Criptomoedas: Um guia para dar os primeiros passos com as moedas digitais

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Publicado em 12/10/2024 às 16:05h - Atualizado 5 dias atrás Publicado em 12/10/2024 às 16:05h Atualizado 5 dias atrás por João Henrique Possas
Este guia vai te ajudar a entender todos esses conceitos sobre criptomoedas.
Este guia vai te ajudar a entender todos esses conceitos sobre criptomoedas.

O mercado de criptomoedas não é mais uma tendência passageira, é uma realidade que já ganhou espaço entre investidores de todos os tipos.

Se você acompanha as oscilações no mercado financeiro, já deve ter percebido o movimento constante das moedas digitais nas notícias. Bitcoin, Ethereum, Ripple, entre outras, ganharam destaque, atraindo tanto iniciantes quanto investidores experientes.

Mas afinal, o que são criptomoedas? Como elas funcionam e, mais importante, como você pode começar a investir nelas?

Este guia completo vai te ajudar a entender todos esses conceitos e a tomar decisões mais informadas sobre esse tipo de ativo em 2024. Vamos nessa?

O que são criptomoedas?

As criptomoedas são um tipo de moeda exclusivamente digital, diferentemente do real ou do dólar, que são controlados por um governo ou banco central.

O grande diferencial é que essas moedas funcionam de forma descentralizada, utilizando a tecnologia blockchain para registrar todas as transações de forma segura e pública.

Para entender melhor, imagine o blockchain como um livro-caixa digital onde todas as operações são registradas.

Cada criptomoeda é criada e movimentada através de uma rede global de computadores, sem a necessidade de um intermediário, como um banco, para validar as operações.

E isso não é novidade!

Apesar do Bitcoin ser a moeda digital mais famosa, o conceito de criptomoedas é discutido desde 1998, quando o programador Wei Dai sugeriu o uso de criptografia para criar um sistema financeiro sem a necessidade de uma autoridade central.

Foi só em 2009, com a criação do Bitcoin por Satoshi Nakamoto, que essa ideia ganhou vida.

Como as criptomoedas funcionam?

Para entender o funcionamento das criptomoedas, pense nelas como uma combinação de tecnologia digital e princípios econômicos inovadores.

Essas moedas digitais são formadas por códigos criptografados que podem ser comprados, vendidos e negociados de forma similar às moedas tradicionais, como o real ou o dólar.

Contudo, ao contrário das moedas físicas, que possuem uma representação tangível, as criptomoedas existem apenas no ambiente digital e são armazenadas em carteiras digitais, que podem ser gerenciadas através de plataformas online ou dispositivos físicos.

Em 2024, com o avanço da blockchain, o sistema que valida e registra as transações das criptomoedas, o processo de segurança e descentralização dessas moedas está ainda mais robusto.

A blockchain é um tipo de banco de dados distribuído, mantido por uma rede global de computadores que garante a integridade e imutabilidade das informações, sem a necessidade de intermediários, como bancos ou governos.

Principais funções das criptomoedas

Existem três funções principais que definem o uso de uma criptomoeda no mercado financeiro:

  • Meio de troca: Assim como o dinheiro físico, as criptomoedas podem ser usadas para comprar bens e serviços. Hoje em dia, já é possível utilizar Bitcoin e outras moedas digitais em diversas plataformas online e até em estabelecimentos físicos, que aceitam essas moedas como pagamento por produtos e serviços. Em 2024, a adoção de criptomoedas como meio de troca tem crescido globalmente, com empresas de tecnologia, varejistas e até mesmo governos experimentando o uso dessas moedas no comércio. No Brasil, grandes exchanges, como Mercado Bitcoin e Foxbit, têm facilitado a aceitação das criptomoedas no dia a dia, aproximando consumidores e comerciantes.
  • Reserva de valor: Muitos investidores compram criptomoedas como uma forma de preservar e aumentar seu patrimônio, apostando que o valor dessas moedas vai se valorizar ao longo do tempo. O Bitcoin, por exemplo, é frequentemente comparado ao ouro, sendo chamado de "ouro digital", devido à sua oferta limitada e à percepção de que pode funcionar como uma reserva de valor contra a inflação e as políticas monetárias governamentais. Em 2024, vemos um aumento na procura por Bitcoin como um ativo de reserva de valor, principalmente em países com moedas fracas ou com instabilidade econômica, como a Argentina e a Turquia.
  • Unidade de conta: Produtos e serviços podem ser precificados em criptomoedas, o que permite que sejam utilizados como uma referência para mensurar o valor de outros bens. No entanto, apesar desse potencial, a volatilidade de preços das criptomoedas ainda é um grande desafio para que elas sejam amplamente usadas como uma unidade de conta estável. A rápida oscilação de preços impede que comerciantes e consumidores utilizem as criptomoedas com a mesma confiança que utilizam o real ou o dólar para calcular o valor de bens e serviços. Por exemplo, em 2024, o preço do Bitcoin ainda experimenta variações expressivas em curtos períodos, o que dificulta seu uso em transações diárias.

