O trigo é uma das commodities agrícolas mais relevantes do mundo, desempenhando papel crucial na segurança alimentar global. Amplamente cultivado, serve de base para inúmeros produtos, como pães, massas, biscoitos e ração animal.
Disponível em diferentes variedades, como o trigo duro e o trigo branco, o grão é negociado em mercados futuros, sendo altamente sensível a fatores externos.
Entre os principais elementos que influenciam seu preço estão as condições climáticas, os conflitos internacionais e a demanda de grandes importadores, com destaque para países como China e Egito.
Os maiores produtores de trigo são a União Europeia, a China, a Índia, a Rússia e os Estados Unidos, que juntos respondem por grande parte da oferta global.
Como funciona o mercado do trigo
O mercado do trigo é altamente globalizado e depende de uma rede logística complexa para atender a demanda mundial.
A formação de preços está relacionada a fatores como:
- Oferta e demanda globais
- Custos de produção
- Condições climáticas (secas, geadas, enchentes)
- Tensões geopolíticas que afetam exportações
As negociações ocorrem em bolsas de commodities como a CME Group (Chicago Mercantile Exchange) e a Euronext, que funcionam como referências globais de precificação.
No Brasil, o trigo também é monitorado pela B3 e por índices como o CEPEA, com a cotação geralmente expressa em sacas de 60 kg.
Além dos contratos futuros, o trigo é negociado via opções e contratos a termo, servindo como instrumento de hedge para produtores, tradings e indústrias de alimentos.
O trigo como investimento
Na ótica financeira, o trigo é uma commodity agrícola e pode ser acessado de diferentes formas:
- Contratos futuros e mini-contratos: exposição direta à variação de preços (hedge e especulação).
- Fundos multimercado, ETFs internacionais e ETCs internacionais: exposição indireta por meio da rolagem de contratos em bolsas estrangeiras.
- Ações de empresas ligadas ao setor: processadoras de alimentos, indústrias de moagem e multinacionais agrícolas.
A exposição ao trigo pode trazer diversificação à carteira de investimentos, já que apresenta comportamento distinto de ações ou renda fixa. Contudo, envolve riscos como clima, barreiras comerciais e variação cambial.
Principais características do mercado de trigo
- Oferta: liderada por União Europeia, Rússia, China, Índia e EUA.
- Demanda: concentrada no consumo humano, com elasticidade baixa (alimento básico em diversas culturas).
- Volatilidade: elevada, influenciada por fatores climáticos e geopolíticos.
- Riscos específicos: conflitos em regiões produtoras, subsídios agrícolas e choques de oferta.
- Liquidez internacional: contratos futuros de trigo estão entre os mais negociados do mercado de grãos.