PF investiga acesso indevido a sistema do Tesouro Nacional

Ação envolve o Siafi, sistema do Tesouro Nacional usado no controle da execução orçamentária do governo federal.

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Publicado em 22/04/2024 às 20:39h - Atualizado 3 meses atrás Publicado em 22/04/2024 às 20:39h Atualizado 3 meses atrás por Marina Barbosa
(Shutterstock)
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A PF (Polícia Federal) está investigando um acesso indevido ao Siafi (Sistema Integrado de Administração Financeira), sistema do Tesouro Nacional que é usado para registro e controle das despesas orçamentárias do governo federal.

🧑‍💻 A corporação tomou conhecimento do ocorrido em 5 de abril e, desde então, vem investigando o caso em segredo de justiça. Nesta segunda-feira (22), confirmou a abertura de um inquérito, sem dar detalhes sobre a investigação.

O Tesouro Nacional, por sua vez, descartou a possibilidade de uma invasão hacker. Em nota, o órgão disse que "o episódio não configura uma invasão, mas sim uma utilização indevida de credenciais obtidas de modo irregular".

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"Alguém que tinha acesso"

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, acrescentou que a possível invasão foi feita por "alguém que tinha acesso" ao Siafi. Ou seja, a possibilidade de que um funcionário público tenha participado do ocorrido não está descartada.

🗣️ "Não foi uma ação de um hacker que quebrou a segurança. Foi um problema de autenticação. É isso que a Polícia Federal está apurando e obviamente que está rastreando para chegar nos responsáveis", afirmou Hadddad.

O ministro disse ainda que "o sistema está preservado". "As tentativas de realizar operações na plataforma foram identificadas e não causaram prejuízos à integridade do sistema", reforçou o Tesouro Nacional.

O órgão acrescentou que vêm adotando medidas em resposta ao caso, "incluindo a implementação de ações adicionais para reforçar a segurança do sistema".

Desvio de valores

O ministro Fernando Haddad disse que ainda não sabe se o ocorrido provocou desvio de verbas públicas do Siafi. A possibilidade, contudo, está sob investigação.

Em nota, o Tesouro disse apenas que "trabalha em colaboração com as autoridades competentes para a condução das investigações; e reitera seu compromisso com a transparência, a segurança dos sistemas governamentais e a preservação do adequado zelo das informações, até o término das apurações".