Desafios da volatilidade

Como destaca o economista Fernando Ulrich, autor do livro Bitcoin: A Moeda na Era Digital, o principal obstáculo que impede as criptomoedas de serem amplamente aceitas como unidade de conta é sua extrema volatilidade de preços.

Mesmo com os avanços na adoção e regulamentação desse mercado, a natureza especulativa das criptomoedas faz com que os preços flutuem drasticamente em curtos períodos de tempo.

Em 2024, o Bitcoin continua a experimentar oscilações intensas, influenciadas por fatores como o aumento do interesse institucional, novas regulamentações e eventos macroeconômicos globais.

A partir da alta demanda por ativos digitais, e de uma oferta fixa, o preço pode variar drasticamente em um curto espaço de tempo, causando incerteza para investidores e usuários comuns.

Isso significa que, ao contrário de uma moeda estável como o dólar, que pode ser usada para precificar bens e serviços de maneira consistente, o valor das criptomoedas pode mudar drasticamente entre o início e o fim de uma negociação, o que as torna menos eficientes como unidade de conta.

Contudo, com o crescimento das stablecoins, como o Tether (USDT), que são criptomoedas atreladas a ativos estáveis como o dólar, o mercado tem buscado maneiras de contornar esse desafio.

Em 2024, as stablecoins estão se consolidando como uma solução para quem busca realizar transações com a segurança e velocidade das criptomoedas, mas sem a volatilidade que caracteriza ativos como o Bitcoin ou o Ethereum.

Mineração de criptomoedas: como funciona?

A mineração de criptomoedas é um dos pilares que sustentam o funcionamento de várias moedas digitais, principalmente o Bitcoin, e também de outras moedas que utilizam o mecanismo de prova de trabalho (Proof of Work).

Em termos simples, a mineração é o processo pelo qual novos blocos de transações são verificados e adicionados ao blockchain, a estrutura que serve como um registro público e imutável de todas as transações já realizadas com aquela criptomoeda.

Para quem nunca se aprofundou no assunto, é importante entender que a mineração de criptomoedas nada mais é do que o uso de poder computacional para resolver complexos problemas matemáticos.

Esses problemas, também chamados de "hashes", são resolvidos por mineradores ao redor do mundo.

Cada vez que um minerador resolve um desses problemas, ele valida um bloco de transações e o adiciona à cadeia.

Como recompensa por esse trabalho, os mineradores recebem uma quantidade de novas unidades da criptomoeda que estão minerando.

Em 2024, o cenário da mineração de criptomoedas está mais competitivo e especializado do que nunca.

Com o aumento do interesse em Bitcoin e outras moedas digitais, a dificuldade de mineração (ou seja, a complexidade dos problemas matemáticos a serem resolvidos) continua a aumentar.

Isso significa que, para minerar com eficiência, os participantes precisam investir em hardware de alta performance, como ASICs (Application-Specific Integrated Circuits), que são chips desenvolvidos especificamente para a mineração de Bitcoin.

Além disso, há um consumo de energia elevado, levando a críticas sobre o impacto ambiental desse processo.

Recompensas de mineração: como elas funcionam?

O incentivo para os mineradores é a recompensa em novas unidades da criptomoeda minerada.

No caso do Bitcoin, essa recompensa é programada para reduzir pela metade a cada quatro anos, num evento conhecido como halving.

