O cobre é um metal não precioso, classificado como metal industrial, muito utilizado em fiações elétricas, motores, transformadores, sistemas de aquecimento, equipamentos e nas telecomunicações.
Pode ser encontrado em diversas formas minerais, como calcopirita, bornita e malaquita, sendo o resultado de processos geológicos que se estendem por milhões de anos, geralmente associados a zonas de atividade vulcânica e transformações hidrotermais em grandes profundidades da crosta terrestre.
Atualmente, o cobre é um insumo essencial para setores como transição energética, infraestrutura urbana, transporte elétrico e a expansão da conectividade digital. Seu uso se intensificou com o avanço das energias renováveis, principalmente solar e eólica, que demandam grandes volumes do metal para sistemas de geração, armazenamento e distribuição.
Com o crescimento da frota de veículos elétricos, a demanda por cobre também aumentou consideravelmente, já que esses automóveis utilizam de três a quatro vezes mais cobre do que modelos tradicionais com motor a combustão.
Principais produtores de cobre no mundo
Os países que mais refinam e produzem cobre são:
Chile: responsável por aproximadamente 27% da produção global;
Peru: com cerca de 10% da produção mundial;
China: embora não seja o maior produtor bruto, é a principal refinadora e maior consumidora do metal, graças ao seu setor industrial altamente dependente do insumo.
A macroeconomia do Cobre
O preço do cobre é sensível a uma série de drivers macroeconômicos, como:
Crescimento da economia chinesa (principal consumidora);
Valorização ou desvalorização do dólar americano, já que a commodity é cotada nessa moeda;
Inflação global e taxas de juros;
Políticas monetárias e geopolítica internacional.
Além disso, greves em mineradoras, sanções comerciais, gargalos logísticos e problemas em portos podem gerar oscilações relevantes nos preços do cobre, afetando toda a cadeia produtiva.
Investimentos em cobre
Do ponto de vista de investimento, o cobre tem despertado interesse crescente, impulsionado por sua importância estratégica e potencial de valorização no médio e longo prazo. As formas mais comuns de exposição ao ativo incluem:
Contratos futuros em bolsas internacionais;
ETFs lastreados em cobre físico ou em índices do setor;
Ações de mineradoras e empresas de infraestrutura ligadas à cadeia do cobre.
Essa diversificação permite capturar tanto a valorização da commodity quanto os lucros das companhias envolvidas. Entretanto, é importante destacar os riscos associados:
Alta volatilidade de preços;
Exposição a ciclos econômicos e eventos geopolíticos;
Custos operacionais e riscos de alavancagem em contratos derivativos;
Questões regulatórias, cambiais e tributárias.
Portanto, o investimento em cobre deve ser avaliado dentro de uma estratégia de alocação de ativos, considerando seu papel como proteção contra inflação ou como ativo correlacionado ao crescimento global.
Onde e como o cobre é negociado?
O mercado de cobre apresenta alta liquidez, sendo negociado 24 horas por dia em bolsas internacionais, Os principais contratos e plataformas são:
COMEX (CME Group): contratos futuros e opções.
LME (London Metal Exchange): contratos a termo com entrega física.
SHFE (China): derivativos em renminbi.
B3 (Brasil): contrato futuro de cobre em reais (com baixa liquidez).
Quick Facts: Contrato Futuro de Cobre (COMEX)
Símbolo: HG
Unidade: 25.000 libras
Cotação: USD/lb
Mês de referência: todos os meses do ano
Tick Size: USD 0,0005 por libra = USD 12,50 por contrato
Horário de negociação: 18h às 17h do dia seguinte (ET), com pausa de 60 minutos
A formação de preço do cobre reflete o equilíbrio entre oferta e demanda, com forte influência de setores como construção civil, eletrificação e indústria automotiva.
Como uma commodity estratégica, o cobre está exposto a riscos específicos como paralisações em minas, mudanças regulatórias e inovação tecnológica em materiais substitutos.
Este conteúdo tem caráter informativo e não constitui recomendação de compra, venda ou manutenção de qualquer ativo financeiro. Antes de investir, é fundamental que o investidor avalie seu perfil, seus objetivos e, se necessário, busque orientação de um profissional habilitado.