Como investir em criptomoedas [Guia Completo]

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Publicado em 12/10/2024 às 16:05h - Atualizado 3 dias atrás Publicado em 12/10/2024 às 16:05h Atualizado 3 dias atrás por Kelly Quintiliano
Este guia vai te ajudar a entender todos os principais conceitos sobre criptomoedas.
Este guia vai te ajudar a entender todos os principais conceitos sobre criptomoedas.

O mercado de criptomoedas não é mais uma tendência passageira, é uma realidade que já ganhou espaço entre investidores de todos os perfis. 

Se você acompanha o mercado financeiro, já deve ter percebido o movimento constante das moedas digitais nas notícias. Bitcoin, Ethereum, Ripple, entre outras, ganharam destaque, atraindo tanto investidores iniciantes quanto experientes.

Mas afinal, o que são criptomoedas? Como funcionam e, principalmente, como você pode começar a investir nelas? 

Este guia completo sobre como investir em criptomoedas vai esclarecer suas principais dúvidas sobre moedas digitais e ajudar você a tomar decisões mais seguras e conscientes antes de começar a investir. Vamos nessa?

O que são criptomoedas?

As criptomoedas são moedas exclusivamente digitais, diferentes do real ou do dólar, que são emitidos e controlados por governos ou bancos centrais.

O grande diferencial é que essas moedas funcionam de forma descentralizada, utilizando a tecnologia blockchain para registrar todas as transações de forma segura e pública.

Para simplificar,  imagine o blockchain como um livro-caixa digital que guarda o histórico de todas as movimentações.

Cada criptomoeda é criada e transacionada por meio de uma rede global de computadores, sem a necessidade de um intermediário, como um banco, para validar as operações.

E isso não é novidade! 

Apesar do Bitcoin ser a moeda digital mais famosa, o conceito de criptomoedas já era discutido desde 1998, quando o programador Wei Dai sugeriu o uso de criptografia para criar um sistema financeiro sem a necessidade de uma autoridade central. 

Entretando, somente em 2009, com a criação do Bitcoin por Satoshi Nakamoto, que essa ideia ganhou vida.

Como as criptomoedas funcionam?

Criptomoedas combinam tecnologia digital e princípios econômicos inovadores. Elas são formadas por códigos criptografados que podem ser comprados, vendidos e negociados como moedas tradicionais.

Contudo, ao contrário das moedas físicas, as criptomoedas existem apenas no ambiente digital e são armazenadas em carteiras digitais, que podem ser gerenciadas através de plataformas online ou dispositivos físicos.

A blockchain, base das criptos, funciona como um banco de dados distribuído e imutável. Ela garante a segurança das informações sem precisar de bancos ou governos como intermediários.

Principais funções das criptomoedas

Existem três funções principais que definem o uso de uma criptomoeda no mercado financeiro:

  • Meio de troca: usadas para comprar bens e serviços, tanto online quanto em estabelecimentos físicos. No Brasil, exchanges como Mercado Bitcoin e Foxbit apoiam essa adoção.

  • Reserva de valor: muitos investidores compram criptomoedas, especialmente Bitcoin, como forma de proteção contra inflação ou crises, funcionando como um “ouro digital”.

  • Unidade de conta: permitem precificar produtos e serviços, mas a alta volatilidade  ainda limita esse uso no dia a dia.

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Desafios da volatilidade

Como destaca o economista Fernando Ulrich, autor do livro Bitcoin: A Moeda na Era Digital, o maior obstáculo para as criptomoedas se consolidarem como unidade de conta é a forte volatilidade

O preço das criptomoedas sofre influência de:

  • Interesse institucional.

  • Novas regulamentações.

  • Eventos macroeconômicos globais.

Por isso, valores podem variar drasticamente em poucos dias ou até horas. Para reduzir esse problema, surgiram as stablecoins (como o Tether – USDT), atreladas ao dólar, oferecendo mais estabilidade em transações.

Apesar dos avanços na adoção e regulamentação, o mercado de criptomoedas ainda carrega uma natureza altamente especulativa, o que faz com que seus preços sofram variações bruscas em curtos períodos.

O Bitcoin, por exemplo, continua sujeito a oscilações intensas, influenciadas por fatores como o aumento do interesse institucional, mudanças regulatórias e eventos macroeconômicos globais. 

Como a demanda por ativos digitais cresce, enquanto a oferta é limitada, o preço pode variar em questão de horas, gerando incerteza para investidores e usuários comuns. 

