Ações ou ETFs de Dividendos: Quem leva a melhor na corrida pela renda passiva?

Descubra qual a melhor estratégia para criar renda passiva no mercado financeiro.

Author
Publicado em 24/05/2024 às 10:34h - Atualizado 2 meses atrás Publicado em 24/05/2024 às 10:34h Atualizado 2 meses atrás por Matheus Rodrigues

💲 A busca por renda passiva é um dos objetivos mais comuns entre investidores, especialmente aqueles focados em dividendos.

Com a chegada de novos produtos financeiros como o DIVD11, um ETF que distribui dividendos mensais, e a existência de opções mais tradicionais como a compra direta de ações, surgem dúvidas sobre qual a melhor estratégia a adotar.

Este artigo compara essas duas abordagens em termos de desempenho, risco, diversificação, comodidade, custos e impostos, visando esclarecer qual pode ser mais adequada para diferentes perfis de investidores.

Em termos de desempenho, a seleção direta de ações pagadoras de dividendos muitas vezes supera os ETFs de dividendos, especialmente quando se escolhem empresas com altos dividend yields.

Por exemplo, empresas como Vale (VALE3) e Petrobras (PETR4) recentemente apresentaram yields de 10,59% e 19,89%, respectivamente, bem acima dos rendimentos de alguns ETFs.

Por outro lado, ETFs oferecem a vantagem da simplicidade e da gestão profissional, potencialmente gerando retornos mais consistentes ao longo do tempo por meio da diversificação interna de seus portfólios.

Desempenho

No último ano, o NDIV11, um ETF que busca replicar a performance do Índice Dividendos, teve um desempenho em termos de dividend yield (DY) superior ao do IBSD desde o lançamento deste último em setembro.

Apesar dessa vantagem, ambos os índices apresentaram rendimentos inferiores em comparação com quatro das cinco ações mais recomendadas para maio, conforme apontado por uma pesquisa do InfoMoney com 10 gestoras.

O NDIV11 se destacou pela consistência no pagamento de dividendos, atraindo investidores que buscam renda passiva regular.

Por outro lado, o IBSD, que também foca em ações de empresas com bom histórico de distribuição de dividendos, mostrou-se uma opção robusta, mas ainda não alcançou os mesmos níveis de rendimento do NDIV11 nesse intervalo.

📈 A pesquisa revelou que as ações individualmente escolhidas pelas gestoras superaram os índices em termos de dividend yield, destacando-se no cenário de investimentos em dividendos. Confira:

  • IDIV: 7,16% - Bom desempenho para investidores focados em dividendos;
  • IBSD: 3,52% - Rendimento mais modesto, calculado de setembro de 2023 a maio de 2024;
  • VALE3: 10,59% - Destaque entre as ações pela alta rentabilidade em dividendos;
  • BBAS3: 8,33% - Forte retorno no setor bancário;
  • PETR4: 19,89% - Maior DY da lista, evidenciando forte distribuição de dividendos;
  • BBSE3: 8,52% - Robusto desempenho no setor de seguro;
  • VIVT3: 3,81% - Menor DY entre as ações listadas, típico de empresas que reinvestem lucros.

Riscos e Diversificação

Investir em ETFs de dividendos minimiza o risco específico de empresas, já que cada fundo inclui uma cesta de diferentes ações.

Por exemplo, o IDIV inclui 49 empresas, enquanto o IBSD abrange 21. Isso contrasta com a abordagem de escolha individual de ações, onde o risco aumenta significativamente com a concentração em poucas empresas.

A escolha direta, no entanto, oferece ao investidor o controle sobre quais empresas comporão seu portfólio, permitindo ajustes baseados em pesquisa detalhada e preferências pessoais.

Comodidade e Custos

A conveniência é uma das principais vantagens dos ETFs, pois permite que os investidores adquiram uma diversidade de ações pagadoras de dividendos com uma única transação.

Além disso, a gestão profissional dos ETFs elimina a necessidade do investidor acompanhar e analisar cada ação individualmente, economizando tempo e esforço.

No entanto, esta comodidade vem com custos, como taxas de administração e, em alguns casos, taxas de performance, que podem diminuir o retorno total.

Em contraste, a compra direta de ações envolve custos de corretagem e taxas de negociação, mas esses são geralmente custos únicos, ocorrendo apenas na compra das ações.

Do ponto de vista tributário, os ETFs de dividendos estão sujeitos a uma alíquota fixa de 15% sobre ganhos de capital, independentemente do prazo de investimento.

Já os dividendos recebidos diretamente por detentores de ações são isentos de imposto de renda, e vendas de ações até R$ 20 mil por mês também são isentas.

Conclusão

💰 Investidores que optam por montar suas próprias carteiras de ações podem reagir mais rapidamente às mudanças no mercado ou nas condições das empresas específicas.

Esta flexibilidade pode ser crucial em mercados voláteis ou quando uma empresa específica enfrenta desafios inesperados.

A escolha entre investir em ETFs de dividendos ou em ações individuais depende largamente do conhecimento de mercado do investidor, do tempo disponível para gerenciar investimentos e da tolerância ao risco.

Investidores novatos podem beneficiar-se da simplicidade e da diversificação oferecidas pelos ETFs, enquanto aqueles mais experientes ou interessados em um controle mais direto sobre seus investimentos podem preferir a seleção individual de ações.

A decisão final deve sempre ser informada por uma avaliação cuidadosa das necessidades individuais, objetivos financeiros e condições de mercado.

Ambas as estratégias têm potencial para gerar renda passiva através de dividendos, mas cada uma delas vem com seu próprio conjunto de vantagens e desvantagens que devem ser cuidadosamente consideradas.