Ação com dividend yield de 8,79% pode subir 22%, diz Itaú BBA
A expectativa é que o ROE chegue a 15% em 2025 e 16% em 2026.
💰 O Bradesco (BBDC4) pode subir 22% neste ano, é o que diz o Itaú BBA em relatório recente divulgado nesta terça-feira (03). A ação que tem um dividend yield de 8,79%, segundo dados do Investidor10, já acumula alta de mais de 40% e agora conta com a recomendação para compra, antes neutra, e um preço-alvo de R$ 20.
Segundo o banco, as estimativas anteriores passaram por uma revisão para cima, devido à melhora nos resultados do Bradesco nos segmentos bancário e de seguros. O BBA avalia ainda que, no segmento de crédito, o Bradesco tem sido diligente em relação à precificação, gestão de risco e captação.
A expectativa é que o ROE (retorno sobre o patrimônio líquido) chegue a 15% em 2025 e 16% em 2026. Vale citar que, no primeiro trimestre, o ROE teve uma evolução expressiva, com aumento de 4,2 pontos percentuais em base anual e de 2,4 pp no trimestre. A carteira de crédito, por sua vez, terminou o trimestre em R$ 1 trilhão, avanço de 12,9% em um ano.
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O BBA também identifica um crescimento com uma taxa anual composta de crescimento do lucro por ação de 20% entre 2024 e 2026, e destaca um valuation atrativo: as ações são negociadas a 0,9x o Preço/Valor Patrimonial e 6,1x o Preço/Lucro projetado para 2026.
🏦“O Bradesco está entre nossas principais escolhas em ações do mercado financeiro brasileiro e se destaca bem dentro da perspectiva de crescimento e avaliação do mercado financeiro latino-americano", diz o relatório.
Vale citar que o BBA não foi o único que mudou a projeção para as ações do Bradesco. O Citi, por exemplo, elevou a recomendação do BBDC4 de neutra para compra. "Para o restante de 2025, as receitas ajustadas ao risco devem continuar melhorando trimestralmente. A partir de 2026, a disciplina de custos deve ter um impacto mais visível nos resultados por meio da alavancagem operacional", diz o relatório.
O Citi, em geral, antecipa uma chegada mais rápida aos retornos excedentes. “Vemos o ROE sustentável do Bradesco em 16,5% no quarto trimestre de 2026, o que deve garantir uma reavaliação e aliviar as preocupações com a posição de capital do banco”, avaliaram os analistas.
Relembre quanto lucrou o banco no 1º trimestre de 2025
No primeiro trimestre deste ano, o Bradesco obteve lucro líquido recorrente de R$ 5,86 bilhões, valor 39,3% superior ao do mesmo período de 2024 e 8,6% acima do quarto trimestre de 2024. Esse avanço foi impulsionado pelo crescimento da carteira de crédito, que alcançou R$ 1 trilhão em operações.
No segmento de pessoas físicas, a taxa de inadimplência recuou para 5,1%, frente aos 5,5% registrados um ano antes. Com isso, a margem financeira líquida cresceu 30,6% em um ano e atingiu R$ 9,59 bilhões, sustentada pelo aumento da margem bruta e pela diminuição das provisões. As despesas administrativas do banco recuaram 4% no período, totalizando R$ 5,26 bilhões.
🤑 “No primeiro trimestre do ano, o crescimento das receitas foi a principal razão de melhora da nossa rentabilidade, e esse deve ser o padrão deste ano. Avançaremos, mantendo a boa qualidade das novas safras de crédito, fazendo créditos principalmente com garantias”, disse o presidente do Bradesco, Marcelo Noronha, em nota.
Já as receitas com serviços cresceram 10,2% em um ano, totalizando R$ 9,76 bilhões no primeiro trimestre, impulsionadas principalmente pelas áreas de cartões de crédito, cuja receita avançou 16,1%, e de banco de investimento, com alta de 76,1%. Na outra ponta, as despesas operacionais atingiram R$ 15 bilhões, representando um aumento anual de 12,3%.
BBDC4
Banco BradescoR$ 18,15
56,64 %
8,45 %
7.4%
9,02
1,09
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