O aço é uma das principais commodities industriais globais, produzido a partir da transformação do minério de ferro minério de ferro e do carvão metalúrgico (coque). Ele é a base para setores estratégicos como construção civil, infraestrutura, indústria automotiva, naval e de bens de capital.
Nos mercados futuros, sua unidade de negociação é a tonelada métrica, geralmente em forma de bobina laminada a quente (Hot Rolled Coil – HRC), sendo cotado em dólares por tonelada.
Embora seja classificado como hard commodity transformada (não extraído diretamente da natureza, mas produzido em usinas siderúrgicas), o aço é padronizado e negociado em bolsas como: London Metal Exchange (LME), Chicago Mercantile Exchange (CME Group), Shanghai Futures Exchange (SHFE).
Como funciona o mercado de aço
O mercado global do aço é altamente influenciado pela China, maior produtora e consumidora. Qualquer decisão do país em relação a produção ou restrições ambientais afeta imediatamente os preços internacionais.
A B3 não negocia aço como um ativo físico, mas sim através de derivativos como contratos futuros e opções de commodities, ou indiretamente, investindo em empresas produtoras de aço listadas na bolsa.
Principais fatores que determinam o preço do aço
Custos dos insumos: minério de ferro e carvão metalúrgico.
Demanda dos setores consumidores: construção civil, indústria automotiva e infraestrutura.
Nos mercados de negociação das commodities, o aço pode ser transacionado por meio de contratos futuros, contratos a termo e opções, sendo o mais comum o de bobina laminada a quente (Hot Rolled Coil – HRC).
Esse contrato é referência em bolsas como a CME (Chicago) e a SHFE (Xangai), além da B3 no Brasil, que também oferece derivativos para exposição ao setor.
Drivers macroeconômicos que impactam o aço
Taxa de câmbio (dólar/real)
Custos de energia e freteTarifas comerciais e barreiras protecionistas
Crescimento de setores como construção civil, automotivo e infraestrutura
Em geral, mudanças nesses fatores alteram a demanda global e a competitividade das siderúrgicas.
Aço como investimento
Além de seu papel industrial, o aço também pode ser uma oportunidade de investimento. As principais formas de exposição são:
Contratos futuros: permitem proteger-se da volatilidade (hedge) ou especular sobre os preços.
ETFs e fundos de commodities: oferecem uma forma indireta de investir, acompanhando o desempenho do setor siderúrgico.
Ações de siderúrgicas: empresas como ArcelorMittal, Gerdau, CSN e Nippon Steel são grandes players globais e dão exposição direta à cadeia do aço.
Fundos multimercado e temáticos: incluem metais industriais em suas estratégias de diversificação.
Investir em aço pode ser promissor, mas traz riscos importantes como a volatilidade, já que os preços dependem da demanda global e do custo do minério de ferro. Confira alguns pontos de atenção:
Alta volatilidade dos preços, dependentes da demanda global e do minério de ferro.
Barreiras comerciais, como tarifas que limitam exportações.
Pressão ambiental, já que a siderurgia é um dos setores mais emissores de carbono.
Tributação no Brasil, com alíquotas de 15% a 20% sobre lucro líquido em contratos futuros.
Principais características de mercado
Oferta: dominada pela China, seguida por Índia, Japão e Brasil.
Demanda: puxada por construção civil, infraestrutura, setor automotivo e bens de capital.
Volatilidade: preços variam com custos do minério e carvão, políticas ambientais, tarifas comerciais e ritmo da economia global.
Riscos específicos: excesso de produção, barreiras comerciais, pressão ambiental e crescimento da reciclagem.