O índice Brasil Amplo (IBrA) é, como o próprio nome diz, um índice que traz uma visão geral do desempenho médio de todas as ações negociadas dentro da B3.
Diferentes de outros índices que filtram as ações por um determinado critério (setor, negociabilidade elevada, governança, capitalização, desempenho, etc) este traz justamente a ideia de uma visão geral.
A composição de sua carteira teórica pede que a ação atenda a poucos critérios. O ativo deve estar entre os 99% mais negociados durante o período de vigência das três carteiras teóricas anteriores, paralelo a isso, o ativo deve ter presença em 95% dos pregões (ou seja, ao menos uma negociação) e não pode ser uma penny stock (a ação valer menos que R$ 1,00). Com estes critérios, a grande maioria das ações listadas estão englobadas neste índice.
É comum os investidores ao tomarem conhecimento do índice se perguntarem porque não é ele o índice de referência para a bolsa brasileira, já que ele traz uma visão ampla da maioria das ações listadas no Brasil. Acontece que justamente por ser muito amplo, nem sempre as empresas que estão englobadas neste índice possuem liquidez suficiente para que grandes instituições possam se posicionar no mercado, principalmente sem deixar isso muito aparente provocando volatilidade nas ações.
Conhecidas as características, fica claro a possibilidade do uso desse índice como um amplo termômetro, seu histórico pode contar muito sobre a economia brasileira.
Diferente de outros índices que englobam uma grande quantidade de ativos (mais de 100) este varia bastante ao longo dos anos, justamente por não ser tão criterioso. Diversas empresas pequenas que saíram da bolsa, ou ainda ativos que ao longo do tempo viraram penny stocks deixaram de compor o índice, por isso, historicamente, ele apresenta bastante rotatividade na sua carteira teórica de ativos, diferindo assim dos índices mais seletivos.