O mais recente halving aconteceu em 2024, quando a recompensa por bloco minerado caiu de 6,25 BTC para 3,125 BTC.

Esse processo de redução gradual de novas emissões é uma das razões pelas quais o Bitcoin é comparado ao ouro, já que a sua oferta é limitada — serão criados no máximo 21 milhões de bitcoins.

Como explica o economista Fernando Ulrich, o sistema de mineração do Bitcoin foi projetado para imitar a escassez dos metais preciosos.

À medida que mais bitcoins são minerados, a dificuldade de encontrá-los aumenta, assim como ocorre com a extração de ouro em minas.

A recompensa de mineração continuará diminuindo até que o último Bitcoin seja minerado, o que está previsto para acontecer por volta de 2140.

Dificuldade de mineração e controle de oferta

Outro aspecto fundamental da mineração de criptomoedas é a dificuldade ajustável do processo.

O sistema de blockchain foi projetado para garantir que novos blocos sejam minerados em intervalos regulares (aproximadamente a cada 10 minutos no caso do Bitcoin).

No entanto, conforme mais mineradores entram na rede e contribuem com mais poder computacional, a dificuldade de mineração aumenta, tornando mais difícil encontrar o próximo bloco.

Em 2024, estamos vendo a adoção crescente de mineração em larga escala com enormes fazendas de mineração estabelecidas em países como Estados Unidos, Cazaquistão e El Salvador, que se tornaram hubs de mineração graças ao custo mais baixo de eletricidade e a regulamentações mais amigáveis.

Esses mining farms utilizam milhares de máquinas especializadas operando 24 horas por dia, o que torna o ambiente extremamente competitivo.

Pequenos mineradores individuais, que dominavam o cenário nos primeiros anos do Bitcoin, têm enfrentado dificuldades para continuar lucrando, o que está levando muitos a se unirem em pools de mineração.

As pools de mineração permitem que vários mineradores individuais unam seus recursos computacionais para aumentar as chances de validar um bloco.

Quando a pool valida um bloco, a recompensa é dividida proporcionalmente entre todos os participantes de acordo com o poder computacional que cada um contribuiu.

Isso torna a mineração mais acessível para aqueles que não podem competir com as grandes operações.

Impacto ambiental e o futuro da mineração

Um dos debates mais acalorados em torno da mineração de criptomoedas é o seu impacto ambiental.

A mineração de Bitcoin e outras criptomoedas que utilizam o modelo de prova de trabalho requer uma quantidade enorme de eletricidade.

Estudos recentes de 2024 indicam que a rede global de mineração de Bitcoin consome mais energia do que muitos países pequenos.

Esse fato gerou uma pressão significativa para que o setor se torne mais sustentável, e muitas pools de mineração estão buscando fontes de energia renovável, como energia solar e eólica, para mitigar os efeitos ambientais.

Países como Islândia e Noruega estão se tornando destinos populares para operações de mineração devido à abundância de energia geotérmica e hidrelétrica, que são fontes limpas e baratas.

Além disso, várias iniciativas de offsetting (compensação de carbono) estão surgindo para tornar a mineração de criptomoedas mais sustentável no futuro.

Com o aumento das críticas sobre o uso intensivo de energia, o mercado também está vendo uma mudança para mecanismos alternativos de validação, como o Proof of Stake (PoS), adotado por outras criptomoedas como o Ethereum.

Em 2022, o Ethereum realizou uma transição do modelo de prova de trabalho para o prova de participação com o lançamento do Ethereum 2.0, o que reduziu drasticamente seu consumo de energia.

Em 2024, várias criptomoedas estão considerando essa mudança para reduzir seus impactos ambientais.

O futuro da mineração em 2024

Embora o modelo tradicional de mineração de criptomoedas ainda seja dominante, o futuro da validação de transações está em constante evolução.

Com a adoção crescente de soluções de segunda camada, como Lightning Network para Bitcoin, que permite transações mais rápidas e baratas, e a transição para Proof of Stake por parte de outras redes, a mineração tradicional pode passar por grandes transformações nos próximos anos.

Variação de preço: por que as criptomoedas são tão voláteis?

O preço das criptomoedas varia conforme a lei da oferta e da demanda. Quanto mais pessoas compram uma determinada criptomoeda, maior seu valor.

