BC confirma vazamento de dados de 50 chaves Pix por falha na Cashway
O BC alerta que não usará SMS, e-mails, ligações ou mensagens em aplicativos para informar os envolvidos.

🚨 O Banco Central informou nesta sexta-feira (9) a ocorrência de um incidente de segurança que expôs informações cadastrais vinculadas a 50 chaves Pix sob responsabilidade da Cashway Tecnologia de Informação.
Segundo a autarquia, o vazamento se deu por uma falha sistêmica, que já está sendo investigada. Entre os dados potencialmente acessados estão:
- Nome do usuário
- CPF
- Agência bancária
- Número da conta
- Instituição financeira de relacionamento
O BC destacou que nenhuma informação sensível foi comprometida, como senhas, saldo, histórico de transações ou dados protegidos por sigilo bancário.
Dados não permitem movimentação ou acesso à conta
A autoridade monetária esclareceu que os dados obtidos são de natureza exclusivamente cadastral, ou seja, não possibilitam qualquer movimentação de recursos ou acesso às contas dos clientes.
A Cashway atua como uma provedora de tecnologia e soluções de integração para o sistema financeiro, atendendo especialmente instituições menores como fintechs, cooperativas e bancos digitais.
➡️ Leia mais: Caixa Seguridade lucra R$ 1 bi no 1T25 e aprova dividendos de R$ 930 milhões
Notificação será feita apenas por canais oficiais
As pessoas afetadas pelo vazamento serão notificadas exclusivamente por meio dos canais seguros — como aplicativo ou internet banking — da instituição onde mantêm relacionamento bancário.
O BC alerta que não usará SMS, e-mails, ligações ou mensagens em aplicativos para informar os envolvidos.
“Medidas sancionadoras previstas na regulação vigente poderão ser aplicadas, dependendo do resultado da apuração”, acrescentou a nota.
Histórico de incidentes no sistema Pix
📊 Este não é o primeiro incidente envolvendo o sistema de pagamentos instantâneos. Desde o lançamento do Pix, em novembro de 2020, o Banco Central já contabilizou outros episódios de exposição de dados cadastrais, ainda que sem prejuízos financeiros diretos aos usuários.
A recorrência levanta discussões sobre a segurança digital de instituições terceirizadas conectadas ao ecossistema bancário — especialmente as de menor porte.