O algodão é uma das principais commodities agrícolas globais, cultivado principalmente para a produção de fibras utilizadas na indústria têxtil. Além disso, suas sementes originam óleo de algodão, usado em alimentos e cosméticos, e farelo, destinado à ração animal.
Essencial não só para setores como vestuário e moda, mas também para higiene, alimentação e insumos industriais. Nos mercados futuros, sua unidade de negociação é a libra-peso (lb), sendo cotado em dólares por libra.
Classificado como uma soft commodity, pois depende do cultivo agrícola e sofre forte influência de fatores climáticos e sazonais. Por isso, é tratado como uma commodity padronizada e negociada em bolsas internacionais como a ICE (Intercontinental Exchange), além da Bolsa de Valores (B3), no Brasil.
Como funciona o mercado de algodão
Os maiores produtores globais são Índia e China, responsáveis por grande parte da produção mundial (Índia: 26,2 milhões de fardos; China: 27,5 milhões, dados de 2025).
Fatores que determinam o preço do algodão
Custos de produção: influenciados por clima, uso de tecnologia e políticas de subsídio (principalmente Índia, Brasil e EUA).
Demanda da indústria têxtil: responsável pela maior parte do consumo mundial.
Outros fatores: câmbio dólar/real, logística de exportação, políticas agrícolas e tendências de moda global.
Alterações nessas variáveis impactam tanto a viabilidade do algodão doméstico quanto sua competitividade nas exportações.
Algodão como investimento
O contrato de referência internacional é o Cotton No. 2, negociado na ICE, enquanto no Brasil o mercado de derivativos é oferecido pela B3.
O algodão não está apenas no campo e na indústria têxtil, mas também nos mercados financeiros. Investidores podem se expor a essa commodity de diferentes formas:
Contratos futuros: o mais comum é o Cotton No. 2, negociado na ICE (Intercontinental Exchange), além dos contratos da B3 no Brasil.
ETFs e fundos de commodities agrícolas, que seguem a variação de preços da fibra.
Ações de empresas têxteis e produtoras, que são diretamente impactadas pelo preço do algodão.
Fundos multimercado, que usam o algodão como parte de uma estratégia de diversificação.
Principais características de mercado
Demanda: dominada pela indústria têxtil, além do uso em óleo e farelo.
Volatilidade: média anual de 26% na última década, fortemente influenciada por clima, pragas e subsídios agrícolas.
Riscos específicos: concorrência das fibras sintéticas, excesso de oferta e impacto cambial nas exportações.