No entanto, por ser um mercado ainda pequeno em comparação a outros ativos, como ações ou ouro, as variações de preço tendem a ser mais extremas.

Em 2017, por exemplo, o Bitcoin passou de cerca de US$ 4.000 para US$ 13.800 em apenas três meses, e no ano seguinte, despencou para US$ 3.500.

Essa volatilidade torna o mercado atraente para investidores que gostam de risco, mas também exige cautela.

Principais criptomoedas do mercado em 2024

Em 2024, o mercado de criptomoedas continua a expandir rapidamente, com milhares de ativos digitais disponíveis para negociação.

No entanto, algumas criptomoedas se destacam tanto pela sua popularidade quanto pelo valor de mercado, sendo amplamente adotadas por investidores, instituições financeiras e até governos.

A seguir, vamos detalhar as principais criptomoedas em circulação, cada uma com suas características e propósitos distintos.

Bitcoin (BTC)

O Bitcoin permanece como a criptomoeda mais famosa e valiosa do mundo.

Criada em 2009 por Satoshi Nakamoto, é a primeira moeda digital descentralizada e funciona sem a necessidade de intermediários como bancos ou governos.

O Bitcoin foi projetado com um limite máximo de 21 milhões de unidades, o que garante sua escassez e aumenta sua atratividade como uma reserva de valor.

Em 2024, o Bitcoin continua sendo considerado o "ouro digital", principalmente por investidores que buscam proteger seu patrimônio contra a inflação e a volatilidade das moedas fiduciárias.

Com o passar dos anos, o Bitcoin se consolidou como uma alternativa ao dinheiro tradicional, permitindo transações rápidas e seguras em qualquer parte do mundo.

Grandes instituições financeiras e até governos começaram a adotar o Bitcoin como forma de pagamento ou ativo de reserva.

A El Salvador, por exemplo, continua a liderar o uso oficial da criptomoeda como moeda legal, enquanto outros países observam e estudam formas de regulamentar e adotar ativos digitais.

Em 2024, com a evolução das camadas de segunda solução, como a Lightning Network, o Bitcoin também está se tornando mais viável para transações do dia a dia, com taxas mais baixas e maior velocidade.

Bitcoin Cash (BCH)

O Bitcoin Cash surgiu em 2017 como um hard fork do Bitcoin, ou seja, uma variação da criptomoeda original.

O objetivo era solucionar alguns problemas que o Bitcoin enfrentava, como o tempo de processamento das transações e o custo das taxas, tornando o Bitcoin Cash uma alternativa mais rápida e barata.

Seu principal diferencial está no tamanho dos blocos na blockchain, que no caso do Bitcoin Cash são maiores, permitindo processar um volume maior de transações por segundo.

Em 2024, o Bitcoin Cash continua a ser uma opção interessante para aqueles que buscam transações rápidas e taxas menores, especialmente em um ambiente onde a escalabilidade se torna cada vez mais importante para o crescimento das criptomoedas.

Contudo, seu valor de mercado permanece significativamente menor que o do Bitcoin, e muitos o veem mais como uma ferramenta para pagamentos do que uma reserva de valor.

Ethereum (ETH)

O Ethereum é a segunda maior criptomoeda do mundo em termos de capitalização de mercado, e se diferencia por ser muito mais do que apenas uma moeda digital.

Criado em 2015 por Vitalik Buterin, o Ethereum foi projetado como uma plataforma descentralizada para a criação e execução de contratos inteligentes (smart contracts).

Esses contratos são automáticos e autoexecutáveis quando certas condições pré-programadas são atendidas, permitindo uma infinidade de aplicações, desde finanças descentralizadas (DeFi) até tokens não fungíveis (NFTs).

A moeda nativa da rede, o Ether (ETH), é amplamente usada não apenas para pagamento de transações e execução de contratos dentro da rede, mas também como um ativo de investimento.

Em 2024, o Ethereum passou por uma atualização significativa com o lançamento do Ethereum 2.0, que substituiu o mecanismo de consenso de prova de trabalho (Proof of Work) pelo de prova de participação (Proof of Stake), tornando a rede mais eficiente em termos de energia e aumentando sua escalabilidade.

