entender melhor o impacto das recentes medidas de estímulo.
Investidores também estão atentos à possibilidade de novos anúncios de políticas econômicas para sustentar o crescimento da segunda maior economia do mundo.
Europa
Na Europa, o Banco Central Europeu se reúne na quinta-feira (12) para definir sua política monetária. Economistas projetam um novo corte de 25 pontos-base nos juros, marcando o quarto ajuste do ano.
A presidente do BCE, Christine Lagarde, adotou recentemente um tom cauteloso, destacando riscos negativos para o crescimento econômico da zona do euro e reforçando a dependência dos dados para futuras decisões.
Impacto global e outros destaques
📈 Além desses eventos, o mercado também acompanhará o desempenho da economia japonesa com a divulgação do PIB do terceiro trimestre, agendada para domingo (8).
Com tantas variáveis em jogo, os investidores devem ficar atentos aos desdobramentos desta semana que promete ser decisiva para a economia global.
Os dados e decisões desta semana serão cruciais para definir os rumos da política monetária e das expectativas de crescimento em diversos países.
Enquanto o Brasil se prepara para ajustes nos juros e movimentações políticas importantes, Estados Unidos, China e Europa enfrentarão desafios igualmente significativos, com possíveis reflexos nos mercados financeiros globais.
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