Tokens: entenda seu significado de uma vez por todas
Nos últimos anos, o Bitcoin (BTC) saiu do nicho dos nerds e geeks para se tornar um fenômeno global no mercado financeiro.
Hoje, ele está presente até mesmo nos portfólios de grandes investidores institucionais.
Com essa popularidade, termos como tokens e criptomoedas passaram a circular amplamente no noticiário econômico, mas ainda causam confusão para muitos.
Aqui, vamos explicar de maneira simples o que são tokens, quais os principais tipos, e, claro, qual a diferença entre eles e as criptomoedas. Preparados? Vamos lá!
O que é um token?
O termo token, em inglês, significa "ficha" ou "símbolo". No contexto da blockchain e das criptomoedas, token é algo bem diferente: é a representação digital de um ativo.
Pode ser dinheiro, imóveis, ações ou até direitos sobre algum projeto.
Esses tokens existem dentro de uma blockchain, que é como um grande livro-razão digital onde todas as transações são registradas.
Foi com o Bitcoin e o Ethereum que essa tecnologia ganhou notoriedade, garantindo a segurança e a descentralização das transações no universo digital.
Tipos de tokens
O mercado de tokens está crescendo em ritmo acelerado, impulsionado pela expansão das blockchains e pelo aumento da adoção de ativos digitais.
A cada dia, surgem novos tipos de tokens, com funcionalidades inovadoras e diferentes propósitos no ecossistema financeiro.
Para facilitar a compreensão, os tokens podem ser classificados em quatro categorias principais, cada uma com seu impacto específico no mercado.
1. Payment tokens (tokens de pagamento)
Os payment tokens são os mais conhecidos e amplamente utilizados no mundo das criptomoedas.
Eles atuam como dinheiro digital, permitindo a transferência de valor de forma descentralizada e segura, sem a necessidade de intermediários como bancos ou processadores de pagamento tradicionais.
Exemplos populares incluem o Bitcoin (BTC) e o Ethereum (ETH), que revolucionaram o sistema financeiro ao permitir transações globais rápidas e com baixas taxas. Em 2024, o Bitcoin continua a ser um dos principais ativos digitais do mundo, com uma capitalização de mercado que ultrapassa trilhões de dólares, impactando não apenas o mercado financeiro, mas também setores como energia, devido ao alto consumo de eletricidade para a mineração. O Ethereum, por sua vez, passou por atualizações importantes, como o Ethereum 2.0, que melhorou a escalabilidade da rede, aumentando ainda mais sua usabilidade para contratos inteligentes e dApps (aplicativos descentralizados).
Esses tokens continuam a ser uma força motriz na economia digital, com grandes empresas, como PayPal e Mastercard, integrando payment tokens em suas soluções de pagamento em 2024, facilitando o acesso de milhões de usuários ao uso de criptomoedas para compras e transferências.
2. Utility tokens (tokens de utilidade)
Os utility tokens servem para oferecer algum tipo de benefício ou acesso exclusivo a serviços e produtos dentro de um ecossistema digital. Esses tokens têm ganhado tração no mercado, especialmente em projetos que envolvem plataformas e comunidades específicas.
Um exemplo clássico são os fan tokens, emitidos por times de futebol, como Paris Saint-Germain (PSG) e Barcelona, que permitem aos torcedores participar ativamente de decisões do clube, como escolher a música do estádio ou votar em enquetes. Em 2024, a adoção de fan tokens se expandiu para outros esportes e até para o entretenimento, com empresas de cinema e música adotando essa tecnologia para engajar fãs e oferecer benefícios exclusivos.
No mercado financeiro, os utility tokens também estão sendo usados em plataformas de crowdfunding e fintechs, onde os investidores podem obter descontos ou acesso antecipado a serviços e produtos. Isso gera um ciclo de fidelidade e engajamento para as marcas, criando um ecossistema robusto e ativo em torno desses tokens.
3. Non-fungible tokens (NFTs)
Os NFTs se tornaram uma verdadeira febre no mercado digital e continuam a ganhar destaque em 2024.
Diferentemente dos payment tokens, que são fungíveis (uma unidade é sempre igual à outra), os NFTs são únicos e indivisíveis.
Eles representam a propriedade digital de ativos específicos, como obras de arte, músicas, vídeos e até propriedades virtuais em metaversos.
Grandes plataformas como OpenSea e Rarible estão cada vez mais populares, com artistas, músicos e até celebridades vendendo seus NFTs por milhões de dólares. O impacto no mercado de arte digital foi enorme, transformando completamente o setor ao permitir que artistas monetizem seu trabalho sem depender de galerias ou intermediários. Em 2024, grandes marcas como Nike e Adidas também passaram a criar NFTs exclusivos, lançando coleções digitais para seus clientes, o que impulsiona ainda mais a adoção desses tokens.