Esse movimento foi crucial para reduzir o consumo energético da rede, atendendo às crescentes demandas por soluções sustentáveis no universo cripto.

Além disso, com a crescente adoção de DeFi e NFTs, o Ethereum se solidifica como a plataforma líder para inovação no espaço das criptomoedas, sendo amplamente utilizado por desenvolvedores e investidores ao redor do mundo.

Tether (USDT)

O Tether é a criptomoeda mais conhecida entre as chamadas stablecoins, que são moedas digitais cujo valor é atrelado a um ativo de referência, como o dólar americano.

Lançado em 2014, o Tether (USDT) é uma das stablecoins mais usadas no mundo cripto, especialmente para quem busca uma maneira de evitar a extrema volatilidade característica de outras moedas digitais.

Cada USDT é respaldado por reservas em moeda fiduciária, o que permite que seu valor se mantenha estável, geralmente na proporção de 1:1 com o dólar.

Em 2024, o Tether continua a ser uma ferramenta essencial para traders e investidores que querem mover rapidamente grandes quantias de dinheiro entre diferentes exchanges ou plataformas sem se expor às flutuações do mercado.

Apesar de algumas polêmicas no passado sobre a transparência de suas reservas, o Tether conseguiu manter sua posição dominante entre as stablecoins, servindo como um importante ponto de liquidez para o mercado cripto.

Ripple (XRP)

O Ripple (XRP) é tanto uma moeda digital quanto um protocolo de pagamento projetado para facilitar transações rápidas e baratas, especialmente em remessas internacionais.

Diferente do Bitcoin e do Ethereum, o Ripple não foi criado para ser uma plataforma descentralizada, mas sim para integrar instituições financeiras e ajudar a otimizar o sistema de pagamentos global.

Por essa razão, o Ripple é frequentemente adotado por bancos e empresas de pagamento que procuram soluções mais eficientes para enviar dinheiro ao redor do mundo.

Em 2024, o Ripple continua a enfrentar batalhas legais importantes, especialmente nos Estados Unidos, onde a SEC (Securities and Exchange Commission) questiona se o XRP deveria ser considerado um valor mobiliário.

Apesar disso, a criptomoeda permanece popular, particularmente na Ásia, onde várias instituições financeiras continuam a utilizá-la em suas infraestruturas de pagamento.

Litecoin (LTC)

O Litecoin, lançado em 2011 por Charlie Lee, um ex-funcionário do Google, é frequentemente descrito como a "prata" para o "ouro" do Bitcoin.

Criado com base no código do Bitcoin, o Litecoin oferece transações mais rápidas e um limite máximo maior de 84 milhões de moedas, em comparação aos 21 milhões do Bitcoin.

Seu objetivo sempre foi ser uma alternativa viável para transações do dia a dia, onde a velocidade e baixas taxas são essenciais.

Em 2024, o Litecoin continua a ser uma das criptomoedas mais negociadas do mundo, com uma forte comunidade de desenvolvedores e usuários.

Seu foco em transações rápidas o torna uma boa opção para quem busca movimentar ativos com mais agilidade do que seria possível com o Bitcoin.

Além disso, com o crescente uso de Lightning Network, o Litecoin vem sendo integrado a soluções de pagamento mais avançadas, ampliando sua presença no varejo e nos serviços online.

Como investir em criptomoedas em 2024?

O ano de 2024 trouxe um amadurecimento significativo para o mercado de criptomoedas, tornando o investimento em ativos digitais mais acessível e diversificado do que nunca.

Com a popularização das criptomoedas, surgiram diferentes formas de investir, cada uma com características específicas que atendem a diferentes perfis de investidores — desde aqueles que buscam exposição direta a criptos até os que preferem opções mais seguras e menos voláteis.

Abaixo, detalhamos as principais maneiras de investir em criptomoedas em 2024, considerando as mudanças e inovações recentes no mercado.

1. Compra direta nas exchanges

A forma mais comum e direta de investir em criptomoedas continua sendo a compra direta em exchanges.

Essas plataformas funcionam como corretoras especializadas, oferecendo a possibilidade de compra, venda e troca de ativos digitais de maneira muito semelhante ao funcionamento das bolsas de valores tradicionais.

