Vale a pena investir no setor automobilístico da Bolsa de Valores? Quais são os riscos e as vantagens oferecidas por esse segmento? As opções disponíveis são atrativas para os investidores?

Nesse conteúdo, apresentamos detalhes sobre o setor automobilístico da Bolsa de Valores para que você possa tomar melhores decisões como investidor. Será que vale mesmo a pena investir nesse setor? Isso é o que você descobrirá neste artigo.

Quais são as empresas do setor automobilístico na B3?

Quais são as empresas do setor automobilístico na B3?
Quais são as empresas do setor automobilístico na B3? – Foto: Freepik

De acordo com a classificação setorial da B3, são 3 as empresas que fazem parte deste segmento:

Ambas as empresas estão enquadradas no setor de “Consumo Cíclico” e no subsetor de “Automóveis e Motocicletas.”

Agora que você já sabe quais são as empresas classificadas no segmento automobilístico da B3, é hora de conhecer mais sobre cada uma delas.

MAHLE-METAL – LEVE3

Fundada em 1920, a Mahle – Metal Leve S.A., é uma companhia alemã fabricante de peças automotivas que dispõe de unidades de fabricação em diferentes países, dentre eles, Alemanha, França, Itália, Reino Unido, Brasil, Argentina, China, Estados Unidos, Índia e México. 

No Brasil, a empresa conta com 4 unidades industriais, das mais de 170 espalhadas pelo mundo que juntas empregam aproximadamente 77 mil colaboradores.

Dentre os principais produtos fabricados pela empresa para atendimento a linha automotiva temos os seguintes: anéis, bielas, buchas, camisas, condensadores, compressores, filtros, pistão, radiadores e trem de válvulas.

Listada na bolsa de valores no setor de Novo Mercado sob o código LEVE3, a empresa registrou em 2019 uma receita líquida de R$ 2,5 bilhões e um lucro líquido de R$ 255,5 milhões.

O que é o setor de bens industriais na Bolsa de Valores?
Homem trabalhando – Foto: Freepik

IOCHPE MAXION – MYPK3

Fundada em 1918, a Iochpe-Maxion é líder mundial na fabricação de rodas automotivas e um dos principais produtores de componentes estruturais automotivos nas Américas.

Atualmente a empresa conta com 15 mil funcionários e 31 unidades fabris localizadas estrategicamente em 14 países para garantir o fornecimento de seus produtos para diversos países nos cinco continentes.

Vale destacar também, que a companhia detém também 37,75% de participação na Amsted-Maxion, responsável pela fabricação de rodas, vagões, fundidos ferroviários e industriais.

Presente na B3 com ações sob o código MYPK3, a empresa registrou em 2019, uma receita líquida de mais R$ 10 bilhões, um crescimento de 4,2% em comparação ao ano anterior, gerando um lucro líquido de R$ 421,4 milhões.

PLASCAR PARTICIPAÇÕES – PLAS3

Fundada em 1963 como Oscar/SA Indústria de Artefatos de Borracha, passando a atuar no mercado automotivo a partir de 1973, quando efetivamente se transformou na Plascar.

A empresa atua no mercado brasileiro de fabricação de partes e peças relacionadas ao acabamento interno e externo de veículos automotores, leves e pesados, atendendo montadoras e também o comércio de peças automotivas de reposição.

Atualmente a empresa conta com 3 unidades fabris que juntas ocupam 269.147 m2.

  • Betim – MG
  • Varginha – MG
  • Jundiaí – SP 

Presente na B3 com ações sob o código PLAS3, a empresa registrou em 2019, uma receita líquida de mais R$ 407,55 milhões e prejuízo líquido de R$ 6,82 milhões.

Análise sobre o setor automobilístico na B3

Setor automobilístico: Vale a pena investir?
Análise sobre o setor automobilístico na B3 – Foto: Freepik

Acreditamos que investir em empresas do setor automobilístico não esteja entre as melhores opções da Bolsa de Valores, afinal este setor está diretamente ligado à demanda de consumo do setor automobilístico brasileiro, que por sinal é historicamente cíclico.

As empresas listadas no segmento automobilístico da B3 também não são as mais rentáveis e lucrativas da Bolsa de Valores, afastando investidores com estratégia pautada no recebimento de dividendos. A Plascar – PLAS3, por exemplo, registrou prejuízo no exercício 2019.

Vale destacar também, que este foi um dos setores mais afetados pela pandemia, devido a queda significativa das vendas no mercado automotivo, em razão da queda na renda da população e também do volume de circulação e tráfego veicular no país em razão das medidas de distanciamento social.

Ainda assim, alguns investidores apostam nos múltiplos descontados do segmento em uma comparação entre o período atual e o período pré-pandemia para obter lucros com uma esperada recuperação do setor no futuro.

No entanto, o que se pode afirmar com convicção é que o setor oferece riscos e costuma sofrer significativas variações e quedas na demanda em momentos de turbulência econômica, sendo mais indicado para investidores com foco no longo prazo e nervos de aço!

Saiba mais sobre o setor automobilístico na Bolsa de Valores Brasileira

Para saber mais sobre os números e informações sobre o setor automotivo na B3 e definir se vale a pena investir neste segmento com base em dados históricos e indicadores de análise fundamentalista, clique aqui.

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Antes de sair, nos conte a sua opinião sobre o setor automobilístico na Bolsa de Valores, enviando o seu comentário. Você investe ou investiria nesse setor?

Até a próxima!