Ibovespa bate máxima histórica de olho nos juros
O principal índice da B3 tocou nos 131.259 pontos, superando o antigo recorde de 2021
O Ibovespa bateu uma nova máxima histórica nesta quinta-feira (14). O principal índice da B3 (Bolsa de Valores de São Paulo) tocou nos inéditos 131.259 pontos e fechou o pregão aos 130.842 pontos, com alta de 1,06%.
📈 O desempenho desta quinta-feira (14) supera o até então recorde de 130.776 pontos, registrado mais de dois anos e meio atrás, em 7 de junho de 2021. O novo pico reflete a euforia do mercado diante das decisões de juros da Super Quarta.
Juros guiam mercado
Na quarta-feira (14), o Fed manteve a taxa de juros americana no patamar no intervalo entre 5,25% e 5,5% ao ano, mas indicou que os cortes estão a caminho. O presidente do Fed, Jerome Powell, reconheceu que o assunto entrou nas discussões do FOMC, o Comitê de Mercado Aberto dos Estados Unidos. Além disso, 17 dos 19 membros do Comitê já veem os juros em um patamar inferior ao atual ao final de 2024.
🏦 Já no Brasil, o Banco Central reduziu a taxa Selic de 12,25% para 11,75%. Foi o quarto corte consecutivo de 0,5 ponto percentual da taxa básica de juros da economia brasileira. O BC ainda indicou que pretende manter esse ritmo de cortes no início de 2024, apesar de parte do mercado entender que há espaço para uma redução mais acelerada da Selic.
Devido a essa percepção de queda dos juros, ações favorecidas pelo afrouxamento da política monetária se destacaram na B3, como as das Lojas Renner (LREN3) e da MRV (MRVE3), que subiram mais de 4%. Destaque também para o desempenho de Vale (VALE3) e Petrobras (PETR4), que subiram 0,55% e 2,17%, respectivamente.
Brasília na mira
O mercado também monitorou nesta quarta-feira (14) o andamento das pautas fiscais em Brasília. A Comissão Mista de Orçamento do Congresso aprovou o relatório final da LDO (Lei de Diretrizes Orçamentárias) de 2024 com a meta fiscal de déficit zero. A medida provisória das subvenções, que pode aumentar a arrecadação do governo, também passou em Comissão do Congresso.
Por outro lado, o Congresso Nacional derrubou o veto do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) ao projeto de lei que prorroga a desoneração da folha de pagamento. A medida tem um impacto fiscal de mais de R$ 25 bilhões, segundo o ministro da Fazenda, Fernando Haddad. Ele já disse, no entanto, que o governo vai judicializar a decisão, além de propor outra saída para a desoneração.
💵 A declaração de Haddad, por sinal, limitou a queda do dólar nesta quinta-feira (14). A moeda fechou o dia com queda de 0,07%, aos R$ 4,91. Contudo, chegou a tocar nos R$ 4,87 na mínima do dia.
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