Ibovespa volta a fechar no vermelho, pressionado por dados dos EUA

Principal índice da B3 começou o dia em alta, mas virou depois de dados fortes da economia americana levantarem dúvidas sobre o início do corte de juros nos Estados Unidos

Author
Publicado em 24/01/2024 às 18:38h - Atualizado 3 meses atrás Publicado em 24/01/2024 às 18:38h Atualizado 3 meses atrás por Marina Barbosa
(Shutterstock)
(Shutterstock)

O Ibovespa tentou engatar mais um dia de alta, mas não conseguiu. Embora tenha passado a maior parte do pregão no azul, o principal índice da B3 fechou esta quarta-feira (24) com baixa de 0,35%, aos 127.815 pontos. O dólar caiu 0,47%, a R$ 4,931.

💲Depois de subir 1,31% na terça-feira (23), o Ibovespa seguiu em alta no início desta quarta-feira (24), chegando a bater 129.446 pontos na máxima do dia. Contudo, perdeu força e entrou no terreno negativo à tarde, depois da divulgação preliminar do PMI (índice de gerentes de compras) dos Estados Unidos.

Leia também: BNDES investirá até R$ 100 milhões em ETF que mira diversidade

O PMI composto subiu 52,3 pontos em janeiro, acima da expectativa do mercado, indicando que a economia americana continua aquecida. O resultado caiu como um balde de água fria nos mercados porque levanta dúvidas sobre o início do corte de juros nos Estados Unidos.

Analistas esperam que os juros norte-americanos diminuam em 2024, mas ainda calculam quando o Federal Reserve vai começar o afrouxamento da política monetária e dados fortes de economia tendem a postergar os cortes de juros.

Ibovespa em queda

📉 Com a queda desta quarta-feira (24), o Ibovespa acumula uma desvalorização de aproximadamente 5% em 2024. O principal índice da B3 só registrou seis dias de alta neste ano até agora, diante das incertezas do mercado sobre o ciclo de corte de juros nos Estados Unidos.

Já as bolsas americanas fecharam mistas com o resultado do PMI. De um lado, o Dow Jones caiu 0,26%. De outro, oS&P 500 subiu 0,08% e bateu recordes intradiários, impulsionado pelo crescimento do número de assinantes do Netflix (NLFX34) e do lucro de fabricantes de chips como a ASML.

As bolsas europeias fecharam em alta, favorecidas pela China. É que o Banco do Povo da China reduziu a taxa de depósito compulsório bancário do país, em mais uma tentativa de impulsionar o crescimento chinês.

Siderúrgicas sobem

📈 A estratégia chinesa ajudou as ações da Vale (VALE3) nesta quarta-feira (24), já que a China é uma das maiores consumidoras de minério de ferro do mundo. O papel subiu 1,01%, a R$ 69,90, no segundo consecutivo de alta, interrompendo a sequência de baixas da última semana. Ainda assim, acumula uma queda aproximada de 9,5% em 2024.

A Vale só não subiu mais nesta quarta-feira (24) por causa da possível indicação de Guido Mantega para a presidência da companhia, como deseja o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Outras siderúrgicas da B3, por sua vez, tiveram altas superiores a 2% diante do estímulo à economia chinesa. Confira:

Aéreas caem

✈️ Por outro lado, as companhias aéreas recuaram nesta quarta-feira (24). A Gol (GOLL4) caiu 3,34% e a Azul (AZUL4), -1,92%. Bancos e varejistas também fecharam no azul, como Bradesco (BBDC4) e Magazine Luiza (MGLU3), que caíram 0,39% e 1,03%, respectivamente.

A Petrobras (PETR4) também fechou no vermelho, com queda de 0,76%. O destaque negativo, contudo, foi da Natura (NTCO3), que recuou 5,38%.

NTCO3

NATURA
Cotação

R$ 17,25

Variação (12M)

36,26 % Logo NATURA

Margem Líquida

11,12 %

DY

4.3%

P/L

8,04

P/VP

1,04