Ibovespa leva a melhor no embate de titãs VALE3 e PETR4; dólar cai

Mineradoras acordam junto com a China, enquanto petroleiras têm dia de cão

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Publicado em 26/09/2024 às 18:04h - Atualizado 1 mês atrás Publicado em 26/09/2024 às 18:04h Atualizado 1 mês atrás por Lucas Simões
Ibovespa sobe mais de 1%, pendendo para o lado da Vale (Imagem: Divulgação/B3)

O Ibovespa conseguiu se manter em terreno positivo nesta quinta-feira (26), mesmo com o embate de seus dois titãs: Vale (VALE3) e Petrobras (PETR4), já que umas das ações voou 6%, enquanto a outra derreteu de preço junto com o petróleo.

📊 Então, o principal índice da B3 avançou 1,08%, aos 133.009,79 pontos, voltando a perseguir a sua máxima histórica. Já o dólar à vista terminou o pregão em queda de 0,57% e fechou negociado a R$ 5,44.

Uma outra boa notícia para conter a inflação brasileira e demonstrar que, possivelmente, os investidores estrageiros estão colocando mais dólares em nossa economia é a pujança do nosso real contra moeda norte-americana, conforme estudo elaborado por Einar Rivero, CEO da Elos Ayta Consultoria.

No caso, o real teve ganho de 3,34% no mês, enquanto o dólar Ptax de venda fechou o dia 25 de setembro cotado a R$ 5,47, comparado a R$ 5,65 no final de agosto.

Ou seja, a moeda oficial do Brasil superou até mesmo a rentabilidade de moedas fortes de países desenvolvidos ante o dólar, como, por exemplo, a libra esterlina do Reino Unido (+1,33%) e o euro usado em diversas nações da Europa (+1,11%).

EUA

Nos Estados Unidos, as ações listadas no índice S&P 500 bateram um novo recorde histórico, após o temor de recessão na maior economia do planeta ter se dissipado com nova bateria de indicadores. Veja:

Altas

✈️ O Ibovespa manteve uma alta firme hoje não apenas por influência isolada da Vale. Quem alçou voos ainda mais altos foram as ações da Azul (AZUL4), após a divulgação de informações sobre um avanço significativo nas negociações da empresa com 90% de seus arrendadores.

Mas, de volta a tese de mineração e siderurgia, foi culpa da escalada do minério de ferro pelo apetite chinês que as exportadoras brasileiras tiveram um dia para recordar, com valorizações de quase 9%.

Outra história que mexeu com o mercado financeiro hoje foram as conversas de eventual fusão entre Cogna Educação (COGN3) e Yduqs (YDUQ3), essa última que é dona da rede de ensino superior Estácio.

Apesar do interesse em uma fusão, as empresas no setor educacional encontram dificuldades nas negociações. Um dos principais pontos de atrito é a intenção da Cogna em incluir seus ativos de educação básica na operação, o que gera divergências entre ambas.

  • Azul (AZUL4): +10,59%
  • CSN (CSNA3): +8,95%
  • Cogna Educação (COGN3): +7,20%
  • CSN Mineração (CMIN3): +6,67%
  • Bradespar (BRAP4): +6,66%

Baixas

O desempenho do Ibovespa só não foi melhor hoje porque as ações da Petrobras atrapalharam o rolê, com queda de 2,16%. A estatal inclusive anunciou que deve reduzir o preço do querosene de aviação comercializado por ela em 9,1%.

⛽ O mercado até chegou a cogitar quais serão os impactos aos acionistas minoritários da Petrobras com tal movimento, porém, na verdade, a preocupação está em cima da gasolina e do diesel, que podem mexer de fato com as ações da petroleira.

De certa forma, pode se dizer que as petroleiras caíram em bloco, já que os pares privados da Petrobras tiveram perdas ainda mais expressivas e lideram os prejuízos no índice de ações brasileiras mais negociadas na B3.

  • Brava Energia (BRAV3): -6,54%
  • Prio (PRIO3): -4,84%
  • Vivara (VIVA3): -3,13%
  • BRF (BRFS3): -2,49%
  • Petrobras (PETR4): -2,16%