O setor de jogos também foi profundamente impactado pelos NFTs, com a popularização do conceito de "jogue para ganhar" (play-to-earn), onde jogadores podem adquirir, vender e trocar NFTs dentro de jogos, gerando uma nova economia digital.
4. Security tokens (tokens de valores mobiliários)
Os security tokens são uma forma digitalizada de ativos financeiros tradicionais, como ações e imóveis, e funcionam de maneira semelhante ao mercado de valores mobiliários.
Eles conferem direitos sobre um ativo subjacente, como participação em lucros, dividendos ou participação acionária, e são regulados por órgãos governamentais, como a CVM no Brasil e a SEC nos Estados Unidos.
Em 2024, o mercado de security tokens continuou a crescer, principalmente com o aumento da digitalização de ativos imobiliários e a tokenização de ações de empresas em mercados como os Estados Unidos, Europa e Ásia. Com a crescente regulamentação, os security tokens estão ajudando a transformar o acesso a mercados de capitais, tornando-os mais acessíveis e eficientes, especialmente para pequenos investidores.
Grandes instituições financeiras, como Goldman Sachs e JPMorgan, estão investindo em plataformas de emissão e negociação de security tokens, ampliando o acesso a ativos de alto valor. Além disso, em 2024, a integração dessas tecnologias com a blockchain trouxe mais transparência e segurança ao processo de compra e venda de ativos tokenizados, criando um ambiente de confiança para investidores institucionais e pessoas físicas.
Esses quatro tipos de tokens continuam a moldar o futuro do mercado financeiro, impulsionando a inovação e criando novas oportunidades para empresas, governos e investidores em todo o mundo.
Qual é a diferença entre tokens e criptomoedas?
Essa é uma dúvida comum: afinal, qual é a diferença entre tokens e criptomoedas? A resposta é simples: toda criptomoeda é um token, mas nem todo token é uma criptomoeda.
As criptomoedas, como o Bitcoin e o Ethereum, são tokens nativos de suas próprias blockchains. Ou seja, o BTC é o token da rede Bitcoin, enquanto o ETH é o token da rede Ethereum.
Já os tokens são criados em cima de outras blockchains já existentes, como a própria Ethereum, a Binance Smart Chain (BSC), e várias outras.
Em resumo: tokens são uma categoria mais ampla e podem representar diferentes ativos digitais, enquanto as criptomoedas são um tipo específico de token.
Como os tokens são criados?
A criação de tokens acontece por meio de contratos inteligentes, também chamados de smart contracts.
Esses contratos digitais são programados para executar transações automaticamente, sem a necessidade de intermediários, o que garante mais eficiência e segurança.
Os tokens podem ser criados em diversas blockchains, sendo a Ethereum a mais popular para esse fim, com seu famoso padrão ERC-20.
Outras blockchains, como a Binance Smart Chain (BSC) e a Cardano, também permitem a criação de tokens, oferecendo algumas vantagens como menores custos de transação.
Quanto vale um token?
O valor de um token depende do ativo ao qual ele está vinculado. No caso das stablecoins, por exemplo, o valor é estável, pois são pareadas a uma moeda fiduciária, como o dólar ou o real.
Um USD Coin (USDC), por exemplo, sempre vale 1 dólar.
Já outros tokens têm seu valor determinado pelo mercado, assim como as ações na bolsa.
O Cardano (ADA), por exemplo, pode subir ou cair de acordo com a demanda do mercado e o interesse dos investidores no projeto.
O que pode virar um token?
Praticamente tudo pode ser tokenizado. Imóveis, contratos de aluguel, equipamentos, direitos autorais e até a força de trabalho de uma pessoa podem ser transformados em tokens.
Quando um ativo é tokenizado, ele é dividido em frações digitais. Por exemplo, um imóvel de R$ 10 milhões pode ser dividido em 10 mil tokens, cada um valendo R$ 1.000.
E os fan tokens?
Os fan tokens são um tipo de utility token muito popular no meio esportivo.
Eles permitem que os torcedores interajam com seus times de futebol, participando de votações, ganhando descontos e acessando benefícios exclusivos.
No Brasil, grandes clubes como Flamengo, Santos e Corinthians já lançaram seus fan tokens, e até a seleção brasileira entrou na onda com o Brazilian Fan Token (BFT).
Tokens são seguros?
A segurança dos tokens está diretamente ligada à blockchain em que eles foram criados. Redes como a do Bitcoin e Ethereum são extremamente seguras e nunca foram hackeadas.
No entanto, existem tokens que foram criados em redes ou com contratos mal programados, o que abriu espaço para ataques hackers.
Por isso, é fundamental que vocês façam uma pesquisa completa sobre o projeto antes de investir.
Assim como no mercado de ações, é preciso entender o histórico, a confiabilidade e os riscos associados ao token que vocês pretendem adquirir.
Conclusão: Por que usar o Investidor10 para investir com mais segurança
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