Casas Bahia (BHIA3) aprova grupamento de ações

Ações da varejista serão agrupadas na proporção de 25 para 1 a partir de 28 de dezembro

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Publicado em 27/11/2023 às 19:47h - Atualizado 5 meses atrás Publicado em 27/11/2023 às 19:47h Atualizado 5 meses atrás por Marina Barbosa
Casas Bahia agrupou ações para sair do grupo das penny stocks (Shutterstock)
Casas Bahia agrupou ações para sair do grupo das penny stocks (Shutterstock)

A Casas Bahia (BHIA3) aprovou nesta segunda-feira (27) o grupamento de ações da companhia, na proporção de 25 para 1. A operação foi aprovada em mais uma assembleia de baixa participação, como uma forma de reenquadrar as ações da varejista em um valor superior a R$ 1.

Segundo a Casas Bahia, as ações passarão a ser negociadas de forma agrupada a partir de 28 de dezembro de 2023. A data foi fixada para que os acionistas tenham um prazo de 30 dias para ajustar as suas posições, mediante a composição de suas ações em lotes múltiplos de 25.

"No dia útil seguinte ao fim do Prazo de Composição, isto é, em 28 de dezembro de 2023, as ações da Companhia passarão a ser negociadas de forma exclusivamente grupada", anunciou a Casas Bahia.

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Quem não ajustar suas posições poderá receber posteriormente o valor referente a eventuais frações de ações. É que, depois de efetivado o grupamento de ações, a Casas Bahia deve leiloar as frações e distribuir o produto da venda aos seus titulares. A data dos leilões e do pagamento, contudo, só será anunciada após o fim do prazo de ajuste.

Grupamento não faz quórum

A Casas Bahia propôs o grupamento de ações, na proporção de 25 para 1, em 25 de outubro. Na mesma data, convocou uma AGE (Assembleia Geral Extraordinária) para votar a proposta para o dia 16 de novembro. A assembleia, contudo, não pôde ser instalada na data marcada por falta de quórum. Por isso, uma nova assembleia foi realizada nesta segunda-feira (27).

Por se tratar de uma segunda convocação, a assembleia desta segunda-feira (27) poderia votar a proposta da administração da empresa independentemente de quantos acionistas estivessem presentes, decidindo o assunto pela maioria de votos dos acionistas presentes. E foi o que aconteceu.

Segundo ata, apenas 21,04% do capital social com direito a voto da Casas Bahia participou da assembleia. O quórum foi superior aos 4,88% registrados em 16 de novembro, mas ainda é inferior ao mínimo de 2/3 (dois terços) do capital com direito a voto que a companhia precisava para instalar a assembleia na primeira chamada.

Dos acionistas presentes, 473.567.560 votaram a favor do grupamento de ações e 25.304.348 foram contrários à proposta.

Adeus, penny stocks

Com o grupamento, cada 25 ações da Casas Bahia serão transformadas em uma única ação. A operação não vai alterar o capital social da varejista. O objetivo é elevar o valor das ações, para que os papeis sejam negociados acima de R$ 1, como pede a B3 (Bolsa de Valores de São Paulo).

Como as chamadas penny stocks (ações que valem centavos) apresentam alta volatilidade, a B3 notifica as empresas cujas ações ficam abaixo de R$ 1 por 30 pregões consecutivos. Depois da notificação, as empresas têm um prazo para reenquadrar as ações em um valor igual ou superior a R$ 1. Caso contrário, podem sofrer punições, como a exclusão de índices da B3, como o Ibovespa.

As ações da Casas Bahia terminaram o pregão desta segunda-feira (27) cotadas a R$ 0,53. A última vez que o papel foi negociado por mais que R$ 1 foi em setembro. O papel acumula uma rentabilidade negativa de aproximadamente 63% em três meses, segundo dados do Investidor10.