Em 2024, o ambiente regulatório para exchanges se consolidou globalmente, garantindo mais segurança para os investidores. Exchanges como Binance, Mercado Bitcoin, Foxbit e Coinbase são algumas das principais no Brasil e no mundo, permitindo a negociação de criptomoedas como Bitcoin (BTC), Ethereum (ETH), Solana (SOL), Litecoin (LTC), e muitas outras.

As exchanges em 2024 oferecem uma série de funcionalidades além da simples compra e venda de criptomoedas.

Muitas plataformas agora suportam staking, um processo no qual você pode "bloquear" suas criptomoedas para ajudar a validar transações na rede e, em troca, receber recompensas.

Além disso, muitas exchanges passaram a oferecer cartões de débito cripto, facilitando a utilização de Bitcoin e outras criptos no dia a dia, sem a necessidade de conversão para moedas fiduciárias.

A Binance, por exemplo, lançou novos serviços que permitem pagamentos instantâneos com criptomoedas, integrando cada vez mais o mundo digital ao mundo real.

Além disso, as exchanges descentralizadas (DEXs), como a Uniswap e a PancakeSwap, estão ganhando espaço entre os investidores que buscam mais privacidade e controle total sobre suas transações.

Nessas plataformas, as negociações são feitas diretamente entre os usuários, sem intermediários, utilizando smart contracts para garantir a segurança e a execução automática das ordens.

2. ETFs de criptomoedas

Os ETFs de criptomoedas se consolidaram como uma opção atraente para investidores que preferem exposição indireta ao mercado de criptos.

Um ETF (Exchange Traded Fund) é um fundo de investimento que replica o desempenho de um índice de criptomoedas ou de um conjunto de ativos digitais, permitindo que o investidor se beneficie das flutuações do mercado sem a necessidade de comprar as criptos diretamente.

Em 2024, o Hashdex Nasdaq Crypto Index é o principal ETF de criptomoedas disponível no Brasil, negociado diretamente na B3 (Bolsa de Valores do Brasil).

Esse ETF oferece exposição a um conjunto diversificado de criptomoedas, como Bitcoin, Ethereum, Polkadot e Avalanche, representando uma forma mais simplificada e menos volátil de investir nesse mercado.

Além do Hashdex, surgiram novos ETFs ao longo de 2024, como o QR Capital Crypto ETF, que também foca em uma diversificação ampla de ativos cripto.

Os ETFs de criptomoedas são particularmente interessantes para quem deseja investir em criptomoedas sem se preocupar com a segurança da custódia dos ativos ou com as complexidades da compra e venda diretas em exchanges.

Esses fundos também oferecem liquidez imediata, pois são negociados na bolsa de valores, o que permite uma entrada e saída rápida do mercado.

Além disso, são regulamentados e fiscalizados pelas autoridades financeiras, o que traz um nível adicional de proteção para os investidores.

3. Fundos de criptomoedas

Os fundos de criptomoedas são outra opção robusta para quem busca uma maneira mais tradicional e gerida profissionalmente de investir no mercado de ativos digitais.

Esses fundos são administrados por gestores especializados que tomam decisões estratégicas sobre a compra e venda de criptomoedas, com base em análises de mercado, tendências de longo prazo e eventos macroeconômicos.

Em 2024, os fundos de criptomoedas oferecidos por gestoras como Hashdex, Vitreo e QR Asset Management cresceram significativamente, com opções que variam de fundos focados apenas em Bitcoin a carteiras mais diversificadas que incluem altcoins promissoras e até investimentos em empresas de blockchain.

Esses fundos permitem que investidores menos experientes ou que desejam uma abordagem mais passiva possam aproveitar o crescimento do mercado de criptomoedas sem a necessidade de gerenciar diretamente seus ativos.

Uma vantagem importante dos fundos de criptomoedas é que muitos deles oferecem a possibilidade de hedge, ou seja, utilizam estratégias de proteção contra a volatilidade.

Isso é feito por meio de derivativos e outras ferramentas que minimizam os riscos de perdas em momentos de queda no mercado.

Além disso, alguns fundos oferecem a vantagem da diversificação entre diferentes classes de ativos digitais, reduzindo a exposição a um único ativo e proporcionando uma carteira mais equilibrada.