Isso contrasta com moedas estáveis, como o dólar, que permitem precificar bens e serviços de maneira consistente. Nas criptomoedas, o valor pode mudar substancialmente entre o início e o fim de uma negociação, reduzindo sua eficiência como unidade de conta.

O que é mineração de criptomoedas?

(Imagem: Shutterstock)

A mineração de criptomoedas é o processo que valida e registra novas transações em uma blockchain, um grande livro-caixa digital, público e imutável, que guarda todo o histórico de movimentações. 

Nesse processo, novas unidades de moedas digitais também são criadas e colocadas em circulação.

Enquanto no sistema financeiro tradicional um banco central é responsável por emitir dinheiro, nas criptomoedas isso acontece de forma descentralizada, seguindo regras definidas por algoritmos. 

No caso do Bitcoin, esse mecanismo é o (Proof of Work) (PoW), ou Prova de Trabalho. Ele  funciona como uma competição: mineradores ao redor do mundo usam computadores potentes para resolver cálculos matemáticos complexos. 

Quem consegue solucionar o problema primeiro valida o bloco de transações e recebe uma recompensa em novas moedas. Esse modelo foi essencial para a segurança do Bitcoin, mas com o tempo passou a ser criticado pelo alto consumo de energia elétrica e impacto ambiental.

Por isso, surgiram alternativas como o Proof of Stake (PoS), ou Prova de Participação. Nesse modelo, não é necessário gastar enormes quantidades de energia para validar transações. 

Em vez disso, os validadores são escolhidos de acordo com a quantidade de moedas que possuem e "travam" como garantia na rede (o chamado staking). Esse sistema reduz drasticamente os custos e o impacto ambiental, além de oferecer maior escalabilidade.

Entenda a variação de preço das criptomoedas

(Imagem: Shutterstock)

O preço das criptomoedas segue a lei da oferta e demanda. Mas, por ser um mercado relativamente pequeno, oscilações são muito mais bruscas.

Exemplo: em 2017, o Bitcoin saltou de US$ 4.000 para US$ 13.800 em três meses — e despencou para US$ 3.500 no ano seguinte.

Essa volatilidade é atraente para investidores que buscam risco, mas exige cautela e estratégia.

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Principais criptomoedas em 2025

  • Bitcoin (BTC): considerado o “ouro digital”, é a primeira e mais valiosa criptomoeda. Com limite de 21 milhões de unidades, segue como reserva de valor e vem sendo adotado até por governos, como El Salvador.

  • Ethereum (ETH): vai além de moeda. É uma plataforma de contratos inteligentes (smart contracts), base de aplicações DeFi e NFTs. Com o Ethereum 2.0, tornou-se mais sustentável e escalável.

  • Tether (USDT): stablecoin atrelada ao dólar. É a principal moeda usada por traders para movimentar recursos rapidamente sem sofrer com a volatilidade. Conheça todas as moedas listadas aqui.

Como investir em criptomoedas

(Imagem: Shutterstock)

1. Compra direta nas exchanges

A forma mais comum e direta de investir em criptomoedas continua sendo a compra direta em exchanges. 

Essas plataformas funcionam como corretoras especializadas, oferecendo a possibilidade de compra, venda e troca de ativos digitais de maneira muito semelhante ao funcionamento das bolsas de valores tradicionais. 

Em 2024, o ambiente regulatório para exchanges se consolidou globalmente, garantindo mais segurança para os investidores.

Exchanges como Binance, Mercado Bitcoin, Foxbit e Coinbase são algumas das principais no Brasil e no mundo, permitindo a negociação de criptomoedas como Bitcoin (BTC), Ethereum (ETH), Solana (SOL), Litecoin (LTC), e muitas outras.

Muitas plataformas agora suportam staking, um processo no qual você pode "bloquear" suas criptomoedas para ajudar a validar transações na rede e, em troca, receber recompensas. 

Além disso, muitas exchanges passaram a oferecer cartões de débito cripto, facilitando a utilização de Bitcoin e outras criptos no dia a dia, sem a necessidade de conversão para moedas fiduciárias. 

A Binance, por exemplo, lançou novos serviços que permitem pagamentos instantâneos com criptomoedas, integrando cada vez mais o mundo digital ao mundo real.

Além disso, as exchanges descentralizadas (DEXs), como a Uniswap e a PancakeSwap, estão ganhando espaço entre os investidores que buscam mais privacidade e controle total sobre suas transações. 

