ALUMÍNIO

O alumínio é uma commodity metálica não preciosa, amplamente utilizada em setores como construção civil, embalagens, transporte, geração de energia e indústria aeroespacial. Sua unidade de negociação padrão nos mercados internacionais é a tonelada métrica.

Devido à sua leveza, resistência à corrosão e maleabilidade, o alumínio se tornou essencial para cadeias produtivas que demandam eficiência estrutural e energética.

A China lidera a produção global de alumínio, respondendo por mais de 50% da oferta total. Outros grandes produtores incluem Índia, Rússia, Canadá, Austrália e os países do Golfo. A demanda está concentrada na Ásia, Europa e América do Norte, com destaque para os setores automotivo, elétrico, construção e embalagens.

Entenda o preço do alumínio

O preço do alumínio é influenciado diretamente pelo equilíbrio entre oferta e demanda globais. A cadeia produtiva começa na extração a bauxita, minério abundante em regiões tropicais,que é refinado pata gerar a alumina, posteriormente transformada em alumínio primário por meio de um processo de  eletrólise.

Esse processo demanda elevado consumo de energia elétrica, o que torna o preço do alumínio altamente sensível ao custo da energia.

Além disso, fatores logísticos, políticas industriais, disponibilidade de estoques, sanções comerciais e tensões geopolíticas podem impactar a cotação. A oferta também é afetada por interrupções em fundições ou restrições ambientais.

Nos mercados futuros, contratos de alumínio são negociados com vencimentos mensais ou trimestrais. A London Metal Exchange (LME) atua como principal referência, com contratos padronizados em lotes de 25 toneladas, cotados em dólares por tonelada.

A commodity também é negociada na Bolsa de Xangai (SHFE) e, em menor escala, na CME Group e na B3, por meio de instrumentos financeiros atrelados a índices internacionais ou contratos estruturados.

A volatilidade do alumínio é moderada, com oscilações mais acentuadas em períodos de crise energética, interrupção logística ou desaceleração da atividade industrial global.

Do ponto de vista macroeconômico, o alumínio responde a drivers como:

• Inflação;

• Taxa de juros;

• Nível de atividade industrial;

• Demanda do setor de construção civil;

• Políticas ambientais de estímulo ou restrição.

A valorização do dólar americano também influencia a competitividade do alumínio nos mercados emergentes, pressionando margens e afetando decisões de compra.

Como se expor ao alumínio

Investidores podem acessar o mercado de alumínio por meio de diferentes instrumentos financeiros. 

Contratos futuros

ETFs e ETCs

Há produtos que replicam o desempenho da commodity ou de cestas de metais industriais, oferecendo acesso mais simplificado ao mercado físico, com menor alavancagem e maior liquidez. Porém, esses veículos podem sofrer com custos de rolagem e tracking error.

Ações de empresas do setor

Companhias mineradoras, refinadoras e produtoras de alumínio, como Alcoa, Norsk Hydro e Rio Tinto, funcionam como formas indiretas de exposição ao preço do metal.

Fundos multimercado

Alguns fundos multimercado com mandatos em commodities incluem o alumínio como parte de sua estratégia, oferecendo diversificação do portfólio.

Riscos e volatilidade

O alumínio apresenta volatilidade moderada, mas períodos de disrupção energética ou comercial , como as crises de gás natural na Europa, podem provocar fortes variações de preço.

Riscos adicionais incluem:

• Pressões ambientais e mudanças regulatórias;
  
  

• Adoção de novas tecnologias que alterem o processo produtivo;
  
  

• Substituição do alumínio por materiais alternativos em aplicações industriais.

Este conteúdo tem caráter informativo e não constitui recomendação de compra, venda ou manutenção de qualquer ativo financeiro. Antes de investir, é fundamental que o investidor avalie seu perfil, seus objetivos e, se necessário, busque orientação de um profissional habilitado.