Virginia Fonseca depõe na CPI das Bets, mas pode ficar em silêncio

A influenciadora Virginia Fonseca foi intimada pela CPI das Bets a depor nesta terça-feira (13). Uma das maiores personalidades das redes sociais, ela respondeu aos parlamentares sobre suas participações na promoção dos sites de apostas virtuais.

🎲 O requerimento à Virgínia foi feito pela senadora Soraya Thronicke que afirmou que o objetivo é entender como essas campanhas publicitárias afetam o público. “Virgínia desempenha um papel central na promoção de marcas e serviços, incluindo campanhas publicitárias relacionadas a jogos de azar e apostas online”, escreveu a parlamentar. 

No entanto, uma decisão emitida pelo ministro Gilmar Mendes, do STF (Supremo Tribunal Federal), garante que a influencer pode ficar em silêncio durante a sessão. Isso é especialmente aceito quando são formuladas perguntas que podem, de alguma forma, incriminá-la. 

A decisão do STF é uma resposta ao Habeas Corpus protocolado pela defesa de Virgínia com foco no direito ao silêncio. O ministro entendeu que essa cláusula é uma pedra angular dos direitos de proteção aos direitos individuais.

Durante o depoimento, Virgínia respondeu diversos pontos, sobretudo os que estavam relacionados a sua parceria com empresas do setor. Ela inclusive respondeu sobre um tema controverso que é a chamada cláusula da desgraça, em que um influenciador recebe um percentual a mais caso seu número de seguidores caia.

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"O que aconteceu foi o seguinte: fechei meu contrato com a Esportes da Sorte e esse valor que eles pagavam, se eu dobrasse o lucro deles, eu recebia. Nunca teve isso de perda dos seguidores. Esse valor nunca foi atingido, nunca ganhei nada. Se eu dobrasse o lucro, eu recebia 30% a mais da empresa. Não cheguei a isso. Isso era um contrato padrão", disse ela.

Ela ainda destacou que a maior parte do seu atual patrimônio vem das empresas das quais é sócia. “A We Pink faturou R$ 750 milhões ano passado, salvo engano. Não fiquei milionária com bet, não”, disse ela.

Virgínia é hoje uma das maiores influenciadores digitais do país, somando mais de 50 milhões de seguidores apenas no Instagram. Ela chegou ao Senado por volta das 10h40 acompanhada de seu marido, o cantor Zé Felipe, e de seus advogados.

"Tô um pouco nervosa pois é a primeira vez fazendo isso. Para quem não me conhece, eu comecei na internet com 17 anos. Hoje, estou com 26. No meio disso tudo, eu sou influencer, virei mãe, levei meus pais para morar comigo. Influencer, mãe, filha, me tornei empresária, apresentadora. Espero esclarecer todas as dúvidas aqui hoje. Tem coisas que a gente não pode falar na internet", disse a influencer, na abertura da sessão.