4. Mineração de criptomoedas

A mineração de criptomoedas continua sendo uma maneira de investir, especialmente para aqueles que possuem os recursos e o conhecimento técnico necessário.

A mineração envolve o uso de poder computacional para validar transações nas redes de blockchain, em troca de novas unidades de criptomoedas como Bitcoin, Ethereum e outras.

Em 2024, a mineração se tornou uma atividade muito mais competitiva e especializada, exigindo hardware avançado e acesso a energia barata para ser lucrativa.

O processo de mineração, especialmente de Bitcoin, foi profundamente impactado pelas mudanças recentes no setor.

Com o aumento da dificuldade de mineração, as fazendas de mineração — grandes instalações com milhares de máquinas — agora dominam o mercado.

Países como Cazaquistão, Estados Unidos, Canadá e Islândia continuam sendo os principais hubs globais de mineração, devido à disponibilidade de energia barata e fontes de energia renovável.

Além disso, houve um foco crescente na mineração sustentável, com várias operações de mineração mudando para fontes de energia limpa, como solar, eólica e hidrelétrica, em resposta à pressão sobre os impactos ambientais do processo.

Outra inovação em 2024 é o aumento das pools de mineração, que permitem que pequenos mineradores unam suas forças para aumentar suas chances de validar blocos e receber recompensas.

Nessas pools, o poder computacional de cada participante é combinado, e a recompensa é distribuída de forma proporcional à contribuição de cada um.

Isso democratizou a mineração, permitindo que mesmo pequenos investidores possam participar desse mercado, mesmo que não tenham acesso a grandes fazendas de mineração.

Além disso, as criptomoedas que adotam o mecanismo de Proof of Stake (PoS), como o Ethereum, que completou sua migração para Ethereum 2.0 em 2022, oferecem uma forma alternativa de validação de transações.

Em vez de usar mineração tradicional, esses sistemas permitem que os investidores "apostem" suas criptomoedas, ajudando a manter a rede segura em troca de recompensas periódicas.

Isso está se tornando uma opção cada vez mais popular para quem busca gerar renda passiva no mercado cripto.

Outras formas de investir em criptomoedas em 2024

Além das formas mais tradicionais mencionadas acima, 2024 trouxe novas oportunidades e inovações para quem quer investir em criptomoedas:

  • Staking: Com a evolução de redes baseadas em Proof of Stake, como Ethereum 2.0, Cardano (ADA) e Solana (SOL), o staking se tornou uma maneira popular de gerar renda passiva. Os investidores podem "travar" suas criptomoedas para ajudar a validar transações e manter a segurança da rede, em troca de recompensas.
  • Yield farming e lending: Nas plataformas DeFi (finanças descentralizadas), investidores podem emprestar suas criptomoedas em troca de juros ou fornecer liquidez a pools de liquidez para ganhar recompensas. Plataformas como Aave, Compound e Yearn Finance são alguns dos principais nomes no espaço DeFi que oferecem essas oportunidades.
  • Tokenização de ativos reais: Em 2024, a tokenização de ativos do mundo real — como imóveis, ações, e até obras de arte — também cresceu, permitindo que investidores adquiram frações desses ativos por meio de tokens digitais. Isso oferece uma forma inovadora de diversificação de portfólio, integrando o mercado tradicional com o cripto.

Vantagens e riscos de investir em criptomoedas

Assim como qualquer outro investimento, as criptomoedas possuem prós e contras. Entre as principais vantagens estão:

  • Liberdade de pagamento: Transações podem ser feitas a qualquer hora e lugar.
  • Baixas taxas: Muitos pagamentos têm custos reduzidos ou até nulos.
  • Segurança: Com a tecnologia blockchain, os pagamentos são seguros e protegidos por criptografia.

Por outro lado, os riscos incluem:

  • Alta volatilidade: O preço das criptomoedas pode variar drasticamente em pouco tempo.
  • Segurança digital: Se uma carteira digital for perdida ou hackeada, o dinheiro pode desaparecer para sempre.
  • Baixa aceitação: Nem todos os comerciantes aceitam criptomoedas como forma de pagamento, especialmente no Brasil.

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