Transações via Pix tem queda recorde

A redução de 10,9% nas transações via Pix configura a maior queda mensal desde o lançamento do sistema.

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Publicado em 15/01/2025 às 12:03h - Atualizado 3 meses atrás Publicado em 15/01/2025 às 12:03h Atualizado 3 meses atrás por Matheus Silva
Embora falsas, essas informações geraram incerteza entre os usuários (Imagem: Shutterstock)
Embora falsas, essas informações geraram incerteza entre os usuários (Imagem: Shutterstock)

🚨 O volume de transações realizadas pelo Pix, sistema de pagamentos instantâneos do Banco Central, sofreu uma queda significativa nos primeiros dias de janeiro. De acordo com dados do Sistema de Pagamentos Instantâneos (SPI), a quantidade de operações realizadas via Pix entre 4 e 10 de janeiro foi de 1,250 bilhão.

Esse número representa uma redução de 10,9% em relação ao mesmo período de dezembro, configurando a maior queda mensal desde o lançamento do sistema.

Para se ter uma ideia, o recorde anterior de queda foi de 7,5% em janeiro de 2022.

💲 O motivo? Boatos espalhados nas redes sociais afirmando que transações superiores a R$ 2 mil seriam taxadas. Essas informações geraram incerteza entre os usuários, levando muitos a evitarem o uso da ferramenta.

O que diz a Receita Federal?

A nova regra da Receita Federal, que entrou em vigor em 1º de janeiro, não implica na cobrança de qualquer taxa sobre transações via Pix.

O que mudou é que transações de pessoas físicas acima de R$ 5 mil e de pessoas jurídicas acima de R$ 15 mil passam a ser informadas ao Fisco por meio do sistema e-Financeira, integrante do Sistema Público de Escrituração Digital (Sped).

Esse procedimento tem como objetivo aprimorar o monitoramento de grandes movimentações financeiras, mas não afeta a gratuidade do Pix para os usuários.

A exigência é parte de um esforço para fortalecer o combate à lavagem de dinheiro e outros crimes financeiros.

Esclarecimento das autoridades e instituições

Em entrevista recente, o secretário-executivo do Ministério da Fazenda, Dario Durigan, afirmou que "nada muda no Pix" e que as fake news visam apenas criar confusão e medo entre os usuários.

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, também se posicionou, refutando tanto a suposta taxação do Pix quanto outras informações falsas, como um boato de taxação sobre animais de estimação.

"O Pix continua sendo gratuito e eficiente", reiterou Haddad, em um esforço para tranquilizar a população.

A Febraban reforçou que as transações realizadas por pessoas físicas seguem isentas de tarifas e destacou que as informações falsas prejudicam a confiança dos usuários em um sistema que revolucionou os pagamentos no Brasil.

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