Citi mantém recomendação neutra para SLC Agrícola e preço-alvo de R$ 22

O banco observou que ainda não vê múltiplos atrativos para a empresa.

Author
Publicado em 05/04/2024 às 23:00h - Atualizado 26 dias atrás Publicado em 05/04/2024 às 23:00h Atualizado 26 dias atrás por Jennifer Neves
Foto - Shutterstock

🚜 O Citi manteve recomendação "neutra" para as ações da SLC Agrícola (SLCE3), juntamente com um preço-alvo de R$ 22. O banco prevê uma perspectiva mais estável para a SLC nos anos de 2024 e 2025, principalmente devido a custos de produção mais baixos e um clima favorável.

Entretanto, o banco observou que ainda não vê múltiplos atrativos para a empresa. Em um relatório, o banco afirmou que, embora o algodão seja o principal produto da companhia, espera-se que a ação possa sofrer pressão devido à expectativa de preços mais baixos para milho e soja, dada sua forte correlação com os preços de grãos.

De acordo com o Citi, a possível ocorrência do fenômeno climático La Niña é positiva para a SLC, já que pode resultar em chuvas mais volumosas e regulares nas regiões Centro-Oeste e Matopiba, o que tem o potencial de aumentar a produtividade nas lavouras da empresa.

Em relação aos preços globais de grãos para 2024/25, os analistas do Citi têm uma perspectiva de neutra a baixista. Apesar do conflito militar contínuo na região do Mar Negro, o banco observa que os prêmios de risco geopolítico diminuíram.

Os custos de transporte mais elevados e uma possível diminuição da área plantada nos Estados Unidos não parecem ser suficientes para compensar o iminente excesso de estoque de soja e milho em 2024/25, afirmou o banco. A menos que ocorra um choque climático adverso, como um La Niña forte, que poderia afetar negativamente a produção na Argentina e nos EUA, espera-se que o complexo de grãos retorne ao regime de "preços baixos e volume baixo" que predominou durante meio década antes da pandemia de covid-19.

Quanto ao algodão, o Citi espera que a commodity continue sendo a principal fonte de geração de caixa para a SLC. O banco observou um retorno da indústria têxtil aos níveis históricos de produção e quebras de safra na América do Norte, resultando em aumentos nos preços do algodão.

Embora os estoques brasileiros da pluma estejam em níveis recordes, o banco notou um aumento recente no ritmo dos embarques. No entanto, gargalos logísticos podem representar um ponto de atenção nesta temporada, destacou o banco.