Nessas plataformas, as negociações são feitas diretamente entre os usuários, sem intermediários, utilizando smart contracts para garantir a segurança e a execução automática das ordens.

2. ETFs de criptomoedas

Os ETFs de criptomoedas se consolidaram como uma opção atraente para investidores que preferem exposição indireta ao mercado de criptos. 

Um ETF (Exchange Traded Fund) é um fundo de investimento que replica o desempenho de um índice de criptomoedas ou de um conjunto de ativos digitais, permitindo que o investidor se beneficie das flutuações do mercado sem a necessidade de comprar as criptos diretamente.

O Hashdex Nasdaq Crypto Index é o principal ETF de criptomoedas disponível no Brasil, negociado diretamente na B3 (Bolsa de Valores do Brasil). 

Esse ETF oferece exposição a um conjunto diversificado de criptomoedas, como Bitcoin, Ethereum, Polkadot e Avalanche, representando uma forma mais simplificada e menos volátil de investir nesse mercado. 

Os ETFs de criptomoedas são particularmente interessantes para quem deseja investir em criptomoedas sem se preocupar com a segurança da custódia dos ativos ou com as complexidades da compra e venda diretas em exchanges. 

Esses fundos também oferecem liquidez imediata, pois são negociados na bolsa de valores, o que permite uma entrada e saída rápida do mercado. 

Além disso, são regulamentados e fiscalizados pelas autoridades financeiras, o que traz um nível adicional de proteção para os investidores.

3. Fundos de criptomoedas

Os fundos de criptomoedas são outra opção robusta para quem busca uma maneira mais tradicional e gerida profissionalmente de investir no mercado de ativos digitais. 

Esses fundos são administrados por gestores especializados que tomam decisões estratégicas sobre a compra e venda de criptomoedas, com base em análises de mercado, tendências de longo prazo e eventos macroeconômicos.

Recentemente os fundos de criptomoedas oferecidos por gestoras como Hashdex e QR Asset Management cresceram significativamente, com opções que variam de fundos focados apenas em Bitcoin a carteiras mais diversificadas que incluem altcoins promissoras e até investimentos em empresas de blockchain. 

Esses fundos permitem que investidores menos experientes ou que desejam uma abordagem mais passiva possam aproveitar o crescimento do mercado de criptomoedas sem a necessidade de gerenciar diretamente seus ativos.

Uma vantagem importante dos fundos de criptomoedas é que muitos deles oferecem a possibilidade de hedge, ou seja, utilizam estratégias de proteção contra a volatilidade. 

Isso é feito por meio de derivativos e outras ferramentas que minimizam os riscos de perdas em momentos de queda no mercado. 

Além disso, alguns fundos oferecem a vantagem da diversificação entre diferentes classes de ativos digitais, reduzindo a exposição a um único ativo e proporcionando uma carteira mais equilibrada.

4. Mineração de criptomoedas

A mineração de criptomoedas continua sendo uma maneira de investir, especialmente para aqueles que possuem os recursos e o conhecimento técnico necessários. 

 O processo envolve o uso de poder computacional para validar transações nas redes de blockchain, em troca de novas unidades de criptomoedas como Bitcoin, Ethereum e outras. 

Atualmente, a mineração tornou-se uma atividade muito mais competitiva e especializada, exigindo hardware avançado e acesso à energia barata para ser lucrativa.

O processo de mineração, especialmente de Bitcoin, foi profundamente impactado pelas mudanças recentes no setor.  Com o aumento da dificuldade de mineração, as fazendas de mineração — grandes instalações com milhares de máquinas — agora dominam o mercado. 

Países como Cazaquistão, Estados Unidos, Canadá e Islândia continuam sendo os principais hubs globais de mineração, devido à disponibilidade de energia barata e fontes de energia renovável. 

Além disso, houve um foco crescente na mineração sustentável, com várias operações de mineração mudando para fontes de energia limpa, como solar, eólica e hidrelétrica, em resposta à pressão sobre os impactos ambientais do processo.

Outra inovação é o aumento das pools de mineração, que permitem que pequenos mineradores unam suas forças para aumentar suas chances de validar blocos e receber recompensas. 

Nessas pools, o poder computacional de cada participante é combinado, e a recompensa é distribuída de forma proporcional à contribuição de cada um. 

