O que é BRICS e qual o objetivo do grupo

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Publicado em 17/09/2025 às 16:07h - Atualizado Agora Publicado em 17/09/2025 às 16:07h Atualizado Agora por Redação
O que é BRICS e qual o objetivo do grupo (Imagem: Shutterstock)
O que é BRICS e qual o objetivo do grupo (Imagem: Shutterstock)

O BRICS é um dos blocos político-econômicos mais influentes do mundo atual, representando as principais economias emergentes do planeta. Inicialmente formado por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul, o bloco passou por uma expansão histórica em 2024. 

Atualmente, conta com onze países membros: 

  • Brasil
  • Rússia
  • Índia
  • China
  • África do Sul
  • Arábia Saudita
  • Egito
  • Emirados Árabes Unidos
  • Etiópia
  • Indonésia
  • Irã

A sigla "BRICS" nasceu das iniciais dos países fundadores e ganhou força através de reuniões e cúpulas regulares. O objetivo é claro: fortalecer a cooperação entre as economias emergentes e criar um contraponto ao sistema econômico tradicional dominado pelas potências ocidentais. Essa união representa uma nova força no cenário geopolítico mundial.

Quando foi fundado o BRICS?

O conceito de "BRIC" foi criado em 2001 pelo economista Jim O'Neill, do Goldman Sachs, que identificou o potencial dessas economias emergentes. A primeira cúpula oficial aconteceu em 2009, marcando o início formal da cooperação institucionalizada entre esses países. A África do Sul se juntou ao grupo em 2010, transformando "BRIC" em "BRICS".

A partir de 2011, o grupo ganhou ainda mais relevância com a inclusão sul-africana na cúpula de Sanya, na China. Desde então, o BRICS evoluiu de uma simples classificação econômica para uma plataforma diplomática robusta. Em 2024, o bloco passou pela sua maior expansão, praticamente dobrando de tamanho.

Os principais objetivos do BRICS

O BRICS foi criado com uma missão ambiciosa: reformular a ordem econômica mundial e dar mais voz aos países emergentes. Os objetivos do grupo abrangem desde cooperação econômica até questões sociais e ambientais. Cada área de atuação reflete os desafios compartilhados pelos países membros.

O fortalecimento econômico e comercial está no centro das ações do BRICS. O grupo busca aumentar o comércio intra-BRICS, facilitar investimentos mútuos e criar alternativas ao sistema financeiro tradicional. A criação do Novo Banco de Desenvolvimento (NBD) é um exemplo dessa estratégia.

A reforma das instituições financeiras internacionais também é prioritária. O BRICS defende mudanças no FMI e no Banco Mundial para refletir o crescente peso das economias emergentes. Além disso, o grupo promove cooperação em ciência, tecnologia, educação, segurança e desenvolvimento sustentável.

A importância do BRICS para a economia mundial

Os números do BRICS revelam sua importância econômica global. Juntos, os países representam aproximadamente 25% do PIB mundial (em paridade do poder de compra) e cerca de 40% da população global. Essa representatividade faz do bloco um dos principais motores da economia mundial.

O crescimento do BRICS ofereceu uma nova fonte de demanda global, diversificando o centro econômico tradicionalmente concentrado no eixo Europa-Estados Unidos. Principalmente após a crise de 2008, os países do BRICS se mostraram pilares fundamentais de estabilidade e crescimento econômico. O sucesso desses países tem inspirado outras nações em desenvolvimento.

Com a expansão recente, o BRICS se tornou ainda mais relevante, servindo como "foro de articulação político-diplomática de países do Sul Global". O bloco não representa apenas tamanho ou crescimento, mas uma alternativa real ao sistema econômico tradicional.

Vantagens do BRICS para o Brasil

A participação brasileira no BRICS traz benefícios estratégicos para o país. O acesso a mercados emergentes permite ao Brasil diversificar seus parceiros comerciais e reduzir a dependência das grandes potências. Essa diversificação é fundamental para a economia brasileira em um mundo cada vez mais descentralizado.

Em 2025, o Brasil assumiu a presidência rotativa do BRICS, o que amplia ainda mais sua influência diplomática global. Através do bloco, o país fortalece sua voz em temas internacionais e defende seus interesses estratégicos. A cooperação em ciência, tecnologia e inovação também oferece oportunidades valiosas de desenvolvimento.

O Novo Banco de Desenvolvimento representa uma fonte alternativa de financiamento para projetos de infraestrutura brasileiros. Além disso, a cooperação intra-BRICS ajuda na diversificação das reservas cambiais e reduz a dependência do dólar americano. Em áreas como segurança, combate ao terrorismo e desenvolvimento sustentável, o Brasil encontra parceiros estratégicos importantes.

Conclusão: o futuro do BRICS

O BRICS planeja convidar mais 13 países para participarem como "membros associados": Cuba, Bolívia, Turquia, Nigéria, Argélia, Belarus, Malásia, Uzbequistão, Cazaquistão, Tailândia, Vietnã e Uganda.

Sem dúvida, essa expansão mostra a crescente atratividade do bloco para países que buscam alternativas ao sistema econômico tradicional.

Diferentemente dos membros efetivos, os parceiros podem participar das reuniões, mas não têm poder de voto, já que as decisões são tomadas por consenso. Esse modelo de governança garante que todos os membros plenos tenham voz ativa nas decisões importantes. 

Sob a liderança brasileira em 2025, espera-se que o país lidere iniciativas importantes para o fortalecimento do multilateralismo e a promoção do desenvolvimento sustentável. 

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