Inflação do aluguel: IGP-M sobe 1,3% em novembro

O resultado ficou abaixo do registrado em outubro.

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Publicado em 28/11/2024 às 10:04h - Atualizado Agora Publicado em 28/11/2024 às 10:04h Atualizado Agora por Elanny Vlaxio
Houve desaceleração nas taxas de variação de diversos grupos (Imagem: Shutterstock)
Houve desaceleração nas taxas de variação de diversos grupos (Imagem: Shutterstock)

📈 O IGP-M (Índice Geral de Preços – Mercado), utilizado como referência para reajustes de contratos de aluguel, apresentou uma desaceleração em novembro, fechando em 1,3%, conforme dados divulgados pelo IBRE ( Instituto Brasileiro de Economia) da FGV (Fundação Getulio Vargas).

Esse resultado ficou abaixo do registrado em outubro, quando o índice havia atingido 1,52%. É importante ressaltar que a desaceleração não indica redução nos preços, mas sim um ritmo menor de aumento.

Com isso, o índice apresentou um acumulado de 12 meses de 6,33% nesta quinta-feira (28). Trata-se do maior valor desde outubro de 2022, superando os 5,59% registrados no mês anterior. Em novembro de 2023, a variação do índice foi de 0,59%, enquanto o acumulado de 12 meses encontrava-se em -3,46%.

🗣️ “Semelhante ao mês de outubro, a alta do IGP foi influenciada por commodities agropecuárias. No IPA, os principais destaques foram a carne bovina, o milho e a soja”, destacou Matheus Dias, economista do FGV IBRE.

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No componente de preços ao produtor, observa-se uma aceleração da alta dos bovinos, passando de 11,33% em outubro para 13,57% no período. Contudo, o aumento da carne bovina desacelerou, indo de 12,33% para 8,72%.

Os preços da soja apresentaram crescimento de 4,80%, um leve aumento em relação aos 4,63% do mês anterior. Já o milho apresentou uma aceleração mais significativa, com alta de 8,85% em novembro, superior aos 6,87% registrados em outubro.

📢 Já o IPC (Índice de Preços ao Consumidor), que compõe 30% do índice geral, apresentou uma variação positiva mais moderada em novembro, de 0,07%, comparado aos 0,42% de outubro.

Houve desaceleração nas taxas de variação de diversos grupos, como Habitação, que passou de uma alta de 1,35% para uma queda de 0,93%, Despesas Diversas (1,08% para 0,49%), Saúde e Cuidados Pessoais (0,35% para 0,16%), Educação, Leitura e Recreação (-0,02% para -0,16%), Vestuário (0,23% para 0,04%) e Comunicação (0,14% para 0,03%).

Em sentido oposto, os grupos de Alimentação e Transportes apresentaram variações positivas mais expressivas em novembro, com altas de 1,01% e 0,14%, respectivamente. No entanto, o INCC (Índice Nacional de Custo da Construção) apresentou uma desaceleração em sua taxa de variação, passando de 0,67% em outubro para 0,44% em novembro.