Isso democratizou a mineração, permitindo que mesmo pequenos investidores possam participar desse mercado, mesmo que não tenham acesso a grandes fazendas de mineração.

Além disso, as criptomoedas que adotam o mecanismo de Proof of Stake (PoS), como o Ethereum, que completou sua migração para Ethereum 2.0 em 2022, oferecem uma forma alternativa de validação de transações. 

Em vez de usar mineração tradicional, esses sistemas permitem que os investidores "apostem" suas criptomoedas, ajudando a manter a rede segura em troca de recompensas periódicas. 

Isso está se tornando uma opção cada vez mais popular para quem busca gerar renda passiva no mercado cripto.

Outras formas de investir em criptomoedas

Além das formas mais tradicionais mencionadas acima, atualmente existem novas oportunidades e inovações para quem quer investir em criptomoedas:

  • Staking: com a evolução de redes baseadas em Proof of Stake, como Ethereum 2.0, Cardano (ADA) e Solana (SOL), o staking se tornou uma maneira popular de gerar renda passiva. Os investidores podem "travar" suas criptomoedas para ajudar a validar transações e manter a segurança da rede, em troca de recompensas.

  • Yield farming e lending: nas plataformas DeFi (finanças descentralizadas), investidores podem emprestar suas criptomoedas em troca de juros ou fornecer liquidez a pools de liquidez para ganhar recompensas. Plataformas como Aave, Compound e Yearn Finance são alguns dos principais nomes no espaço DeFi que oferecem essas oportunidades.

  • Tokenização de ativos reais: A tokenização de ativos do mundo real — como imóveis, ações, e até obras de arte — também cresceu, permitindo que investidores adquiram frações desses ativos por meio de tokens digitais. Isso oferece uma forma inovadora de diversificação de portfólio, integrando o mercado tradicional com o cripto.

💡Saiba maisCarteiras de criptomoedas: conheça os diferentes tipos e saiba por que são importantes

Vantagens e riscos de investir em criptomoedas

Assim como qualquer outro investimento, as criptomoedas possuem prós e contras. Entre as principais vantagens estão:

  • Liberdade de pagamento: transações podem ser feitas a qualquer hora e lugar.

  • Baixas taxas: muitos pagamentos têm custos reduzidos ou até nulos.

  • Segurança: com a tecnologia blockchain, os pagamentos são seguros e protegidos por criptografia.

Por outro lado, os riscos incluem:

  • Alta volatilidade: o preço das criptomoedas pode variar drasticamente em pouco tempo.

  • Segurança digital: se uma carteira digital for perdida ou hackeada, o dinheiro pode desaparecer para sempre.

  • Baixa aceitação: nem todos os comerciantes aceitam criptomoedas como forma de pagamento, especialmente no Brasil.

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Checklist para começar a investir em criptomoedas

  1. Perfil de investidor: identifique se você é conservador, moderado ou arrojado. Criptomoedas são ativos de alta volatilidade, então é essencial alinhar os investimentos ao seu nível de risco.

  2. Objetivos financeiros: defina metas claras, como geração de renda passiva, valorização de patrimônio ou diversificação da carteira.

  3. Horizonte de investimento: avalie quanto tempo pretende manter o investimento; criptomoedas geralmente exigem médio a longo prazo para reduzir impactos de flutuações de preço.

  4. Conhecimento sobre o mercado: estude como funcionam as criptomoedas, blockchain, tipos de ativos digitais, exchanges e riscos envolvidos.

  5. Diversificação da carteira: evite concentrar todos os recursos em uma única criptomoeda ou setor; diversificar ajuda a reduzir riscos e volatilidade.

  6. Escolha de uma plataforma confiável: utilize exchanges regulamentadas e seguras, garantindo proteção para suas operações e ativos digitais.

  7. Acompanhamento e disciplina: monitore periodicamente os investimentos e mantenha o foco nos objetivos, evitando decisões impulsivas em momentos de alta volatilidade.

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Conclusão: investir em criptomoedas vale a pena?

Ao investir em criptomoedas, você tem a oportunidade de participar do crescimento de um mercado inovador, diversificar sua carteira e potencialmente gerar renda com ativos digitais.

Como todo investimento, há riscos: a alta volatilidade, flutuações de preços e fatores econômicos ou regulatórios podem impactar seus resultados. 

Por isso, estudar o mercado de criptomoedas antes de investir é fundamental para compreender os riscos e aproveitar melhor as oportunidades.

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