Ibovespa sobe mais de 2,5% e atinge o melhor nível do ano

Já o dólar recuou 1% e terminou o dia cotado a R$ 5,74.

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Publicado em 14/03/2025 às 17:40h - Atualizado Agora Publicado em 14/03/2025 às 17:40h Atualizado Agora por Marina Barbosa
Ibovespa avançou 3,14% na semana, o melhor desempenho em quase 7 meses (Imagem: Shutterstock)

O Ibovespa subiu mais de 2,5% e o dólar caiu 1% nesta sexta-feira (14), diante de um vendaval de notícias positivas para o mercado brasileiro.

🚀 O principal índice da B3 saltou 2,64% e, com isso, ganhou mais de 3,3 mil pontos na sessão. Resultado: fechou nos 128.957 pontos, o melhor patamar desde 11 de dezembro de 2024, e chegou até a tocar nos 129 mil pontos na máxima do dia.

Com isso, o Ibovespa acumulou uma alta de 3,14% na semana. É o melhor desempenho semanal desde agosto de 2024, ou seja, em sete meses.

💵 Já o dólar recuou 1% nesta sexta-feira (14), na quarta queda consecutiva ante o real. A moeda terminou o dia negociada a R$ 5,74, o menor valor em 10 dias.

Na semana, o dólar acumulou um baque de 0,76%. Foi a segunda semana seguida de valorização da moeda brasileira.

Nesta sexta-feira (14), os negócios na bolsa brasileira foram favorecidos por fatores domésticos e internacionais.

💲 Por aqui, o governo brasileiro reportou um superávit primário recorde de R$ 104,1 bilhões em janeiro. Com isso, a dívida pública bruta do país cedeu para 75,3% do PIB (Produto Interno Bruto). Os resultados vieram melhores que o esperado pelo mercado, ajudando a conter as preocupações fiscais.

O mercado ainda reagiu à pesquisa Ipsos-Ipec que atestou a piora da avaliação do governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Segundo o estudo, 41% dos brasileiros avaliam o governo Lula como ruim ou péssimo, enquanto 27% julgam como ótimo ou bom. É a primeira vez neste mandato do petista que a avaliação negativa supera a positiva.

Mas o cenário internacional também contribuiu com os ativos brasileiros. Afinal, o dia foi de alta das commodities, sobretudo do minério de ferro, que subiu mais de 2% diante da expectativa de novos estímulos à economia chinesa. Além disso, o risco de um shutdown diminuiu nos Estados Unidos e o presidente da Rússia, Vladimir Putin, mostrou-se aberto à possibilidade de um cessar-fogo na Ucrânia.

EUA

Nos Estados Unidos, as bolsas americanas também fecharam em alta, recuperando parte das perdas sofridas nos últimos dias. Veja o fechamento desta sexta-feira (14):

  • Dow Jones: 1,66%;
  • S&P 500: 2,13%;
  • Nasdaq: 2,61%.

O saldo da semana, no entanto, foi negativo em Wall Street. Afinal, as bolsas americanas derreteram nos últimos dias em meio ao temor de uma recessão e às incertezas trazidas pela política tarifária de Donald Trump.

O Dow Jones, por exemplo, recuou pouco mais de 3% na semana. Já o S&P 500 e o Nasdaq perderam cerca de 2,4%.

Altas

Com a alta das commodities, a Petrobras (PETR4) avançou 3,08% e a Vale (VALE3) ganhou 3,28%. Já a CSN (CSNA3) disparou 11,82%, favorecida também pelos resultados do quarto trimestre.

A temporada de balanços ainda impulsionou as ações da Eztec (EZTC3) e do Magazine Luiza (MGLU3). Os papeis fecharam com alta de 17,68% e 13,48%, respectivamente.

Os bancos também ajudaram o Ibovespa. Destaque para o Bradesco (BBDC4), que saltou 4,12%.

Veja outras altas do dia:

Baixas

A Natura (NTCO3), por outro lado, derreteu 29,94%, após registrar um prejuízo líquido de R$ 439 milhões no quarto trimestre de 2024.

Já a Azzas (AZZA3) recuou 10,42%, diante de rumores sobre um possível "divórcio" de Alexandre Birman e Roberto Jatahy, os ex-CEOs da Arezzo e da Soma, respectivamente.

Veja outras baixas do dia: