Sabesp (SBSP3) é a ação mais cara do Ibovespa, veja ranking

A Sabesp lidera o ranking desde o início de 2024, quando superou a Vale (VALE3).

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Publicado em 19/07/2024 às 15:52h - Atualizado 3 meses atrás Publicado em 19/07/2024 às 15:52h Atualizado 3 meses atrás por Marina Barbosa
Ação da Sabesp já é negociada acima dos R$ 80 na B3 (Shutterstock)

As ações da Sabesp (SBSP3) já subiram mais de 10% em 2024, diante do avanço do processo de privatização da empresa. Com isso, tornaram-se a ação mais cara do Ibovespa.

💲 O Ibovespa reúne as ações mais negociadas da B3. Atualmente, o índice é composto por 86 ações de 83 empresas. E a mais cara delas é a da Sabesp, segundo levantamento da Elos Ayta Consultoria.

Na quinta-feira (18), o papel da Companhia de Saneamento Básico de São Paulo fechou a R$ 82,02. Isto é, com mais de R$ 20 de diferença para a segunda colocada do ranking de ações com maiores valores nominais do Ibovespa: a Vale (VALE3), que fechou cotada por R$ 61,17.

De acordo com levantamento da Elos Ayta Consultoria, a Sabesp é a ação mais cara do Ibovespa desde 8 de janeiro, quando avançou 1,26% e fechou a R$ 71,98. Antes disso, o papel de maior valor nominal do principal índice da B3 era o da Vale, que vem tendo um ano de perdas na bolsa brasileira. 

Vale cai, mas mantém maior volume financeiro

📉 Enquanto a Sabesp subiu 10,7% no acumulado do ano até a quinta-feira (18), na esteira do seu processo de privatização; a Vale derreteu 17,3% nesse mesmo período, diante de desafios como a turbulenta escolha de um novo presidente, a queda dos preços do minério de ferro e os processos judiciais relacionados ao rompimento das barragens de Brumadinho e Mariana (MG).

Apesar disso, a Vale ainda carrega com certa segurança o posto de segunda ação mais cara do Ibovespa. É que o terceiro lugar é da Suzano (SUZB3), que fechou o pregão de quinta-feira (18) cotada a R$ 53,88. Isto é, mais de R$ 7 abaixo da Vale. 

Além disso, a Vale tem o maior volume financeiro por negócio do Ibovespa. É que, ao comprar ações da mineradora, os investidores desembolsam em média R$ 32.828. Já os investidores da Sabesp aplicam em média 19.707 por negócio.

Em termos de quantidade de ações por negócio, a liderança é da Petrobras (PETR4). Isso porque, ao investir na petroleira, os investidores compram em média 713 ações por negócio.

A ação ordinária da Petrobras fechou a quinta-feira (18) cotada a R$ 41,60 e a preferencial, a R$ 38,53. Eram, portanto, a 12ª e a 14ª ações mais caras do Ibovespa.

Veja as 20 ações mais caras do Ibovespa atualmente:

Cogna é a mais barata

Enquanto a Sabesp é a ação mais cara do Ibovespa, a da  Cogna (COGN3) é a mais barata. É que o papel da companhia educacional fechou a quinta-feira (18) valendo R$ 1,72.

O levantamento da Elos Ayta Consultoria descobriu ainda que a mediada do preço das 86 ações que compõe o Ibovespa é de R$ R$ 19,58 atualmente. Por isso, o investidor teria que desembolsar 1.926,41 para adquirir uma ação de cada uma das integrantes do índice.

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Segundo o CEO da Elos Ayta Consultoria, Einar Rivero, ações de alto valor nominal como as de Sabesp e Vale "trazem prestígio e estabilidade, atraindo investidores que buscam segurança". Contudo, "podem ter menor acessibilidade e liquidez, dificultando a negociação para pequenos investidores"

O alto preço da ação da Sabesp, por exemplo, não foi garantido no processo de  privatização da empresa. A  Equatorial Energia (EQTL3) ofereceu  R$ 67 por ação para comprar 15% da Sabesp e, mesmo com o desconto, conseguiu tornar-se o acionista de referência da companhia. Consequentemente, esse também foi o preço considerado pelo Estado de São Paulo para vender outros 17% da companhia para demais investidores no processo de privatização da Sabesp.

Foi por causa desses potenciais desafios, por exemplo, que o Banco do Brasil (BBAS3) desdobrou as suas ações em abril. O papel do banco era negociado por mais de R$ 50 no início do ano, mas foi desdobrado em dois para ter mais liquidez e, assim, atrair mais investidores pessoa física. Na quinta-feira (18), o papel desdobrado do Banco do Brasil fechou cotado a R$ 27,16. Logo, não faz mais parte do ranking de ações mais caras do Ibovespa.